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A TRANSCRIÇÃO DA ENTREVISTA

Por:   •  1/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.487 Palavras (10 Páginas)  •  425 Visualizações

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TRANSCRIÇÃO DA ENTREVISTA

PARTE 1 – PERGUNTAS GERAIS

  1. Você poderia se apresentar brevemente e nos contar um pouco sobre sua formação, contar-nos um pouco sobre sua trajetória profissional?

Antes de fazer psicologia eu fiz planejamento turístico lá no CEFET e ai depois que eu já estava no CEFET, que eu fui estudar pra fazer Psicologia, ai fui fazendo os dois juntos; naquela época podia ter duas vagas federais, ai eu fiquei até terminar, porque faltava só um semestre e naquela época era muito comuns as pessoas estudarem no CEFET e na UFG. Então acabou que na psicologia no começo eu não fui pra nenhuma atuação, mas isso fez que depois eu fosse procurar qualquer coisa. Durante a formação eu tive uma disciplina de um semestre durante o curso todo, sobre saúde. Ai eu participei de um projeto que chamava “PET SAÚDE MENTAL” durante um ano e nesse projeto a gente trabalhava no CAP-AD CASA e no GIRASSOL de Goiânia. A gente podia freqüentar um ou outro, mas acabou que eu fui nos dois, porque lá na UFG, a gente não tinha muita demanda de manha então  o que você quisesse procurar pra fazer, podia, muito era voluntário, então eu pensei que a época de trabalhar de graça e aprender tudo o que eu podia era na faculdade. Ai fiz a faculdade, trabalhei nisso e depois trabalhei numa empresa de home care, eu fazia tanto a parte de acompanhamento de serviço com um fisioterapeuta, pra ver como estava a família, alguns eram pacientes com câncer, e eu acompanhava. As vezes eu também fazia a parte de RH, propus alguns treinamentos também. Eu também trabalhei no Hospital Jardim America e esse também durante a faculdade, não fiz nenhum estagio remunerado. Quando participava do projeto PET SAÚDE MENTAL, recebia uma bolsa de 300 reais. No ultimo ano tem o estagio obrigatório que a faculdade fornece, ai eu fiz na clinica. Eu pensei, já tinha ido pra CAPS, pra Hospital, organizacional e acabou que esses outros eu já tinha ido, e clinica acaba que é só você, não tem suporte depois, ai foi, acabei fazendo estagio em clinica com abordagem em psicanálise. O que eu acho que foi muito decisivo na minha formação foi o projeto de PET SAUDE MENTAL, porque a gente fazia acolhimento, intervenção. Nós não éramos estagiários, éramos monitores em saúde mental. E a gente fazia muito, até mais que um estagiário. Depois eu não fiz Pós, eu tenho uma certa critica em relação a Pós. Eu estou pensando em fazer Mestrado, vou fazer uma prova, não quero pagar, porque “Jesus” é muito caro, eu acho que estudar tinha que ser de graça, porque você já gasta tanto e você ainda tem que pagar. Pós, eu vejo muito psicólogo formando e fazendo uma Pós direto e na pratica isso não muda o seu salário. Em termos práticos, não muda. É claro que estudar você precisa estudar, sim, mas isso é pra você. As pessoas da psicologia estudam muito de maneira geral. Às vezes temos a fantasia de chegar com um diploma de pós-graduação e isso vai mudar, mas não adianta nada se você não tiver prática. Eu passei no aperfeiçoamento do CRER em neuropsicologia, mas ai fiquei sabendo que estavam contratando aqui no Canedo, e ai eu vim, trouxe meu currículo, fiz a entrevista e comecei a trabalhar. Meu baile foi no sábado e na segunda feira comecei a trabalhar. Fiquei aqui um ano e sai, comecei a trabalhar na comunidade terapêutica, no Creas e depois no consultório. Depois eu sai e vim direto pra cá, que era pra assumir o concurso.

  1. Você entrou nessa instituição em que ano?

01 de Julho de 2015 assumi o concurso e no Cras em Julho de 2016.

