A Trajetória De Uma Família Duradoura.
Por: Gideão Da Costa Cruz • 12/7/2016 • Seminário • 2.009 Palavras (9 Páginas) • 325 Visualizações
Tema: A Trajetória De Uma Família Duradoura.
Texto: Cantares 6. 3. “Eu Sou do meu amado e o meu amado é meu”.
Este é um dos versículos mais queridos do livro de cantares.
*É o que todo (a) jovem que busca seu futuro cônjuge deseja falar.
*É o que todos os casais jovens nos primeiros dias de casados dizem um do outro.
*É o que os filhos e pais que se amam têm prazer em dizer uns dos outros.
*É o que um casal que viveu a vida junto pode dizer no entardecer da sua existência.
Este verso é um dos versos chave do livro. Por quê?
Por causa da história real que o livro trata.
H. A. Hironside faz um cenário muito bom aqui e traz muita luz ao nosso entendimento: Vejamos:
“O rei Salomão tinha um vinhedo na região montanhosa de Efraim, cerca de oitenta quilômetros ao norte de Jerusalém, 8.11. ele o entregou a uns guardas, 8.11; uma mãe, dois filhos, 1.6 e duas filhas – a sulamita, 6.13, e uma irmã menor, 8.8; para que cultivasse seu vinhedo. A sulamita era a “cinderela” da família, 1.5, naturalmente bela, mas que não chamava a atenção. Seus irmãos eram provavelmente meio irmãos, 1.6. Eles lhe impunham duro trabalho na vinha, de modo que ela tinha poucas oportunidades de cuidar da sua aparência, 1.6. ela podava as videiras e montava armadinhas para as raposinhas, 2.15. Também apascentava os rebanhos, 1.8. Passando tanto tempo ao ar livre, ficou queimada, 1.5. Certo dia, um formoso estranho apareceu no vinhedo. Era Salomão disfarçado. Ele demonstrou interesse por ela, que ficou constrangida, 1.6. Ela pensou que o homem era pastor e perguntou sobre seus rebanhos, 1.7. Ele deu uma resposta evasiva, 1.8, mas também lhe disse palavras de amor, 1.8-10, e prometeu ricos presentes no futuro, 1.11. Ele conquistou seu coração e foi embora com a promessa de que um dia voltaria. Ela sonhava com ele á noite, e ás vezes pensava que o amado estava próximo, 3.1. Finalmente ele voltou em todo o seu esplendor real para fazer dela sua noiva, 3.6-7”.
Duas verdades são destacadas aqui:
1. Cantares é uma exaltação do amor em rica e ardente linguagem oriental. Fala de um amor que busca e acha; que experimenta frustrações e surpresas; que vence todos os obstáculos e põe abaixo todas as barreiras: um amor forte como a morte. O Amor familiar.
2. Isso prefigura Cristo, que veio primeiro como pastor e conquistou sua Noiva. Mais tarde voltará como Rei, e então será consumado o casamento do Cordeiro.
De qualquer ângulo, Cantares tem ares bem otimistas.
Seja da vitoriosa vinda de Cristo, seja da vitoriosa vida familiar.
Mas, cantares não é ficção, é realidade e você sabe que, tanto a obra de Cristo quanto a vida em família não é fácil até seu final.
Quando o assunto é relacionamento familiar, homens e mulheres vivem entre o anseio pela intimidade e as dificuldades em consolidá-la ao longo do tempo.
Vamos olhar a trajetória nos apresentada para uma família duradoura e vitoriosa neste livro e queira Deus nos ajudar a atingirmos o mesmo alvo.
I – Em Primeiro lugar: Um Anseio Humano: Intimidade. Cantares 1.2.
“Beija-me com os beijos de tua boca; Porque melhor é o teu amor do que o vinho”.
Este é o retrato do anseio humano: Intimidade.
É interessante a comparação que o texto nos apresenta entre o amor e o vinho.
O Vinho: Dentre outras coisas o vinho, tem a capacidade de criar uma capacidade de um clima de suposta intimidade.
Pessoa embriagadas falam umas com as outras como se fossem íntimas.
No entanto, passado o efeito do álcool, sentem-se envergonhadas pelo que foi dito e reclusas na forma de agir.
O vinho dá então sensação de intimidade, mas, não constrói efetivamente nenhum tipo de cumplicidade efetiva e consciente.
O problema: Na atualidade, muitos casamentos parecem estar sendo estabelecidos sobre “muito vinho”.
Elementos tais como: Apartamentos decorados, viagens para o exterior, eventos sociais, bens materiais, entre outras coisas; funcionam como uma espécie de vinho na relação.
A família está, na verdade entorpecida com as circunstâncias que envolvem suas vidas, porém, não necessariamente comprometidas com um relacionamento saudável e duradouro.
É impressionante o conjunto de coisas que jovens casais consideram essenciais para que possam se casar.
*Não lhes basta um encontro significativo no qual seus compromissos sejam assumidos na presença de Deus, parentes e amigos, faz-se imperativo um grande e caríssimo evento.
*Não basta uma viagem de celebração da aliança, faz-se imprescindível uma espécie de turnê merecedora do documentário.
*Não lhes basta um local para morar e iniciar a caminhada a dois, faz-se necessário um apartamento novíssimo e totalmente decorado.
Estes elementos, que deveriam ser tidos como secundários, tornaram-se prioritários, revelando-se como verdadeiros vinhos nas relações familiares.
Passado o evento, o casal não consegue conviver com a ordinariedade da construção de um lar.
Passada a viagem maravilhosa, as responsabilidades diárias se tornam gradativamente entediantes.
Passado o cheiro de móveis novos e de tinta da parede, as diferenças emergem e o desencanto se instala.
Infelizes os que pensam que intimidade é isto.
Por esta razão, o casal do livro de cantares opta por construir uma família baseada na verdadeira intimidade. “Muitos beijos e pouco vinho”.
Eles querem construir um relacionamento concreto com o outro, enquanto pessoa; e não com as coisas e eventos que giram em torno do relacionamento.
Eles reforçam que a pessoa com quem se estabelece o relacionamento é melhor do que a sensação gerada por fatores periféricos que envolvem suas vidas.
Então: A família tem de abrir os olhos e buscar a intimidade da maneira certa.
Não ganhamos o coração de ninguém dando presentes ao invés de presença. Sua presença é o melhor e maior presente para os seus.
II – Em Segundo lugar, Uma dificuldade: Encontros e desencontros. 3. 1-2.
“De noite, no meu leito (cama), busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças buscarei o amado de minha alma. Busquei-o, e não achei, levantar-me-ei para abrir ao meu amado. Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora”.
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