NOVO TESTAMENTO
Por: cdnete • 13/5/2015 • Seminário • 3.367 Palavras (14 Páginas) • 537 Visualizações
ESTUDO PANORÂMICO DA BÍBLIA
NOVO TESTAMENTO
O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS
Autor: Mateus
Tema: Cristo, O Rei
Escrito em: cerca de 50 A.D.
Mateus, também chamado Levi, foi escritor do primeiro Evangelho. O seu nome geralmente aparece no sétimo ou oitavo lugar nas listas dos apóstolos do NT (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15). Mateus era um publicano, um judeu que cobrava impostos para o governo romano. Era por isso desprezado pelos judeus ortodoxos.
Escrito originariamente para os judeus, o Evangelho de Mateus apresenta Cristo como filho de Davi e o filho de Abraão. Sendo Ele descrito como Rei, a Sua genealogia é traçada desde o Rei Davi; e o lugar do Seu nascimento, Belém, o lar de Davi é enfatizado. Sete vezes neste Evangelho Cristo é chamado de “o filho de Davi” (1.1; 9.27; 12.23; 15.22; 20.30; 21.9; 22.42). Só em Mateus fala do “trono da glória” (19.28; 25.31). Além disto, apenas neste Evangelho Jerusalém é chamada de “cidade santa” (4.5) e de “a cidade do grande Rei” (5.35). Sendo o Evangelho do Rei, Mateus também é o Evangelho do Reino, a palavra “reino” aparece mais de cinquenta vezes e a expressão “reino dos céus”, que não foi usada em nenhum outro lugar do NT, aparece aqui trinta vezes.
Mateus, mais do que qualquer dos escritores dos Evangelhos, identifica acontecimentos e pronunciamentos na vida do nosso Senhor com predições do VT, como por exemplo, 1.22; 2.15; 17.23; 4.14; 12.17; 13.14; 21.4; 26.54, 56; 27.9, 35.
O EVANGELHO SEGUNDO MARCOS
Autor: Marcos
Tema: Cristo, O Servo
Escrito em: cerca de 68 A.D.
Marcos, o autor do Segundo Evangelho, era nativo de Jerusalém. O nome de sua mãe era Maria (At 12.12); seu pai não nos é conhecido. João Marcos não é mencionado nos Evangelhos, mas aparece em Atos onde, junto com o seu tio, Barnabé, acompanhou a Paulo em sua primeira viagem missionária até Perge, onde ele voltou por motivos que não foram declarados (At 13.13). Rejeitado por Paulo, ele foi com Barnabé para Chipre (At 15.38-40). Durante os últimos anos de Paulo, entretanto, Marcos esteve ao seu lado (Cl 4.10); Fm 24) e foi enviado por Paulo um pouco antes da execução do apóstolo (II Tm 4.11). Pedro referiu-se a Marcos como “meu filho” (I Pe 5.13). Desde os primeiros dias da igreja, o Evangelho de Marcos foi considerado como refletindo a visão que Pedro tinha do Cristo.
Embora seja o mais resumido dos Evangelhos, a narrativa de Marcos é frequentemente mais viva e mais detalhada do que as narrativas paralelas em Mateus e Lucas – por exemplo, a história do maníaco de Gerasa (5.1-20). Escrito principalmente para o mundo romano, este Evangelho apresenta Cristo como o Servo do Senhor, enviado para realizar uma obra específica para Deus. Portanto, é um livro mais de feitos do que de palavras, e não contém longos discursos, e poucas parábolas. As palavras “logo” e “imediatamente”, do gr. eutheõs, aparecem mais de trinta vezes. Como o Servo do Senhor, Cristo cumpre as profecias messiânicas tais como (Is 42.1-21; 49.1-7; 50.4-11; 52.13 – 53.12; Zc 3.8). Sendo apresentado como um servo, não houve necessidade de uma genealogia. Uma quantidade inusitada de passagens dão uma visão dos sentimentos de nosso Senhor (comp. 3.5; 7.34; 10.21). Embora Cristo seja apresentado em Marcos em Seu caráter de servo, a forte ênfase dada aos Seus milagres aponta para o Seu poder como filho de Deus.
O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS
Autor: Lucas
Tema: Cristo, O Homem
Escrito em: cerca de 60 A.D.
Lucas, que escreveu o Terceiro Evangelho e Os Atos, era conhecido como “o médico amado” (Cl 4.14). Ele foi companheiro e colaborador de Paulo (Fm 24).
Este livro, o mais longo dos Evangelhos, foi escrito principalmente para os gregos. Sua ênfase está sobre a humanidade perfeita de Cristo, o qual é apresentado como O Filho do homem, a Pessoa divina-humana, e cuja genealogia é traçada até Adão. A narrativa de Lucas sobre o nascimento e a infância do Senhor é do ponto de vista da mãe virgem. Só ele nos fala sobre a infância de Cristo e revela mais sobre a Sua vida de oração do que nos outros sinóticos. As parábolas encontradas neste Evangelho mostram a preocupação de Cristo pela humanidade perdida. Na exposição de certos milagres percebe-se que há observações de um médico treinado.
Lucas é, sob muitos aspectos, o Evangelho da compaixão, e enfatiza a simpatia do Senhor pelos corações quebrantados, pelos enfermos, pelos injustiçados e pelos enlutados. Também revela o ministério das mulheres junto a Cristo. Além da apresentação do Filho do Homem, o livro enfatiza a amplitude da salvação. Apenas Lucas registra as parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo (15.3-32) e a missão dos Setenta (10.1-24).
O EVANGELHO SEGUNDO JOÃO
Autor: João
Tema: Cristo em Sua Divindade
Escrito em: cerca de 85-90 A.D.
João, o escritor deste Evangelho, era filho de Zebedeu e um dos Doze. Junto com o seu irmão Tiago e Pedro, ele pertencia ao círculo íntimo dos discípulos um grupo que esteve próximo a Cristo em ocasiões tais como a transfiguração e a agonia do Getsêmane. Foi a João que nosso Senhor entregou Sua mãe quando estava na cruz. João aparece com Pedro na primeira parte de Atos e é mencionado por Paulo como uma das três “colunas” da Igreja (Gl 2.9). Suas outras obras são as Epístolas que levam o seu nome e o Apocalipse.
O propósito de João no Quarto Evangelho era como ele declara explicitamente: “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (1.34; 49; etc.). De acordo com o propósito deste Evangelho, as palavras “crer” e “vida”, e os títulos “Filho” e “Filho de Deus”, são usados muito mais vezes do que nos Evangelhos sinóticos. Outras palavras características de João são “verdadeiro”, “verdade”, “amor”, “testemunho”, e “mundo” (gr. kosmos). Apenas João registra as grandes declarações “Eu Sou” de Cristo (6.35; 8.12; 10.7, 11; 11.25; 14.6) e apresenta as declarações de Cristo introduzidas pelo solene “em verdade, em verdade” (1.51; 5.19, 24.25, etc.). Mais ainda, apenas ele apresenta a grande controvérsia entre Cristo e Seus inimigos (caps. 7-12).
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