Planos Econômicos No Brasil Desde 1985
Trabalho Escolar: Planos Econômicos No Brasil Desde 1985. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 2718 • 10/5/2014 • 1.477 Palavras (6 Páginas) • 509 Visualizações
Na metade da década de 80 havia um descontrole no Brasil, com o então plano econômico, o III PND (Terceiro Plano Nacional de Desenvolvimento formulado para o período 1980/85) havia uma inflação enorme, défice interno e externo. Na tentativa de vencer este combate a inflação, e manter os níveis de produção e emprego, foi criado pelo governo José Sarney no final de fevereiro de 1986 o Plano Cruzado, cujo objetivo principal era chagar a um índice inflacionário próximo a zero, em curto período de tempo. Entre as principais medidas destacou-se o congelamento dos preços, e o dos salários. Com exceção do mínimo (que subiu 16%), todos os salários foram definidos com base no poder de compra médio dos últimos seis meses e acrescidos de um abono de 8%. Esta medida não deu certo pois com o congelamento dos preços e o aumento salarial, levou a sociedade a um consumo muito maior do que o esperado resultando a uma inflação de demanda, rapidamente começaram a sumir produtos das prateleiras, e a escassez - que em alguns casos era real, mas em outros era provocada por fabricantes e comerciantes que se recusavam a vender seus produtos pelo preço congelado - levou à cobrança de ágio na comercialização.
Logo após as eleições de outubro de 1986 (governadores, senadores, deputados federais e estaduais), foi lançado o Plano Cruzado II, com grandes reajustes nas tarifas públicas e forte aumento nos impostos indiretos, reduzindo o poder de compra da população.
Em fevereiro de 1987 foi abolida o controle oficial de preços e a correção monetária voltou a ser mensal, para acompanhar o descontrole inflacionário, cuja consequência é a diminuição dos salários reais.Na época, o principal problema do país era o déficit público, com o governo gastando mais do arrecadava. Para tentar solucionar esse cenário, foi criado o chamado Plano Bresser, no qual se instituiu o congelamento dos preços, dos aluguéis, dos salários. Também foi criada a UPR, que serviu como referência monetária para o reajuste de preços e salários.
Para conter o déficit público, foi decidido o reajuste dos salários pela inflação. No entanto, os esforços de Bresser não deram certo e a inflação atingiu 366% em dezembro de 1987. Com isso, o ministro foi substituído por Maílson da Nóbrega, que em janeiro de 1989 lançou o Plano Verão. A crise inflacionária nos anos 80 levou à edição de uma lei que modificou o índice de rendimento da caderneta, promovendo ainda o congelamento dos preços e salários, a criação de uma nova moeda, o cruzado novo, que inicialmente era atrelada em paridade ao dólar, e a extinção da OTN, importante fator de correção monetária.Mais uma vez as intenções do governo não deram certo e o Plano Verão gerou uma série de desajustes às cadernetas de poupança, em que as perdas chegaram a 20,37%.
Fernando Collor foi eleito em 1990, e um dia depois da posse, o novo governo lançou um plano de estabilização econômica que ficou conhecido como Plano Collor, baseado no confisco generalizado por 18 meses dos depósitos bancários em dinheiro superiores a 50 mil cruzeiros (cerca de R$ 6.700,00 em valores de janeiro de 2012 usando o IPCA como indexador, ou R$ 3.700,00 caso utilizasse o dólar como referência). Com isso a equipe econômica esperava reduzir o consumo e, consequentemente, frear a inflação. A falta de dinheiro em circulação reduziu a inflação, de 85% em março para 14% em abril de 1990. No entanto, esse congelamento de ativos, que na prática foi um confisco do dinheiro que a população tinha em conta corrente, começou a gerar outros problemas para a economia.No fim de 1990, a inflação já tinha voltado a crescer e fechou o ano com 1.198%. Para tentar reverter a situação, foi lançado o Plano Collor II, que teve uma série de medidas no mercado financeiro que representaram uma política de elevadas taxas de juros. Com um novo congelamento de preços e salários, a inflação fecha 1991 em 481%.
O processo de abertura da economia brasileira obrigou a indústria nacional a investir para se modernizar. No entanto, a inflação seguia um pouco elevada e um escândalo político levou ao impeachment de Collor.
Com a renúncia de Fernando Collor, seu vice-presidente Itamar Franco, assumiu o comando do governo brasileiro, e em maio de 1993, o presidente transferiu seu ministro das Relações Exteriores, Fernando Henrique Cardoso, para o Ministério da Fazenda.
A primeira medida adotada foi a de cortar três zeros da moeda corrente e passar a chamá-la de cruzeiro real - ato ineficiente, e de fundo meramente psicológico, que não reduziu a inflação.
No ano seguinte foi criada a Unidade Real de Valor (URV) que passaria a ser a nova moeda brasileira posteriormente e que se chamaria Real. Seu objetivo principal do Plano Real era controlar a hiperinflação, um problema brasileiro estava impedindo o desenvolvimento do país. O momento combinou condições políticas, históricas e econômicas para permitir que o governo brasileiro lançasse o plano que colocou fim a quase três décadas de inflação. O Plano Real, que permitiu controlar a inflação depois de sete pacotes malsucedidos, foi lançado em março de 1994 e se baseava na paridade entre a nova moeda, o real, e o dólar, com cotação de R$ 1,00 = US$ 1,00. Para controlar o câmbio, o governo elevou as taxas de juros, com a intenção de atrair capitais especulativos do exterior e aumentar as reservas de dólares do Banco Central..
Apesar do sucesso, o Plano Real enfrentou duras dificuldades,
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