Relatório EU MAIOR

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Faculdade de Comunicação e Artes

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Análise do filme “Histórias Cruzadas” e “A vida secreta das abelhas”

Diante do tema proposto pelo grupo em analisar a partir dos filmes a realidade acerca do preconceito racial, faz-se uma análise utilizando um artigo publicado em abril de 2016, por Leticia Franco da Silva onde estabelece relação entre o filme Histórias Cruzadas, sob o prisma do direito de igualdade.

Em âmbito geral, ambos os filmes retratam uma triste realidade de negros americanos que sofrem racismo e que não tem nenhuma expectativa de vida. Aliás, na maioria das vezes indo além do preconceito racial, sofrendo também com o machismo, e a falta do direito de igualdade.

“Histórias Cruzadas” mostra o cotidiano das mulheres negras na década de 60, no interior dos Estados Unidos, cujo único trabalho era o de empregada doméstica. O filme choca em mostrar aspectos do dia a dia, sendo retratados de forma conturbada. As mulheres eram consideradas objetos, sem sentimentos ou vontades, sendo até mesmo consideradas de outra espécie, com doenças, sendo obrigadas a usar até banheiros diferentes.

Já “A vida secreta das abelhas” mostra a vida conturbada de uma adolescente que carrega o peso de ter matado acidentalmente a mãe, em um momento de briga entre os pais, quando ainda era muito pequena. Após várias brigas com o pai, resolve sair de casa na companhia da empregada, e encontra uma família de mulheres negras que lhe dão toda assistência apesar do receio inicial por se tratar de uma jovem branca.

Em seu artigo Leticia exemplifica através do filme a realidade brasileira nos dias atuais. Um país com um dos maiores índices de miscigenação que ainda sofre com os vários tipos de preconceito. Ela afirma: “políticas afirmativas e programas visando combater esse problema tem sido implantados durante os anos, mas ainda não são suficientes”.

As diferenças econômicas entre brancos e negros no Brasil é muito grande. Em média um salário de um branco é 46% maior que de um negro, e isso de deve também pela falta de oportunidade que tais pessoas não tem.

Em um exemplo interessante dado pela autora, ela cita que na Universidade Mackenzie a porcentagem de professores e alunos brancos é escandalosamente maior que a negra. O que nos leva a pensar na nossa realidade aqui na Puc MG, onde isso não é muito diferente.

Este seminário possibilitou chamar a atenção para um assunto que muitos acham que não existe mais, ou que já está controlado, porem sabemos que não, e que estamos longe disso. Ainda é pertinente observar como um meio que em suma maioria é utilizado para o lazer e entretenimento pode ser um meio de discursão e debate de temas “tabus” da sociedade.

Fonte: SILVA, Letícia Franco. Analise do filme “Histórias Cruzadas”, sob o prisma do direito de igualdade. 2016. Disponível em: www.jus.com.br. Acesso em: 15 de out de 2016.