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A DECEPÇÃO COM O DINHEIRO

Por:   •  19/9/2017  •  Artigo  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  301 Visualizações

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DECEPCIONADOS COM O DINHEIRO I

  • Quem não tem, não é! Com essa frase, vemos como o mundo em que vivemos busca relacionamentos. Caráter é definido pelas posses. Há mais preocupação dos pais, hoje em dia, pelo futuro econômico dos filhos do que pela formação do caráter deles. O que serão é problema de escolha deles, o que importa é o que terão.
  • Dessa forma, qualquer meio passa a ser válido para se atingir esse fim. O negócio é ser esperto. Essas idéias já entraram na Igreja também. A única diferença nesse caso é o meio que se usa para se alcançar os objetivos. Se, no mundo, usa-se educação, competição (de todos os tipos), corrupção, arranjos (casamentos, sociedades, favores, etc), na igreja quer se usar Deus, afinal, não é Deus o dono de “toda a terra” (Êx 19:5)? Isso inclui “ouro e da prata” (Ag 2:8), todos os animais (Sl 50:11) e todas as pessoas (Ez 18:4a).
  • Temos aqui um problema grave: o desejo de manipular Deus, de controlar Deus, usando Sua própria Palavra para se obter bens pessoais. Isso é fazer chantagem com Deus, e é o que ocorre quando muita gente dá dízimo, vai à igreja, canta e ora com outras intenções que não sejam apenas o louvor e o desejo de estar com Deus em Sua santa presença. O que desejam mesmo é obter bens materiais de toda espécie.
  • Os que pensam que serão atendidos dessa forma apóiam a tese de Satanás quando disse que Deus abençoou Jó só para ser louvado e respeitado por ele (Jó 1:9-10). Mas há outro problema aqui. O que acontece quando esses não recebem o que querem? Desistem do meio ou do fim? Ou seja, desistem de Deus ou de pedir posses?
  • Na verdade, por que pedimos riquezas? É para atender nossas necessidades, ou para gastarmos em nossa ganância por mais e mais? Para ganância Deus não atende orações (Tg 4:3). Deus atende todas as nossas necessidades (Fp 4:19). Mas quais são nossas necessidades?
  • a) Espírito Santo (Lc 11:13). O que precisamos, de fato, para sermos bem sucedidos nessa vida? Dinheiro, apenas? Quem não sabe tratar o dinheiro de modo adequado, não será bem sucedido, ainda que tenha muito dinheiro. Isso não significa ser profundo conhecedor de Economia, mas ser dominador do dinheiro ao invés de ser dominado por ele. Mas há alguém com essas qualificações? Sim, os possuídos pelo Espírito Santo. Além das qualidades do fruto do Espírito (Gl 5:22-23), os cristãos ainda dispõem, pelo Espírito Santo, de conhecimento sobre como proceder nas mais diversas situações (Jo 14:26); orientação (Rm 8:14); e dons (I Co 12:11).
  • b) Sabedoria (Tg 1:5). Não é possível alguém viver bem sem saber a diferença entre bem e mal, certo e errado. Isso é sabedoria. Há a sabedoria desse mundo e a de Deus. A do mundo é sempre confusa e passageira, logo sendo substituída por outra mais recente. A de Deus é eterna e os que a seguem têm vida verdadeira (Pv 8:35).
  • Mas, na maioria das vezes, os problemas com dinheiro não vêm de orações não respondidas, mas de má administração do que já temos, da falta de algumas coisas importantes. Orçamento e planejamento levam a boa administração. Devemos saber onde, quando, como e por que nós gastamos dinheiro (Pv 27:23-27).
  • Essa passagem diz que se deve acompanhar o estado e a condição dos animais (23-24). Se estiverem doentes, cuidado especial; se faltar comida, atenção imediata. Aqui, é o olho do fazendeiro que faz o gado engordar e a casa prosperar.
  • Devemos, então, ser diligentes, zelosos para que o orçamento de certo. Significa ser persistentes, aplicados, sem esmorecer. Além disso, significa que não há orçamento que de certo sem acompanhamento constante. Não basta um conhecimento à distância, o que se propõe aqui é envolvimento íntimo e pessoal. Sempre há alguma coisa inesperada que afeta o orçamento e não pode ser ignorada (doença, queima e troca de algum utensílio, etc). Riqueza e coroa significam posses e status (posição). Não vigiar constantemente para preservá-los significará perda dos dois. Não observar esse princípio nos leva a decisões erradas e até a gastar dinheiro que não temos.
