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Critério de certeza - fé

Por:   •  8/4/2019  •  Ensaio  •  1.055 Palavras (5 Páginas)  •  142 Visualizações

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Critério de Certeza

Por: José Laylson de Albuquerque Santos.

A várias definições do que seria fé, desde sua etimologia que vem do latim “fides” que significa confiança, crença promessa, juramento; até seu significado dado por cada religião: “A fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem.” Hebreus 11.1 (Bíblia), “Assim, a fé é a crença firme, resultante do conhecimento e convicção inabalável da unicidade de Deus e Seus Atributos, quem assim acredita é chamado de Mumin.”1 (Islamismo) e etc. Esses demais significados acabam sendo variações do significado etimológico, confiança ou crença em algo.

Para essa reflexão, utilizarei dois sentidos para o termo fé primeiro é o seguinte significado: crença (baseada em tudo aquilo que se conhece) em tudo aquilo que não se tem conhecimento; e o segundo será explicado na página 3. Como veremos mais adiante, a fé, com esse significado, acaba sendo a raiz de todo o conhecimento, pois para se chegar a um conhecimento, é preciso atribuir para si, alguns critérios pré-conceitos que não necessariamente serão sanados.

Não importa o quanto tentemos ou o quanto nos esforcemos para sermos naturalistas, querer encontrar todas as respostas aqui em meio a nós, nunca conseguiremos encontrar a verdade por meio da razão. Se não houvesse fé (sentido 1) nas pessoas, o mundo seria dominado por pessoas com meias verdades ou talvez, sem nenhuma verdade, afinal a própria razão estaria condenada, pois a própria sustentação racional de um argumento implica em você - ou outra pessoa que você se importa com a opinião - acreditar em algo mesmo sem saber se é verdade para que você possa investigá-lo, pois se não houver esse primeiro acreditar pela fé, não teria o porque de você investigar se algo é verdade.

Sabemos que a razão não é o suficiente para que tenhamos certeza de algo, pois nunca teremos total conhecimento sobre coisa alguma e por isso precisasse da fé (sentido 1), mas devemos saber também que a fé (sentido 2) é o suficiente para que tenhamos certeza. Desta forma a fé (sentido 2) se torna o sustentáculo da certeza, porém ela não é o sustentáculo da verdade, embora seja o caminho, como visto no parágrafo anterior.

E a ciência?

Os cientistas - não a ciência - em sua máxima de soberba se consideram os donos da verdade e se escondem no argumento que eles utilizam a razão, e hipocritamente se acham mais próximos da verdade do que aqueles que admitem ter fé. Hipócrita pois é exatamente no campo científico que mais se encontra fé (sentido 1), afinal quanto mais perguntas são respondidas, mais questionamentos vêm à tona e mais e mais eles têm que acreditar em algo por meio da fé (sentido 1), para sustentar sua migalha de razão.

Um exemplo claro é o big bang, um dos sustentáculos dessa teoria é a ideia de que o universo está se está se expandindo, que deriva do fato dos corpos celestes estarem se afastando. É certo e racional com base nos dados acreditar que os corpos estão se afastando, porém se levarmos pela razão, não dá completa certeza de que o universo esteja se expandindo, é razoável, mas não chega a ser certeza, e mesmo assim os cientistas acreditam, ou seja, se baseando em tudo aquilo que eles conhecem eles acreditam em coisas que eles não têm certeza, o que eu denomino de fé (sentido 1).

E os céticos?

Os céticos é um extremo a mais que os cientistas, pois eles se dizem céticos de tudo, questionam tudo, porém eu nunca vi um cético andar pela rua colocando a pontinha do pé antes de pisar para ver se aquilo é real, ou muito menos um cético ser cético sobre a ideia dele próprio ser cético. Para o primeiro caso da rua ele utiliza do conhecimento que ele já teve antes

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