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Os Cristãos e os Desafios Contemporâneos

Por:   •  7/6/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.664 Palavras (7 Páginas)  •  226 Visualizações

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OS CRISTÃOS E OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

        Em sua obra Os Cristãos e os Desafios Contemporâneos, John Stott, logo no primeiro capítulo, intitulado como Nosso Mundo Mutável: “O envolvimento cristão é necessário? Somos chamados para uma reflexão e confrontados para estarmos atentos para velocidade com que as coisas acontecem nesse mundo pós-moderno”. Deixo aqui o meu apontamento se de fato  podemos chamar de pós- modernidade essa geração, quando na verdade acredito que nem somos tão modernos a tal ponto.

        As mudanças de paradigmas, inversão de valores, o desenvolvimento da tecnologia, uma sociedade egocêntrica, materialista, além do aumento da violência inspirada na religião, como também o aumento do terrorismo global e também o colapso da família, sobretudo no Ocidente entre inúmeros casos.

         O grande dilema segundo Stott, é, se é necessário um envolvimento cristão nesse mudo, tendo como premissa que todas essas coisas afetam tanto os cristãos quanto os que não tem fé religiosa desafiam o nosso senso de identidade e propósito. Temos ou não que entrar nesse negócio? Embora existam pessoas que acreditam que os cristãos não tem responsabilidade social no mundo, e que apenas evangelizar aqueles que ainda não ouviram o Evangelho seria o suficiente ao observar o ministério de Jesus, vemos que ele ensinou, pregou, fez o bem e curou, e era totalmente envolvido com o humano.

        Como cristãos, somos chamados para se envolver com esse mundo, não podemos nos acomodar, até porque existe um povo especial no deserto (lá fora, no mundo) que precisa de nós (da igreja). Não podemos nos acomodar dentro da igreja, encontrando uma comunhão mútua e mais cômoda do que o serviço em um ambiente indiferente lá fora.

        Há um povo especial que está perecendo, e a única coisa que nos importa como igreja, a única coisa que vale a pena, é resgatar os que perecem. O nosso chamado para o envolvimento social, deve ser integrado à nossa vida espiritual.

        Precisamos como cristãos, estar certos de que temos uma responsabilidade com a sociedade e sobretudo com o próximo, e isso só é possível se tivermos um entendimento bíblico completo sobre as doutrinas da nossa fé.

        A sociedade, o mundo precisa de uma resposta, e essa resposta, somente a Igreja de Cristo é autorizada a dar, pois nela está a verdade que é Cristo Jesus, o Deus vivo, o Deus da natureza, da religião e do sagrado, e Ele se preocupa e se envolve com pessoas, pois é o Deus vivo, o Deus das Nações. E não devemos esquecer que como igreja que somos, “chamados para fora”, que nosso chamado espiritual, deve ser integrado ao chamado para o envolvimento social, uma coisa deve está conectada a outra, não tem como ser igreja e fechar os olhos para a realidade que o mundo está atravessando. E é por isso que Stott declara: “Se somos chamados para um ministério predominantemente evangelístico, não podemos dizer que não temos responsabilidades sociais, pois o mundo é a arena na qual devemos viver e amar, testemunhar e servir, sofrer e morrer por Cristo”.

        A Igreja como representante de Jesus Cristo na terra, deve estar atenta para realizar e cumprir os desígnios de Deus. Um Deus que se preocupa e está interessado pelos homens em sua totalidade e pelo conjunto da vida humana em todas as suas cores e em toda a sua complexidade. Não podemos cair no erro de pensar que o Deus criador dos céus e da terra é o Deus somente da Igreja, como assim o povo de Israel cometeu no Antigo Testamento, quando eles se concentraram exclusivamente no Deus do pacto e se esqueceram que Ele é o Deus das Nações, pois quando Israel enfatiza excessivamente o pacto, eles reduziram o Todo Poderoso a condição de uma deidade menor e insignificante, pois a Bíblia declara que Deus começa a sua obra com as nações, não com Israel, com Adão, não com Abraão com a criação e não com o pacto, e quando Deus escolhe Israel, ele  não deixa de se interessar pela nações.

        Como um organismo vivo, a igreja de Cristo, não pode cometer esse mesmo erro e se fechar como se fosse um clube  fechado, onde somente os seus sócios gozam dos privilégios de serem associadas do clube. William Temple, nos trás uma verdade bem diferente daquilo que muitos pensam dentro da sua religiosidade, ao dizer que: “A Igreja é a única sociedade de cooperação que existe para o benefício daqueles que não são seus membros”.

        A Igreja é um povo santo, chamado para sair do mundo a fim de pertencer a Deus, mas também é um povo mundano, no sentido de que deve renunciar a uma vida focada n sobrenatural, no porvir e voltar ao mundo, para onde foi enviada a fim de testemunhar e servir, pois há um povo especial lá fora que Deu amou de tal maneira ao ponto de enviar o seu filho para resgatá-los das mãos do adversário.

        Como igreja que somos não podemos ficar estáticos quanto a possibilidade de mudanças sociais, como aconteceu com a igreja no início do século 20, que devido à sua dura visão da depravação humana, eles consideravam a ação social um desperdício de tempo e a transformação social, quase impossível.

        Somos chamados para ter uma mente cristã diferente, e segundo Stott isso é possível a partir de uma compreensão clara e completa de pelo menos cinco fundamentos relacionados ao envolvimento social, (uma doutrina completa sobre Deus, sobre o ser humano, sobre Cristo, sobre a p desses pontos é que podemos ter a mente transformada para poder ter um ensinamento cristão completo a respeito do problemas do mundo contemporâneo.

        O apóstolo Paulo nos exorta a não nos conformarmos com o mundo, mas sermos transformados pela renovação da nossa mente, para discernirmos a agradável e perfeita vontade de Deus, pois fomos chamados, não apenas para pregar o evangelho, mas também para defender e argumentar de forma que venhamos a persuadir as pessoas de sua verdade.

        Jesus nos deu o maior exemplo, pois ele não apenas ensinou, ele demonstrou de fato o que é ter uma mente renovada e qual deve ser a preocupação da Igreja, pois ele se esvaziou da sua divindade e se humilhou até a morte e morte de cruz. Por isso Paulo adverte a termos a mesma atitude que houve em Cristo Jesus.

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