  • Planejar é outra coisa importante que pode estar faltando em nossa administração (Pv 22:3). Esse texto mostra que o prudente é encontrado em pequeno número, está no singular. Já os simples (ingênuo, crédulo), existem em grande quantidade. Sofrer a pena, aqui, é ser multado, padecer conseqüências por falta de prudência, de cautela, por ser afoito.
  • Um bom orçamento cristão começa no dízimo. Entregar o dízimo não deve ser motivo de prova com Deus, jamais. Deus não abençoa quem Lhe entrega dízimo, mas quem coloca Deus em primeiro lugar, porque os dízimos são as primícias (Pv 3:9). E isso tem que ser de coração, de vontade e não como um método para arrancar alguma coisa de Deus. O dízimo deve ser a primeira coisa a ser assinalada no orçamento. Para quem não sabe por onde começar o orçamento, aí está o princípio bíblico. Primeiro Deus, o que sobra é meu e não o contrário.
  • A seguir, 2) habitação. Prestações da casa própria, aluguel, etc. Depois 3) as despesas com  as utilidades do lar: luz, água, telefone, gás, etc. 4) Agora é a vez dos alimentos e das necessidades do lar. 5) Quem tem educação paga deve entender que essa é uma grande despesa, por isso tem que valer a pena. 6) Transporte deve ser visto como transporte e não como diversão. 7) Dívidas bancárias são muito perigosas: empréstimos, cartão de crédito, cheque especial, etc.; sempre que possível devem ser evitadas (Pv 22:7b). 8) Planos de saúde são muito importantes, por isso devem ser cuidadosamente acompanhados.
  • Coisas que devem ser evitadas ou feitas em poucas ocasiões, quando estiver com problemas de orçamento. 1) Acumular contas de um mês para outro. 2) Diversão: é bom e é recomendável, mas pode acabar até com o melhor orçamento quando não há sabedoria. Reconheça que diversão é passageira, por isso, antes de investir teu dinheiro duro de ganhar em CD, DVD, TV digital, som potente, revistas, livros sem referência, aluguel de quadra, etc, pergunte-se se este é o melhor uso para o teu dinheiro. Afinal, diversão não tem que ser cara.
  • 3) Comer fora. Muita gente gosta de ir a restaurantes freqüentemente. As pessoas não querem mais cozinhar, por isso há tanta comida que requer pouca preparação, do tipo “é só servir”. Às vezes, comer fora é justificável, mas deve-se tomar cuidado com isso, porque é uma tendência de nossa época consumista.
  • 4) Compra impulsiva. Esse é um problema comum e tem a ver com a falta de controle nos gastos. Geralmente quem compra por impulso, diz que esse negócio de orçamento ou não funciona ou estraga com sua alegria. Mas orçamentos são apenas planos sobre como gastar nosso dinheiro. Você pode escolher um orçamento para gastar teu dinheiro como você quiser. O impulso para gastar tem a ver com o desejo pela satisfação momentânea quando se adquire alguma coisa. Esse impulso é forte e pode ser dominador. Taí uma forma de idolatria e que pode ser vencida com oração e calma. Pensar antes de gastar; fazer uma lista antes de gastar e não gastar como uma forma de entretenimento, por diversão.
  • Em casos de emergência, quando o orçamento está sangrando, a primeira providência é estabelecer prioridades. Prioridade é aquilo que vem em primeiro lugar. A prioridade nesse caso é arrepender-se diante de Deus por não ter administrado bem o dinheiro que Ele deu. Depois, deve-se pedir sabedoria a Deus para saber onde cortar, onde deixar. Não peça dinheiro a Deus porque, nesse caso, essa não é a tua necessidade.
  • Quem não tem, não é! Assim começamos esse estudo. Mas para acabar ITm 6: 17-19. Você se considera pobre ou rico? Você come quantas vezes por dia? Mora na rua ou em casa? Anda nu ou vestido? Não, você tem muito mais do que isso. Quase 1,5 bilhão vivem com menos de R$ 4,00 por dia, ou menos de R$ 120,00 por mês. Você é rico/a e é também para você ITm 6: 17-19.

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