  1. Trata-se de uma equipe multidisciplinar? Você, como psicóloga(o), trabalha de forma conjunta com profissionais de outras áreas?

Aqui (CEU), tem uma pessoa responsável por fazer o Cadastro Único, porque pra você receber qualquer beneficio do governo você precisa ter o cadastro Único. Tem a moça da recepção, da limpeza, a coordenadora, dois assistentes sociais e eu de psicóloga. Mas na verdade eu não fico aqui, eu vou voltar lá pra cima (CRAS), lá a estrutura é maior, que ai tem uma pessoa que faz a rota, o motorista que busca as crianças ou os idosos, têm todos os professores de oficinas, 19 professores, mas de fixos mesmo, tem o que a gente chama de técnicos de referencia, tem a coordenadora, que na verdade é a coordenadora daqui, tem a pessoa que faz o lanche, a pessoa que limpa. De estrutura básica mesmo tem o monitor, que fica com o grupo que chama afeto, dos idosos. Tem o grupo reviver que são as pessoas que tem algum tipo de deficiência ou mental, ou física, esse grupo é diferente do que vai pra APAE ou CAPS, porque a gente sempre bate na tecla que o objetivo aqui é “convivência e fortalecimento de vínculos”. Eu sempre tento participar das oficinas junto com os professores pra estar mais juntos das crianças e idosos também porque as vezes acontece de algum deles chegar e falar pro professor porque eles tem mais convivência com ele, ai eles chegam e falam  “ah, tive a minha primeira relação sexual” ou “eu estou me cortando”, coisas desse tipo sabe? Então eu sempre tento estar mais perto, pra atender também a angustia dos professores, porque aqui eles não são só professores. O professor pra estar no serviço de convivência ele tem que ter outro perfil, porque a criança não tem duas vezes por semana de tal a tal horário, natação, porque o objetivo não é que ele aprenda natação, é que ele tenha convivência e fortalecimento de vínculos, por isso as vezes numa semana ele vai ter natação na outra futebol. E se a gente conseguir fazer minimamente isso, que ele fortaleça vínculos com os próprios colegas, com a comunidade, com a escola, nesse sentindo, então vamos conseguir cumprir nosso papel.

  1. Há outros/as psicólogos/as que atuam juntamente com você nesta instituição?

Não, aqui sou só eu como psicóloga. Por isso que eu falo, se a gente fosse desenvolver, seria legal ter uma (psicóloga) só pro CRAS, porque dois profissionais trabalhando junto é muito melhor pra você ter idéias, porque quando é só você vem só demandas do tipo “faça isso, faça aquilo”.

  1. Como o/a senhor/a percebe ou como o senhor definiria as possibilidades de atuação do/a psicólogo/a realizado aqui dentro? (É possível trabalhar no atendimento clínico?; no atendimento a grupos de apoio à comunidade?). Quais trabalhos são realizados aqui pelo psicólogo ou pela equipe de psicólogos? 

Se você for pensar, o numero de pessoas que passa por você é muito grande, porque só de idosos a gente tem numa faixa de 150, e ai tem o reviver que é mais 15. Antes tinha o grupo de grávidas também. E ai o psicólogo é requisitado a estar em todos os grupos e visitas. Tem as visitas do PAIF, que é com os assistentes sociais pra levar cesta, essas coisas. Isso a gente teria que participar. A gente teria que participar então do grupo do reviver, que tem uma outra demanda que você tem que pensar nas atividades, porque um não fala, outro não anda, outro não conversa, então enfim, são muitas questões diferentes num grupo só, e o que eu sugeri foi que colocasse eles para participar de outros grupos, com outros garotos sem deficiência. Alguns conseguimos colocar na natação, outros no violão. Os professores querem excelência NE? Mas não é esse o objetivo inicial. Se ele se descobrir, muito bom, mas o intuito não é o suporte vitalício, é encaminhas e inserir na sociedade. Tem também as crianças, da manha e da tarde, os adolescente da manha e da tarde. Com os adolescentes é outro trabalho, além da participação do psicólogo em todas as oficinas ele tem de participar das reuniões socioeducativas e as reuniões com os pais.

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