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A excelência de conhecermos a Cristo Jesus

Por:   •  14/4/2016  •  Resenha  •  3.531 Palavras (15 Páginas)  •  946 Visualizações

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A excelência de conhecermos a Cristo Jesus

Texto: Fp 3.8

Introdução:

Filipenses é conhecida como “a carta da alegria”, e enquanto tal, encerra um grande paradoxo: Paulo estava preso em Roma, já havia passado por outras prisões anteriores, humilhações, perdas. Havia sido esquecido pela maioria das igrejas, e de quase nenhuma recebera apoio. Escrevendo a Timóteo ele desabafa dizendo que em sua primeira defesa, ninguém se colocara ao seu lado.

Mesmo assim, ele encontra alegria na submissão a Cristo, no serviço a Cristo, na segurança de Cristo e na suficiência de Cristo – “posso todas as coisas”. Qual o segredo desta alegria? O conhecimento de Cristo.

É sobre a excelência deste conhecimento que vamos ministrar nesta noite neste congresso. Fomos chamados a refletir, provavelmente, acerca do tema de maior importância nas Escrituras, porque o problema do conhecimento não ocupou primariamente a mente dos gregos no começo da ciência no século sexto antes de Cristo. O problema do conhecimento está de Genesis a Apocalipse. Foi por conta da arvore do conhecimento que nossos pais pecaram. Foi por falta de conhecimento que Israel se distanciou de Deus. Foi por desprezarem o conhecimento de Deus que os bárbaros foram reprovados por Deus, segundo Paulo.

Não sei se há um tema mais rico e profundo, e portanto, mais complexo e difícil do que este que a mim foi proposto. Mas desejo que o Espirito Santo nos guie nesta mensagem e tenho por certo que Ele o fará.

I- A excelência do conhecimento está no seu objeto

Todo conhecimento ou toda a ciência desenvolve-se a partir de um objeto. Assim, temos as ciências humanas (psicologia, antropologia, pedagogia, sociologia, filosofia, etc...que estudam o ser humano em suas diferentes relações), as ciências físicas, que debruçam-se sobre a realidade (matemática, química, física, biologia, etc...).

Não obstante o valor de cada ciência, a sua excelência decorre do objeto a ser estudado.

O desejo de conhecer é próprio da natureza humana, segundo Aristótles, o homem deseja naturalmente conhecer. Todo avanço e progresso da humanidade, toda produção literária, artística, e em quaisquer outras áreas, resultam do conhecimento.

E todo conhecimento tem um objeto em torno do qual gira a pesquisa, a atenção. Quando falamos sobre o conhecimento de Cristo Jesus, estamos a penetrar no conhecimento que ultrapassa ou excede a grandeza de qualquer outro objeto, porque Jesus Cristo é Deus. Quando nos propomos a conhecer Cristo estamos adentrando na ciência do Alto.

Quem é este acerca de quem tratamos nesta noite ser excelente o conhecimento? Quem é este acerca do qual o apóstolo Paulo julgou ter como esterco todas as coisas que havia adquirido até então (os títulos, as tradições, a posição social, a descendência abraãmica, etc..) pela excelência do seu conhecimento? E a sua história revelou serem autenticas estas suas palavras. OU seja, não era um mero discurso.

Quem é este acerca do qual o apóstolo Pedro nos exortou a crescer no seu conhecimento, tomando emprestada as palavras do profeta Oséias que também fez a mesma exortação ao dizer: Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor (Os 6.3)?

Conhecer Jesus Cristo é conhecer a Deus.

Jesus disse: Eu e o Pai somos Um – Jo 10.30. Também afirmou a Felipe: Quem me vê a mim vê o Pai – Jo 14.9. O evangelista João começa seu evangelho afirmando que no principio era o Verbo, que o Verbo era Deus e o Verbo estava com Deus, e no verso 14 conclui dizendo que o Verbo se fez carne e habitou entre nós. E a este Verbo encarnado o anjo colocou o nome de Jesus. Embora nunca tenha dito claramente a expressão “eu sou Deus”, todas as suas reivindicações e declarações atestam esta verdade. Não comporta nesta mensagem uma cristologia, mas vale a pena sublinhar as reivindicações feitas pelo Senhor (ter poder para perdoar pecados, para decidir o futuro da humanidade, para conceder vida e ressuscitar os mortos, sobre os fenômenos da natureza, etc.).

Uma das mais convincentes reivindicações de Jesus Cristo quanto à sua identidade divina foi aquela dita perante as autoridades judaicas, no Sinédrio, na ocasião de seu julgamento, e foi tão plenamente compreendida em seu significado que sentenciou-o á morte pelo crime de blasfêmia. Ao ser questionado sobre sua messianidade, o Senhor Jesus disse: “Eu vos digo que em breve vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” – Mt 26.64. A pergunta feita fora: “Tu és o Cristo?”.

Esta resposta combinava duas profecias messiânicas do Antigo Testamento. A primeira encontra-se em Dn 7.13,14, onde o domínio universal é concedido a um denominado pelo profeta como sendo “Filho do Homem”, e a outra é extraída do Salmo 110, onde Aquele que é denominado como o Senhor de Davi é convidado a assentar-se pelo Senhor à sua direita para assumir o domínio.

O escritor aos hebreus disse que o Filho é o resplendor da glória do Pai. No primeiro capitulo de sua carta ele começou afirmando que havendo Deus outrora falado muitas vezes, e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo e por quem fez também o mundo. O qual, sendo o esplendor da glória do Pai e a expressa imagem de sua pessoa, sustentando todas as cosias pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas altura” – Hb 1.1-3..

Paulo afirmou aos Colossences que Jesus é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação (1.14), porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades, tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e que todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja, e o primogênito dente os mortos, para que em tudo tenha a preeminência, porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse – Cl 4.1-20.

Jesus é o mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações. Ele é Aquele mediante o qual todas as coisas vieram a existir, como afirmou João no prologo de seu evangelho ao dizer:

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