A Kipá: O Uso do Solidéu pelos Homens Judeus
Por: Renato_Dasg • 13/3/2023 • Artigo • 474 Palavras (2 Páginas) • 65 Visualizações
A Kipá
A kipá, ou o solidéu, é uma indumentária tipicamente judaica. Vários símbolos estão ligados ao judaísmo como a Maguen David, conhecida como Estrela de David, o candelabro de sete braços Menorá e o xale de orações Talit. Contudo, a kipá é o ornamento que mais caracteriza o judeu.
Muitas controvérsias estão relacionadas à origem da kipá. Na Torá, não há nenhum versículo que regulamente o seu uso. A utilização é, portanto, muito mais consuetudinária do que especificamente uma lei. No judaísmo é deveras habitual que o costume tome um status de lei.
A kipá é colocada sobre a cabeça do homem para lembrá-lo da Presença de D’us. Há pessoas que pensam que sua cabeça, seu intelecto e sua inteligência são o que há de mais importante no mundo e esquecem-se do Ser Superior. Ao cobrir a cabeça, a pessoa reconhece que existe uma autoridade suprema. Às mulheres não se imputa a obrigação de usar, pois têm uma sensibilidade intrínseca para D’us; apesar de as judias ortodoxas serem obrigadas a cobrir a cabeça com um véu, uma vez casadas.
Quando na cabeça do homem, a kipá o lembra que o mundo está dividido em dois: o que está abaixo dela, logo um espaço mais limitado, pertence ao ser humano; o que está acima dela, ao contrário um espaço infinitamente mais amplo, pertence a D’us. É um símbolo, também, de humildade. A própria utilização da kipá transforma as nossas atitudes. Sem ela a nossa interação indivíduo-homem-mundo é uma, com ela a sensação de responsabilidade e de reflexão sobre as atitudes a serem tomadas é outra. Ou seja, ficamos mais conscientes de nossos atos.
A kipá pode ser feita de qualquer material: pano, do linho ao veludo; tricô ou mesmo de papel. As cores vão do sóbrio preto ao mais colorido possível. Sem enfeite ou com motivos até de desenhos animados para kipot [plural de kipá] infantis. A kipá adulta deverá ter o tamanho de um punho fechado, porque corresponde o tamanho do coração de uma pessoa daquela idade. Obviamente, as de bebês serão um pouco menores.
Deve-se usá-la ao orar ou rezar, seja no lar, na sinagoga, no cemitério ou em outro ambiente qualquer. Todavia, pode-se colocar a kipá cotidianamente, ou para ir ao trabalho, à escola, ao supermercado ou a outro lugar qualquer. Assim, obedecer-se-á a dois princípios: o mais básico, de mostrar a todos a judeidade e o segundo, mais amplo, assim como D’us está em nossas vidas a todo instante, a kipá se faz presente nos lembrando diariamente, mesmo em momentos não-religiosos, de que Ele está acima de nós.
...