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A DIVERSIDADE DO CONTINENTE

Por:   •  17/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.276 Palavras (6 Páginas)  •  245 Visualizações

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FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA - MULTIVIX

EDUCAÇÃO FÍSICA

DIVERSIDADE DO CONTINENTE:

POVOS, LINGUAS E RELIGIÕES; ORGANIZAÇÃO SOCIAL; CENAS DE UM CONTINENTE DIVERSO.

NOVA VENÉCIA

2017


DIVERSIDADE DO CONTINENTE:

POVOS, LINGUAS E RELIGIÕES; ORGANIZAÇÃO SOCIAL; CENAS DE UM CONTINENTE DIVERSO

Trabalho apresentado à disciplina Relações Etnico-Raciais e Cultura Afro-Brasileira do Curso de Educação Física da Faculdade Capixaba de Nova Venécia, como requisito para a obtenção da avaliação bimestral.

Professor: Weksley Moschen

NOVA VENÉCIA

2017

Vários aspectos podem caracterizar a identidade cultural de um país, tais como a língua e a religião, sendo elas elementos culturais que definem e diferenciam as varias sociedades existentes no planeta.

Por possibilitar relações ideológicas e afetivas de um grupo ou na sociedade em geral, o principal mecanismo de comunicação é a língua.  

No Brasil, no período da escravidão, aproximadamente 6 milhões de africanos trouxeram consigo a complexibilidade e resiliência de suas línguas, o que teve grande participação na formação do português atualmente falado no País.

 Com o intuito de dificultar a comunicação entre os prisioneiros e evitar revoltas, os portugueses buscaram desfazer grupos lingüísticos provenientes da mesma região.

Determinados grupos vizinhos, muitas vezes se expressam em línguas e idiomas diferentes, tendo valores e maneiras de viverem distintos ou semelhantes.

A maior população de origem africana em outro continente, criando a cultura afro-brasileira, foi formada no período colonial, com o tráfico transatlântico de escravos para o Brasil. Esta cultura está em constante desenvolvimento, sendo influenciada tanto pela cultura africana, indígena e européia.

A cultura afro-brasileira tem como uma de suas principais características a não homogeneidade cultural no território nacional. É comum encontrarmos nas práticas e representações culturais grande influência da cultura africana. Para que não se perdesse seus costumes os escravos foram forçados a se adaptar, pois seus rituais e manifestações eram proibidos.

Em 2003 foi promulgada a lei nº 10.639 (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO), que exigiu que as escolas de ensino fundamental e médio tenham em seus currículos a disciplina de historia e cultura afro-brasileira.

"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.

§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.

Foi também neste projeto de lei que foi escolhida a data do dia 20 de novembro para ser comemorado o dia nacional da consciência negra, pois foi neste dia em 1965 que morreu Zumbi dos Palmares, um grande líder na luta do negro contra a escravidão na época do Brasil colonial.

Palmares e Zumbi se tornaram importes símbolos da resistência contra a escravidão, sendo exemplo mais espetacular de um tipo de ação largamente adotada pelos escravos de todo o período escravista. Os quilombos, nos quais os escravos fugidos reconquistavam sua liberdade, podiam estar afastados de qualquer núcleo de colonização ou mais próximos de um arraial ou uma cidade. Nos mais isolados, os quilombolas viviam do cultivo da terra, da caça, da pesca, produzindo seus tecidos, seus potes, suas cestas, seus instrumentos de trabalho e armas. (SOUZA, 2008, p. 98)

Existem dois grupos com maior influencia na cultura afro-brasileira, que é os Bantos, vindos da Angola, Moçambique e Congo, e os Sudaneses, advindos da Costa da Guiné, Sudão e África.

A maior concentração de mão de obra africana foi na região nordeste e região sudeste do País, por serem regiões onde se localizam os estados de : Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Pernambuco,  alagoas, Maranhão e Rio Grande do sul, estados onde houve desembarques ou migração de escravos.

Souza descreve que (2008, p.84): “Além de serem afastados das aldeias nas quais cresceram e que eram o centro de seu universo, muito poucas vezes conseguiam se manter próximas de conhecidos e familiares mesmo quando todos eram capturados juntos”.

Nos dias atuais a cultura africana tem grande influencia em festas e rituais de grande importância no cenário cultural brasileiro, como exemplo, o carnaval, que mobiliza a nação e é considerada a maior festa popular brasileira. Tendo ainda a festa de São Benedito, comemorada no final de semana após a Páscoa, e a festa de Yemanjá, realizada no dia 2 de fevereiro.

Além de grande influencia também na musica (samba, carimbo, maracatu, capoeira, entre outros.) e na culinária (panela de barro, leite de coco, feijão preto, quiabo, azeite de dendê e pimentas e etc.)

A capoeira teve um papel fundamental na resistência cultural e física dos escravos brasileiros, tendo em vista que na época da escravidão havia uma grande necessidade de se desenvolver forma de proteção contra os senhores de engenho que agiam sempre com muita violência e como qualquer tipo de luta era proibida para os escravos, estes desenvolveram movimentos de lutas com ritmos e dança, tornando a capoeira uma arte marcial disfarçada de dança, e ainda praticada nos dias de hoje como uma dança cultural.

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