"Revoluções Coloridas" e a nova Guerra Rede-Centrica
Por: Giofolchini • 10/5/2017 • Resenha • 987 Palavras (4 Páginas) • 1.293 Visualizações
“Revoluções Coloridas” e a nova Guerra Rede-Cêntrica
Lutas geopolíticas atuais: criação e formação de redes que visam a troca de informações, na máxima expansão possível da produção, acesso e distribuição da informação, e na respectiva realimentação. Essas redes são criadas com objetivos políticos, econômicos, informacionais, técnicos e militares. Incluem-se elementos que antes não tinham tanto valor. São usadas principalmente pelos EUA (agências estatais, corporações e estruturas internacionais de rede - ou seja, um conjunto de ONGs influentes se unem para a formação de redes capazes de influenciar ideologicamente).
Rede-centrismo
Postulados
1. O mundo moderno é definido não só por corredores de transporte com fluxos associados de bens e serviços, mas também por redes informacionais e comunicacionais, que formam o esqueleto do espaço global de informação.
2. Estruturas verticais (hierárquicos) e horizontais (de rede), com diferentes origens, propósitos, força numérica, limites geográficos e temporais e status legal, são os objetos e os sujeitos do processo histórico global cujas interações facilitam a emergência de novas estruturas e conexões.
3. As redes artificiais (eletrônicas) em desenvolvimento dinâmico que se entrelaçam e interagem com redes psicossociais e resultam num fenômeno social qualitativamente novo é identificado dentro do conceito rede-cêntrico de guerra informacional.
Tal estrutura de rede pode exercer grave pressão sobre todo o ambiente, o sistema financeiro e a economia políticos globais, mediante seus representantes e entidades internacionais de nível inferior. Pode também tomar e implementar decisões para afetar alguma mudança de regime e o curso do desenvolvimento de países selecionados.
Guerras rede-cêntricas
Não tem começo nem fim definidos e acontecem através de “operações baseadas em efeitos”: procura influenciar/incentivar o comportamento igual entre amigos, neutros e inimigos de modo que o ataque não é percebido como agressão, mas como impulso na direção de mais desenvolvimento. Assim, os executores da OBEs conseguem controlar/manipular todos os grupos envolvidos (armados ou não), em qualquer espaço (em épocas de paz, situação de ameaça/crise ou guerra).
Aquele que conduzir a guerra deve ser capaz de controlar todos os atores internacionais. Países, nações, exércitos e governos perdem sua independência e soberania pois são firmemente controlados, tornam-se massa de manobra.
Em suma, o objetivo destas guerras é o controle geopolítico através da ideologia, de modo que as nações controladas ajam de acordo com as ideias de determinado país (EUA em particular). Muitas nações passam a agir de acordo com as ideias de tal país sem nem mesmo perceber, muitas vezes acreditam que estão agindo de maneira soberana, e não que estão sendo influenciadas, pois não percebem de onde estas “instruções” emanam.
Estas guerras são muito mais efetivas que guerras armadas, pois seus resultados podem perdurar anos, uma vez que os valores do agressor são implantados nesses países controlados. Perdem-se os valores tradicionais (ex: países orientais que já possuem traços da cultura ocidental).
Nas guerras rede-cêntricas não observa-se uma hierarquia, ao contrário, as interações são horizontais e irregulares, impossibilitando a identificação exata das atividades e até mesmo a existência de um agressor. Indivíduos e elementos estatais e não-estatais fazem parte destas interações.
As guerras rede-cêntricas nasceram como uma alternativa às guerras armadas - consegue-se controlar um território e os recursos deste sem derramamento de sangue.
Revoluções Coloridas
O objetivo das revoluções coloridas é derrubar regimes políticos existentes em outros países através do controle deste território sem a utilização de meios armados, ou seja, o objetivo é alcançado através do soft power - poder de persuasão e não de agressão.
Essas revoluções não levam em consideração os interesses da sociedade agredida. Assim, como consequências: a própria sociedade é desestabilizada, as fundações
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