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Antropologia das religiões

Por:   •  16/10/2016  •  Ensaio  •  2.570 Palavras (11 Páginas)  •  281 Visualizações

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        Antropologia das Religiões

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e-Fólio B

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Fonte: http://alunosonline.uol.com.br/upload/conteudo_legenda/f749ea05e4d1b411d880fb03675f5956.jpg

                                                                          Paula Isabel de Jesus Soares Melo    

                                                                                  Aluna n.º 1400583

                                                                                                                                  Turma 01

                     

Licenciatura em Ciências Sociais

O monoteísmo é a crença que prevalece na maioria das grandes religiões ocidentais – a convicção de que existe um só Deus (Gaarder, Hellern e Notaker, 2001). Existem várias religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo, islamismo e, embora todas monoteístas, existem diferenças entre o Deus Trino dos Cristãos, Iahweh judaico e Alá, o Deus dos 100 nomes do Islão (Carmo, 2001).

A palavra Islão significa “submissão” e “salvação” (Carmo, 2001) e o Deus muçulmano é Alá, palavra árabe que significa “Deus” (Gaarder, Hellern e Notaker, 2001).                                                 O livro sagrado dos muçulmanos é o Alcorão ou Corão e foi escrito também ele em árabe (Carmo, 2001; Gaarder, Hellern e Notaker, 2001), cuja convicção base é a de que o homem deverá entregar-se a Deus e submeter-se à Sua vontade em todas as áreas da vida.

O mensageiro de Alá: Maomé (Muhammad)

Maomé, profeta e mensageiro de Deus, nascido em Meca, na Árabia, no final do século VI por volta de 570 d.C. (Gaarder, Hellern e Notaker, 2001; Carmo, 2001). O seu nome provém de Mohammad que significa “altamente louvado”, e foi em 610 d.c. que recebeu a primeira revelação de Deus através do anjo Gabriel. Tinha então cerca de 40 anos.                                                                        Perseguido pelos seus concidadãos, o Profeta foi forçado a exilar-se em Medina com os seus discípulos mais leais, ao que passados oito anos e após vários combates contra os seus inimigos, regressou vitorioso a Meca que o acolheu e se converteu à nova fé. (Carmo,2001).         

O profeta faleceu em Medina aos 62 anos e foram 22 anos de conquista de fiéis e de pacificar a terra, por isso, para os muçulmanos, segundo vários autores, Maomé é digno de extrema admiração e respeito, mas não é adorado, pois só Deus o poderá ser.                                                        

“ (…) os crentes devem-lhe obediência absoluta, e a ele cabe a missão de advertir a todos quanto ao caminho correcto, ou seja, o caminho da obediência e submissão” (Silva, 2007:99). Segundo a tradição muçulmana, Mohammad era iletrado e adquiriu influência com as restantes religiões através dos comerciantes e viajantes judeus e cristãos (Silva, 2007).

O Alcorão / Corão

“(…) o Alcorão dá à individualidade do ser: o seu carácter único

e a responsabilidade que sobre ele recai (Huston, 2014:45)

O Alcorão significa “a recitação” (Carmo, 2001:167). Em árabe, a palavra recitar tem a mesma raiz que curan, que significa ler ou ler alto, o Corão, em 114 capítulos, contém as revelações de Maomé, escritas depois da sua morte (Gaarder, Hellern, Notaker, 2001).

Segundo François (1996 cit in Carmo, 2001) o Corão apenas foi inteiramente escrito depois da morte

de Maomé, este só pode ser escrito em árabe (língua litúrgica oficial), sendo que atualmente existem centenas de milhar de crentes que o repetem decorando a língua oficial sem que conheçam verdadeiramente o seu significado (Carmo, 2001).

É recorrente afirmar-se que os fiéis das três grandes religiões monoteístas (judeus, cristãos e muçulmanos) constituem os “povos do Livro” (referindo-se à Bíblia), no entanto segundo Carmo (2001) não corresponde à realidade, pois para os muçulmanos, apesar de fazerem referências significativas ao Antigo e Novo Testamento, consideram que o que realmente interessa (a verdadeira palavra de Deus) encontra-se no Alcorão, consequentemente acham inútil a leitura da Bíblia (Carmo, 2001). No entanto, os profetas de outras religiões também foram mencionados, entre os 28 os que mais se destacam são: Noé, Abrão, Moisés, Jesus e Mohammad (Silva, 2007).

A fé islâmica (Sharia) e os cinco pilares do Islamismo

Islam, derivação do árabe, significa paz, pureza, submissão e obediência, atribuindo à religião o sentido de “submissão voluntária à vontade de Deus e obediência à Sua Lei” (Hanini, 2007:20 in Souza, Ferreira, Ferroni, Lage, Gomes, Santos (2014), no Islamismo a lealdade para com a religião é fundamental e os seus fiéis são submissos à vontade de Deus, crê que é a partir da religião que eles devem encontrar o seu caminho (Hanini, 2007 in Souza, Ferreira, Ferroni, Lage, Gomes, Santos (2014). Segundo Carmo (2001), a fé islâmica assenta essencialmente na crença num Deus único (Alá, em árabe al ilah, ou seja, “o Deus”), no Profeta, nos Anjos, no Livro e no Julgamento Final.

Na fé islâmica, os muçulmanos não professam apenas suas crenças, esta conduz os seus atos de vida, as suas normas de conduta e comportamentos, quer sejam nas suas obrigações privadas, quer sejam quando praticam as suas orações: jejum, peregrinações e caridade.

Para (Rodrigues,2013:1-2) “O Islão (…) não é tido como um sistema exclusivamente espiritual-religioso, mas sim concomitantemente ideológico, faceta da qual se alimentam o fundamentalismo, o revivalismo, o tradicionalismo”.         

Ainda e de acordo com (Maria do Céu Pinto in Rodrigues,2013:2) “ (…) não é encarado somente enquanto credo religioso que condiciona a vida espiritual dos indivíduos; é, acima de tudo, um “modo de vida” que permeia e molda o tecido social”.        

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