Razao Social
Dissertações: Razao Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joaopualomoc2008 • 16/10/2013 • 404 Palavras (2 Páginas) • 333 Visualizações
Este número de Memórias do desenvolvimento, publicação do Centro
Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, traz o
resultado da pesquisa “O papel do BNDE na industrialização do Brasil – Os
anos dourados do desenvolvimentismo, 1952-1980”, coordenada pela professora
Maria da Conceição Tavares entre 2007 e 2010. Financiada com recursos do
Centro, a pesquisa procurou analisar de um ponto de vista original o processo de
industrialização e de desenvolvimento brasileiro, partindo da criação, da evolução
e das transformações sofridas por uma das principais instituições brasileiras de
fomento, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE).
Não foi tarefa fácil para a equipe analisar período tão rico para o processo de
industrialização, para a expansão do mercado externo e para a modernização das
instituições do Estado brasileiro. A expansão dos setores produtivos e financeiros
nacionais, privados e estatais, independente de governos progressistas ou
conservadores, de projetos desenvolvimentistas ou liberais, de inflexões impostas
por crises políticas internas e/ou crises econômicas externas, requereu do BNDE
maior capacidade e complexidade. De 1952 a 1982, o desenvolvimento das forças
produtivas e a integração do mercado interno exigiram maior capacidade de
coordenação do Estado para continuar a conduzir interesses divergentes de
capitais públicos e privados, nacionais e estrangeiros. Sem dúvida, nesse período
o BNDE foi um dos principais protagonistas do desenvolvimentismo brasileiro.
Seguir os caminhos e descaminhos de uma instituição de tal porte, pois o
BNDES é hoje o maior banco de desenvolvimento das Américas e responsável por
grande parte do financiamento de longo prazo brasileiro, demandou esforço.
Acompanhar os momentos em que os recursos impulsionaram seu papel e aqueles
em que minguaram e que o ficou em situação instável implicoucompreender como a instituição se articulou com as estruturas de poder. Procurar
decifrar o que não está escrito nos documentos oficiais, aquilo que os números e
os relatórios não revelam, levou a coordenadora, ela própria membro do antigo
grupo Cepal-BNDE, a conversar com ex-dirigentes e ex-funcionários do Banco, bem
como com especialistas. Foram esses relatos, experiências de vida compartilhadas,
que forneceram à equipe de pesquisadores
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