A Igreja De Hoje - Diagnosticando As Doenças.
Monografias: A Igreja De Hoje - Diagnosticando As Doenças.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: luizcezar • 7/4/2014 • 980 Palavras (4 Páginas) • 438 Visualizações
A Igreja de Hoje – Diagnosticando as Doenças.
Na idade Média, a igreja tornou-se conhecida e temida através do seu corpo doutrinário, que era baseado no medo. Os religiosos da época faziam questão de enfatizar aos fieis o a doutrina do inferno, do purgatório. Caso o fiel viesse a falecer e não tivesse passado pelo confessionário sacerdotal, sua caminhada estava traçava via ao inferno, mas se o tivesse feito dias ou horas antes de morrer, sua entrada no céu estava garantida, pois o sacerdote tinha em suas mãos as chaves dos céus e isso lhe garantiria — ao infeliz que havia morrido, sua entrada sem maiores dificuldades no céu.
Tais doutrinas causavam nas pessoas da época uma serie de conseqüências teológicas, psicológicas, emocionais e espirituais. Com freqüência as pessoas mais pobre se mutilavam, se auto flagelavam, caminhavam dias e horas a fio, para lugares conhecidos como “santificados” na busca desesperada pelo perdão, já os ricos, não tinham necessidades de passar por esse tipo de subjugo, a eles fazia somente necessário abrir suas recheadas carteiras e o perdão era obtido pela compra das indulgencias (perdão por decreto papal). Tais doutrinas desencadearam o celebre movimento da Reforma no século XVI através de Martinho Lutero.
Como percebesse, o modelo da Igreja Primitiva que nascera baseada no perdão dos pecados pelo arrependimento, pela justiça de Deus e pela fé, foi pouco a pouco sendo deformada, destoando-se em relação à imagem inicial.
Nos dias de hoje, as igrejas são caracterizadas entre outras coisas, pela superestrutura, pelos dogmas que são enfatizados a qualquer preço, pelo uso da imagem super produzida de seus lideres e até pela agressividade usada no marketing promocional, pelo legalismo e pelo modelo litúrgico que surge como espiritualizador dos freqüentadores de reuniões, aonde os gestos e símbolos tornaram-se existencialistas promovedores de emoções e atitudes comportamentais muito distantes do modelo e dos princípios cristãos que nos foram deixados por Jesus Cristo e pelos apóstolos.
A igreja é dinâmica, viva e está inserida no tempo e na historia da humanidade. Portanto, qualquer tentativa de compreensão e analise do que pensamos ser a igreja, pode ser muito perigosa e complexa e se não tivermos os devidos cuidados, certamente cometeremos equívocos inesperados. Entretanto, não podemos deixar de abordar exaustivamente, que as enfermidades provocadas na vida da igreja, tem se multiplicado e são uma realidades nos dias atuais.
AS ENFERMIDADES:
1. A superestrutura.
Nos tempos atuais as pessoas são conhecidas não pelo nome, mas, por números estatísticos. Num sentido sócio antropológico, não somos ninguém. Não passamos de meros objetos. A superestrutura tem provocado situações das mais diversas e constrangedoras nas pessoas.
A superestrutura criada em superigrejas tem provocado um distanciamento que como conseqüência tem gerado uma formalidade excessiva entre as pessoas e isso as impedem de relacionar-se adequadamente. A sensação é que as pessoas são tratadas como coisas ou objetos desprovidas de qualquer sentimento.
No ambiente dessas superigrejas, os pastores ficam normalmente isolados e solitários. Além da solidão pastoral, as pessoas que os cercam, também vivem em total solidão, apesar de ambos estarem cercados em muitas das vezes por inúmeras multidões. Esse infelizmente é o retrato, sentem-se como o cego de Jericó: marginalizados, iludidos, desprezados e humilhados e quando resolvem manifestar-se, o grito de socorro, é sufocado pela falta de misericórdia de todos e são apenas tratados como já disse anteriormente, como números, como objeto, como estranhados e não como pessoas.
Fatalmente, quando os seres humanos são tratados e reduzidos a números estatísticos, todos têm o mesmo
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