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FELICIDADE - NA PERSPECTIVA FILOSÓFICA EM TOMÁS DE AQUINO

Por:   •  16/3/2018  •  Artigo  •  2.975 Palavras (12 Páginas)  •  1.726 Visualizações

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FELICIDADE

NA PERSPECTIVA FILOSÓFICA EM TOMÁS DE AQUINO
HAPPINESS

 IN THE PHILOSOPHICAL PERSPECTIVE IN TOMAS DE AQUINO

JAUDY, Addo Forgiarini Rachid[1]

RESUMO

Este trabalho abordará a constante esperança que recebemos através do Dr. Angélico que nos mostra que há um constante caminhar do homem em busca da felicidade: Com passos de conhecimento e de amor”. Objetivando adentrar na felicidade com amor e conhecimento para percebermos um caminhar do homem para a felicidade, pois, por mais que o homem seja livre, nenhum ser humano deseja a infelicidade, ele pode até adquiri-la por escolhas erradas, mas não como fim último. Os atos humanos tendem à felicidade por meio das virtudes do fim último do homem que é o Sumo Bem. Chega-se a ela por meio do aprimoramento da vontade humana, por via da razão “como o fim último da vida humana é a bem-aventurança, deve-se considerar, primeiramente, o fim último em comum, e, em seguida, a bem-aventurança”. No caminho apontado para a perfeição humana, que é o fim último. Santo Tomás de Aquino nos ensina que a felicidade do homem não consiste nas coisas como: honra, fama ou glória, poder, no corpo, no prazer, na alma  e em nenhuma forma de bem criado. Essas coisas proporcionam prazeres e de certa forma nos faz bem. Este bem que essas coisas trazem é um bem passageiro e não uma felicidade plena. Um exemplo se a felicidade do homem consistisse na glória e quando esse homem não tiver mais glória? Acabara a sua felicidade? Por isso: “Mas tal não se encontra em um bem criado algum.” Felicidade é um estado de espírito que é produzido por vários fatores externos e internos no individuo, para Tomás de Aquino ela está relacionada com a beatitude, a perfeição perante os olhos que indicam o Supremo Bem e seu ápice ocorre na vida plena e não na vida terrena. O homem tem livre arbítrio por isso deve ter consciência clara de suas escolhas, elas levaram ao objetivo do fim último que é alcançar a felicidade e o pecado cometido o afasta do objetivo principal que é a felicidade o bem supremo o na vida após a morte. O individuo que busca pela virtude deve ter discernimento que somente na posse da verdade por meio do conhecimento do amor da vida virtuosa perfeita no gozo.

Palavras-chaves: Felicidade, Tomás de Aquino e Virtude.

 INTRODUÇÃO

Este trabalho abordará a constante esperança que recebemos através do Dr. Angélico que nos mostra que há um constante caminhar do homem em busca da felicidade: Com passos de conhecimento e de amor(TOMÁS DE AQUINO, 2003, p. 27). Somos criados para a felicidade e nos encontraremos com ela se agir como Tomás nos ensina. O fim último do homem é a felicidade. O homem chega à verdade por meio das virtudes, sendo elas o caminho de condução à felicidade.

Notaremos com esse trabalho que o homem busca a felicidade e que essa felicidade é alcançada plenamente em Deus. A volta ao seu criador parece ser algo distante, porém, percebemos que a inclinação última do homem é a felicidade. Pois, acredita-se que só encontramos a felicidade plena após a morte, quando ,enfim, contemplar-se-á a Deus. Somos movidos para esse fim, pois cada indivíduo, pelo seu livre-arbítrio, caminha para felicidade plena. (TOMAS DE AQUINO, 2003)

Veremos também que o homem alcança a felicidade pelo processo de aprimoramento de seus hábitos que tornam-se virtudes. Assim, o Doutor Angélico lembra que a virtude nada mais é do que a felicidade que podemos alcançar no plano físico.

Nessa ótica de Tomás de Aquino este trabalho tem por objetivo adentrar na felicidade com amor e conhecimento. A partir dessa leitura, percebemos um caminhar do homem para a felicidade, pois, por mais que o homem seja livre, nenhum ser humano deseja a infelicidade, ele pode até adquiri-la por escolhas erradas, mas não como fim último.

Essa linha do pensamento-chave de Sto. Tomás de Aquino a respeito da felicidade,  mostrará que vamos nos encontrar com ela no plano da bem-aventurança em sentido metafísico, pois a felicidade não se encontra onde reina a morte, mas na bem-aventurança eterna que não se apaga jamais e que é o fim ultimo do homem.

METODOLOGIA

Tendo como base principal os registros de estudos feitos no passado com a intenção de comprovar suas teorias, a metodologia científica utilizada para desenvolver o tema Felicidade Na Perspectiva filosófica em Tomás de Aquino, será de estudo bibliográfico desenvolvido com base no Livro III da Suma Teológica de Tomás de Aquino.

Por se tratar de um modelo que pretende atender a todas as áreas, os elementos: Métodos ou Casuística e Métodos (pesquisa com seres humanos), e outros são títulos opcionais cabendo aos autores julgarem sua relevância no artigo em tópicos específicos.

Dois métodos foram utilizados para se obter estudos relevantes para este artigo. Primeiramente, conduziu-se uma busca em duas base de dados bibliográficos (EBSCO host e SciELO) utilizando termos de busca específicos (por exemplo, "Felicidade em Tomás de Aquino"). Em seguida, os resumos de estudos com esses termos de pesquisa foram recuperados e, se considerados relevantes para a temática deste estudo, o artigo completo foi obtido. Finalmente, as listas de referência destes artigos foram examinadas para a obtenção de outros estudos relevantes.

O FIM ÚLTIMO DO HOMEM

Os atos humanos tendem à felicidade por meio das virtudes do fim último do homem que é o Sumo Bem. Chega-se a ela por meio do aprimoramento da vontade humana, por via da razão “como o fim último da vida humana é a bem-aventurança, deve-se considerar, primeiramente, o fim último em comum, e, em seguida, a bem-aventurança” (TOMÁS DE AQUINO, 2003, p. 31). No caminho apontado para a perfeição humana, que é o fim último.

Pode-se perceber que o guia do homem é o seu livre-arbítrio, (liberdade de escolha), que ele determina pelo viés do seu intelecto, (razão), este é o movimento que todo homem vive. Logo nota-se o ser humano como uma criatura racional e que se diferencia das criaturas irracionais porque estas não buscam um fim último que é a bem-aventurança. “Ora o homem tem domínio de suas ações pela razão e pela vontade” (TOMÁS DE AQUINO, 2003, p. 32). Neste sentido, o homem precisa ir à busca de um último fim, pois sua inclinação será sempre para o Supremo Bem, que é a razão da sua existência, sendo assim é a força que mais o atrai.

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