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Missiologia O Plano Eterno de Deus

Por:   •  7/12/2018  •  Seminário  •  7.143 Palavras (29 Páginas)  •  362 Visualizações

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MISSIOLOGIA

BÁSICA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

 

Assunto

Página

Introdução

 

O Plano Eterno de Deus

 

A Missão de Deus para humanidade

 

A Missão de Deus para Igreja

 

Perspectivas da Missão 

 

Os 2 Fundamentos da Missão

 

O Caráter Escatológico da Missão

 

Missão e Justiça Social

 

Bibliografia

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

A missiologia, ou teologia da missão, nada mais é do que a parte da teologia pastoral que estuda a missão de propagação da religião cristã, expondo fundamentos bíblicos, dando elementos de espiritualidade e vocação, ainda percorrendo caminhos históricos e organizacionais,de forma a refletir para interagir com aspectos antropológicos e sociológicos aqui bem como em outros países, no intuito de alcançar seu objetivo. Esta é uma disciplina relativamente “nova” no âmbito acadêmico teológico, apesar de a realidade da missão estar presente antes mesmo da fundação da igreja, como veremos mais adiante. Entretanto, ela tornou-se objeto de estudo sistemático a menos de 200 anos.

Nunca é demais lembrar que questões relacionadas à missão têm sido discutidas por quase dois mil anos, porque a igreja sempre esteve sensível em algum grau à sua responsabilidade de ser missionária, mas foram dois escritores Católicos Romanos, o jesuíta José de Acosta em 1558 e o carmelita Thomas de Jesus em 1613, os primeiros a desenvolver teorias detalhadas de missão, primeiramente com referência a América Latina. Seus escritos muito estimularam uma sucessão de Protestantes Holandeses do século XVII que muito se preocuparam com a evangelização das Índias Orientais: HadrianusSaravia, Justus Herunius, Gisbertus Voetius e JohannesHoornbeeck. Por sua vez, os escritos desses homens influenciaram John Eliot, primeiro missionário aos índios da Nova Inglaterra, e William Carey, o “pai das missões modernas”. Através de Jan Amos Comenius, bispo dos Morávios nos Países Baixos, sua influência alcançou o Conde Von Zinzendorf, que foi proeminente na transformação dos Morávios num movimento missionário dinâmico.

No entanto, é somente no século XIX que a missiologia realmente veio a ser uma disciplina acadêmica. Dois Luteranos Alemães foram responsáveis por esse feito: Karl Graul, diretor da Missão de Leipzig, foi segundo Otto Lehmann “o primeiro alemão a qualificar-se para o ensino acadêmico superior neste campo”; e Gustav Warneck, que hoje é considerado como o fundador da ciência missionária protestante. Seu livro “Evangelische Missionslehre” [Ensino Evangélico de Missões] (1892) confirma abundantemente esta designação. Warneck influenciou de modo significante o grande missiologista Católico Josef Schmidlin (1876-1944) e assim iniciou uma interação estimulante entre os dois maiores segmentos da igreja que continua até o presente. Após a primeira guerra mundial (1914-1918) a missiologia ganhou ainda mais força no ambiente universitário protestante.

No Brasil, a missiologia desembarcou no ambiente católico apenas em 1987 como parte do curso de mestrado em teologia do Instituto Teológico São Paulo.

​Em muitos livros clássicos, nota-se que o objetivo proposto para tal disciplina é “preparar o missionário cristão para anunciar o evangelho de forma universal e por meio desta exposição apresentar a Cristo como Senhor e Salvador”. Tal afirmação é correta, porém devemos atentar para o significado da expressão “missionário cristão”, uma vez que outras religiões e seitas também dispõem de entendimento e prática missional, a exemplo dos adeptos do Islamismo.

 

 

 

O PLANO ETERNO DE DEUS

 

Nele temos a redenção, o perdão de nossos pecados pelo seu sangue, segundo as riquezas da graça de Deus, e que Ele fez derramar sobre nós com toda sabedoria e entendimento. E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que Ele estabeleceu em Cristo, isto é de fazer convergir em Cristo tudo que existe, todos os elementos que estão no céu como os que estão na terra, na dispensação da plenitude dos tempos. Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que cria absolutamente tudo de acordo com o propósito da sua própria vontade, com objetivo de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória.” Efésios 1:7-12 (King James)

 

Fui nomeado ministro desse Evangelho, segundo o dom da graça de Deus, que me foi outorgada conforme atuação do seu poder. Embora eu seja o menor dos menores de todos os santos, foi-me concedida a graça de proclamar aos gentios as insondáveis riquezas de Cristo e revelar a todos qual é a dispensação deste mistério que, desde os séculos passados, foi mantido oculto em Deus, que tudo criou. A intenção dessa graça era que agora, mediante a Igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos principados e autoridades nas regiões celestiais, conforme o eterno propósito de Deus realizado em Cristo Jesus, nosso Senhor...” Efésios 3:7-11 (King James)

 

“Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa comigo dos sofrimentos do evangelho segundo o poder de Deus, que nos salvou e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos...” 2Timóteo 1:8 e 9 (Almeida Revisada Imprensa Bíblica)

 

​Em todos os textos acima mencionados é claro o entendimento de Paulo a respeito do chamado plano que Deus tinha desde a eternidade – daí a expressão plano eterno de Deus. É interessante notar que antes este plano estava propositadamente oculto por Deus, esperando esta dispensação para ser revelado por meio da Igreja. Tal plano foi concebido na eternidade, isto é, antes que todas as coisas visíveis e invisíveis fossem criadas. Tal propósito somente pode ser conhecido e compreendido por meio da obra de Cristo, uma vez que Ele mesmo é o agente por meio do qual este plano é estabelecido, desenvolvido e consumado.

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