Planos Econômicos No Brasil
Pesquisas Acadêmicas: Planos Econômicos No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Allons • 4/6/2013 • 886 Palavras (4 Páginas) • 520 Visualizações
- Planos Econômicos –
• Plano Cruzado e Plano Cruzado II:
Criado pelo governo José Sarney no final de fevereiro de 1986, o Plano Cruzado foi idealizado por Dilson Funaro, então ministro da Fazenda. Entre as principais medidas estavam:
- Congelamento de preços de bens e serviços;
- Reforma monetária, alterando a moeda que passou a se chamar cruzado;
- Congelamento dos salários pela média de seu valor dos últimos seis meses e do salário mínimo em Cz$ 804,00;
- Criação de uma tabela de conversão para transformar as dívidas contraídas em uma inflação muito alta em dívidas contraídas em uma economia de inflação praticamente nula;
- Criação de um tipo de seguro-desemprego para quer fosse dispensado sem justa causa ou em virtude do fechamento de empresas;
- Salários passam a ser reajustados pelo chamado gatilho salarial, que estabelecia o reajuste automático dos salários sempre que a inflação alcançasse 20%.
Com o Plano Cruzado II, criado no mesmo ano, o governo aumentou o preço das tarifas públicas e de vários produtos, como automóveis, combustíveis, bebidas e cigarros.
O principal motivo de fracasso do plano foi o congelamento de preços, que fez a rentabilidade dos produtores cairem para perto de zero quando não faziam os mesmos ter prejuízo, a falta de mobilidade de preços fez os produtos ficarem ausentes do mercados e até leite não era mais encontrado para se comprar, foi a época dos consumidores fazerem “estoque” de produtos em casa.
O governo não era responsável o suficiente para controlar seus gastos, além de fazer o país perder grandes quantias de reserva internacional.
A proximidade das eleições para os governos estaduais impediu a adoção de medidas para salvar o Plano Cruzado. Após a base governista vencer em 22 dos 26 estados, as coisas começaram a mudar. O primeiro passo foi descongelar os preços, mas com isso a inflação voltou com força, e registrou recorde histórico, alcançando 1000 por cento. Tudo isso fez com que o plano naufragasse.
• Plano Bresser:
O Plano Bresser foi lançado em 16 de junho de 1987.
Luiz Carlos Bresser Pereira assumiu o Ministério da Fazenda do Governo José Sarney em abril de 1987 após fracasso do Plano Cruzado. Pouco depois de sua posse, a inflação no Brasil atingiu a marca de 23,21%.
Na época, o principal problema do país era o déficit público, com o governo gastando mais do que arrecadava. Em apenas quatro meses, essa diferença já atingia 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Para tentar solucionar esse cenário, foi criado o chamado Plano Bresser, no qual se instituiu, através de decretos-leis, o congelamento dos preços, dos aluguéis, dos salários. Também foi criada a UPR, que serviu como referência monetária para o reajuste de preços e salários.
Para conter o déficit público, foi decidido desativar o gatilho salarial (reajuste dos salários pela inflação), além do aumento de impostos, corte de subsídios do trigo e o adiamento de obras de grande porte já planejadas. O país passou também a negociar com o FMI e suspendeu a moratória.
No entanto, o plano foi tão falho quanto o Plano Cruzado, e os esforços de Bresser não deram certo e a inflação atingiu 366% em dezembro de 1987. Com isso, o ministro pediu demissão em janeiro de 1988 e foi substituído por Maílson da Nóbrega. O Plano Bresser gerou grandes desajustes às cadernetas de poupança.
• Plano Verão:
Substituto de Bresser na Fazenda, Maílson da Nóbrega lançou no dia 16 de janeiro de 1989 um plano
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