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O Leigo e Seu Papel na Igreja

Por:   •  9/5/2019  •  Artigo  •  631 Palavras (3 Páginas)  •  224 Visualizações

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O Leigo e seu papel na Igreja

Em toda essa graça de renovação que a Igreja tem experimentado desde o Concílio Ecumênico Vaticano II, ela, por meio de seus bispos, tem convocado os leigos a assumirem seu apostolado e missão de protagonistas na transformação do mundo pelo Evangelho: “Por isso, o sagrado Concílio pede instantemente no Senhor a todos os leigos que respondam com decisão de vontade, ânimo generoso e disponibilidade de coração à voz de Cristo...” (Apostolican Actuositaten 33).

Assim, a Igreja muito tem incentivado e convocado os fiéis leigos a lançarem-se num impulso de evangelização do mundo contemporâneo com os desafios próprios para sua vocação. Os bispos do Brasil confirmam esse processo ao manifestar que “na tarefa de acolher o Evangelho como experiência de vida, de expressá-lo no cotidiano, o protagonismo é do cristão leigo (Doc. CNBB nº 56, pág. 34)”.

Entende-se por fiéis leigos todos “os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo, que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. São aqueles que realizam, segundo a sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo” (Doc. Aparecida nº 209). Portanto, os leigos são todos os homens e mulheres batizados (não pertencentes às ordens religiosas ou ao ministério hierárquico) que assumem em sua vida o testemunho de Cristo, e através de seu ministério e apostolado próprios agem no mundo para transformá-lo à luz do Evangelho.

O próprio Concílio Vaticano II através da “Lumen Gentium” afirmava o leigo e seu papel: "Por leigos entendem-se aqui todos os cristãos que não são membros da sagrada Ordem ou do estado religioso reconhecido pela Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados em Cristo pelo Batismo... exercem pela parte que lhes toca, na Igreja e no mundo, a missão de todo o Povo cristão" (Lumen Gentium 31).

Mas se por um lado, existe grande aceitação, motivação e acolhida por parte da Igreja instituição na pessoa de nossos pastores (bispos), na prática, porém, o protagonismo leigo nem sempre se constata. Podemos compreender uma série de entraves para isso.

Em primeiro lugar, grande parte dos leigos, por falta de uma formação adequada, ainda não compreendem o seu papel e responsabilidade na Igreja. E assim, em decorrência desse desconhecimento sobre seu ministério próprio, os leigos, muitas vezes contribuíram por sedimentar ainda mais uma estrutura hierarquizada de Igreja, produzindo a ideia de que o fiel nada mais é de que uma ovelha passiva e obediente.

Tal estrutura e visão hierarquizadas de Igreja impedem uma verdadeira participação do leigo na vida da Igreja. Pois foi o tempo em que a Igreja era compreendida como uma “sociedade desigual na qual Deus reservou a alguns a missão de mandar e, a outros, de obedecer, (Papa Gregório XVI)”.

Outro aspecto que podemos compreender como responsável por não levar o leigo a assumir seu protagonismo é o “excessivo clericalismo” por parte de certos leigos.

Entenda-se bem que por clericalismo, de modo algum, trata-se de diminuir a importância do ministério ordenado, mas, de saber reconhecer o papel e funções próprios de cada um destes ministérios. Trato aqui desse “excessivo clericalismo”, que fundamenta e centraliza todas as ações pastorais na figura do sacerdote, que torna o leigo alguém que apenas cumpre uma agenda ou um cronograma pastoral, ou seja, que o torna apenas mão de obra subserviente.

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