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RELATÓRIO DO FILME “O LONGO AMANEHCER”

Por:   •  24/1/2019  •  Trabalho acadêmico  •  945 Palavras (4 Páginas)  •  262 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS  

DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS  

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS        

DANIELLE GONÇALVES PASSOS DO NASCIMENTO

RELATÓRIO DO FILME “O LONGO AMANEHCER”

SÃO CRISTÓVÃO – SE

DEZEMBRO, 2018

        Celso Furtado foi um importante e renomado pensador brasileiro e economista, homenageado em um documentário intitulado "O Longo Amanhecer - uma biografia de Celso Furtado", no qual é abordado sua trajetória de vida. Nasceu em 26 de julho de 1920 em Pombal, no sertão paraibano e morreu em 2004 aos 84 anos. O documentário conta que logo após se formar em Direito, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, procurou se alistar e lutar junto às Forças Armadas e na Segunda Guerra Mundial, fazendo parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB).  Ao ser entrevistado por José Mariani, o próprio Celso Furtado revela que em um momento posterior à Guerra, ele desejava, ainda mais, estudar e compreender o Brasil e o mundo, almejava captar o essencial da realidade e ajudar a transformá-la.                                                                         Antônio Barros de Castro, outro grande economista brasileiro, comenta que a herança keynesiana e a experiência da guerra mostravam que o Estado pode ser um ator decisivo na história, que Furtado sentiu que isso era uma novidade elementar, também buscando entender o que tange capacidade do Estado em dar partida e monitorar grandes transformações, enxergando assim no pós-Guerra como um laboratório. Um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial, o brasileiro inicia sua empreitada de realizar seu doutorado em Economia, trilhando assim um longo caminho que o levaria a ser reconhecido como reformista, justamente por acreditar que as reformas de estrutura, juntamente com políticas econômicas responsáveis, transformariam o Brasil.                 O documentário capta a atenção do expectador em diversos momentos que retrata a trajetória de Furtado, percorrendo desde a experiência no protagonista no Chile, quando participou e colaborou para fundação a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), fornecendo bases essenciais para a para a construção da teoria das relações "centro-periferia", passando também pela participação no governo Juscelino Kubitschek, sendo criado em tal governo um setor especializado em políticas públicas para o Nordeste, a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), que viria a se tornar uma das principais prioridades do governo de Kubitschek, tomando proporções desenvolvimentistas. Em 1959, após passar dois anos na Universidade de Cambridge, publica "Formação Econômica do Brasil", fornecendo interpretações históricas sobre a formação econômica da América Latina e do Brasil. Delineia a experiência do economista como primeiro ministro do Planejamento do Brasil, no governo do presidente João Goulart, plano este que foi avaliado pela economista Maria da Conceição Tavares, como a primeira vez que o Brasil teria espaço e chance de superar o ciclo do subdesenvolvimento por meio de reformas estruturais propostas. Contudo, no ano de 1964 essa chance é rompida com a emergência do Neoliberalismo. O exílio no Chile e depois na França e o retorno ao Brasil depois de receber anistia constitui vivências marcantes, assim como a volta do mesmo ao governo fazendo parte do Ministério da Cultura de José Sarney, na função de ministro.                                                 O intuito da cinebiografia é delinear as ideias e o pensamento de Celso Furtado, levando em consideração a sua relevância para o cenário nacional e internacional. O pensamento econômico do protagonista paraibano é ainda muito atual, pois muito de seus conceitos podem ser aplicados e vistos na contemporânea política econômica do Brasil, sendo que o intuito deste é estabelecer uma relação entre o pensamento econômico e a história.                                                                                                 O filme é um trabalho desenvolvido por José Mariani, com a participação por meio de entrevistas a grandes pensadores da área de economia, (o próprio Celso Furtado, Antônio Barros de Castro, João Manuel Cardoso de Melo, Maria da Conceição Tavares), expondo de maneira contemplativa as concepções de um dos grandes formuladores do pensamento brasileiro, juntamente com outros notórios pensadores, como Caio Prado Jr. Sérgio Buarque de Hollanda, e entre outros. Dessa forma, é inegável a carregada colaboração e acadêmica e profissional fornecida pelo economista, como também os marcos teóricos de seu pensamento histórico-econômico sobre o país. 

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