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POLÍTICA: TEORIA E COTIDIANO

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Por:   •  10/5/2013  •  Resenha  •  897 Palavras (4 Páginas)  •  857 Visualizações

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POLÍTICA: TEORIA E COTIDIANO

Etmologicamente, pólis, em grego, significa "cidade". A política é, portanto, a arte de governar, de gerir os destinos da cidade.

Na Grécia antiga, os tempos homéricos (séc. XII a VIII a. C.) se caracterizam pelo poder da aristocracia guerreira, marcada pela crença nos mitos, cujos relatos foram reunidos por Homero nas epopéias Ilíada e Odisséia. Segundo as perspectivas do mito, as ações humanas se explicam pela inferência dos deuses e as leis que regem o comportamento humano também têm origem divina.

No período arcaico (séc. VII a VI a. C) entretanto, com o desenvolvimento do comércio, surge a cidade-Estado grega. A passagem da predominância do mundo rural da aristocracia proprietária de terras pra o mundo urbano vem acompanhada de outras novidades igualmente importantes, como a invenção da escrita e da moeda, as primeiras leis escritas e o aparecimento da filosofia no século VI a.C. Essas mudanças são o início de uma nova racionalidade desligada do mito e, portanto, da tutela divina.

Na democracia em Atenas são considerados apenas cidadãos aproximadamente 10% da população ativa da cidade. Eram excluídos da vida pública os estrangeiros, as mulheres, os escravos. Nessa sociedade se desenvolve uma nova concepção de poder, opondo a democracia à aristocracia e o ideal do cidadão ao do guerreiro.

Os sofistas (Protágoras, Geórgias e outros...) viveram no século V a.C. e são os filósofos responsáveis pela elaboração teórica que legitima o ideal democrático da nova classe dos comerciantes. Mestres da retórica, os sofistas ensinam a usar os instrumentos da virtude da política, ou seja, a arte de falar bem e persuadir, tão necessária pra o cidadão nas assembleias e praças públicas.

Na obra A República, Platão imaginava uma cidade ideal em que os futuros governantes são escolhidos entre os filósofos, representantes do mais alto grau de formação humana. Os demais, incapazes de superar as dificuldades do conhecimento opinativo, se ocupariam com os problemas concretos do dia-a-dia como agricultura, comércio e defesa da cidade, deixando aos sábios competentes a direção dos destinos comuns.

Aristóteles, discípulo de Platão critica os exageros do mestre e desenvolve a clássica divisão das formas de governo-monarquia, aristocracia e politéia , para ele o importante era promover a justiça e também a "vida boa" na sociedade já existente, para que os cidadãos tivessem de viver em uma sociedade feliz.

A política grega é normativa, por estabelecer normas de ação para o governante virtuoso e prescritiva, por indicar caminhos para distinguir entre o bom governo e a política corrompida.

Dessa forma, diferentemente da política medieval, mais voltada para os ideais religiosos e portanto para a vida após a morte, a Antiguidade valorizava a polis grega, ou a civitas romana como espaço destinado a atender fins diretamente humanos, desligados dos interesses divinos.

No século XVI, Maquiavel representou um marco na elaboração da moderna concepção de política. Enquanto a política antiga e medieval buscava descrever o bom governo, dando as regras do governo ideal, Maquiavel, verifica com toda a crueza como os governantes agem de fato. Para ele a política exigia a lógica da força e era impossível governar sem fazer uso da violência. A recusa do prevalecimento dos valores morais na ação política indica um novo conceito de ordem, a ordem mundana como projeto de Estado, e não mais a ordem divina.

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