Política Externa no Governo Bolsonaro
Por: Carlos Otávio S. F. Júnior • 26/6/2019 • Resenha • 605 Palavras (3 Páginas) • 198 Visualizações
Em política externa, tucanos e petistas tiveram muito em comum, o
multilateralismo foi uma característica presente nos dois governos, ao mesmo tempo em
que evitaram o alinhamento aos Estados Unidos, eliminando qualquer expectativa norteamericana de que o Brasil pudesse operar como aliado especial na América do Sul,
esses governos optaram por compromissos internacionais minimalistas em temas como
narcotráfico e mudança do clima. Em contrapartida a essa posição, o governo
bolsonarista busca utilizar a política externa para alavancar a agenda doméstica, saindo
de acordos internacionais e assumindo uma postura de alinhamento total a Donald
Trump. Tais mudanças provocariam grandes efeitos na parceria com os países árabes,
assim como com os vizinhos sul-americanos e a China que foi rechaçada durante a
campanha presidencial de Jair. Para além das relações interestatais a ruptura diplomática
também afetaria atores como os grupos pró-sustentabilidade, de uma economia de baixo
carbono e à pauta dos direitos humanos, da proteção das minorias e de políticas como a
saúde pública que tendem a serem os maiores perdedores. Caso a agenda de abertura
comercial avance em que pese à força dos grupos protecionistas no Congresso Nacional,
haverá setores industriais afetados negativamente pela política externa do novo governo.
Sofrerão também aquelas empreiteiras que, no contexto de um BNDES reformado,
podem perder acesso ao crédito subsidiado do passado recente.
Apesar da ideia de ruptura, o governo busca reproduzir ações que já foram
realizadas por governos anteriores, o próprio alinhamento aos Estados Unidos em troca
de benefícios já ocorreu no regime inaugurado em 1889, durante o governo de Vargas,
de João Gourlart, de Castelo Branco e de Fernando Collor. Outras ações que remetem a
governos anteriores são os projetos de privatizações e concessões parecidos com os do
FHC, Bolsonaro também pretende dar continuidade à redução na importância do
Mercosul, característica do governo Temer, apostando em ter maior adesão na
bilateralidade, só que com os EUA e não com a Argentina como Michel.
O atual presidente se encontra sendo influenciado por três grupos q são os
militares, em especial os que possuem cargos oficiais no Palácio do Planalto, a equipe
de Paulo Guedes e seu círculo íntimo, onde se encontra seus filhos e demais membros
do PSL, tal círculo foi responsável pela nomeação do embaixador Ernesto Araújo para o
cargo de ministro das Relações Exteriores. O Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e por Filipe
Martins, assessor internacional
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