A VIDA DE CRISTO E ESPIRITUALIDADE

INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

MATÉRIA: VIDA DE CRISTO E ESPIRITUALIDADE

PROFESSOR: PR. JORGE GUIMARÃES

ALUNO: JOÃO VICENTE JUNIOR

ATIVIDADE: A partir de uma análise pessoal da sociedade (economia, política, educação e cultura) em que você esta inserido, descreva quais seriam as dificuldades para a pregação do evangelho.

O Brasil é um país que tem muita diversidade econômica. O modo de produção que move a nação é capitalista, onde uma pequena elite detém os meios de produção e uma grande massa vende sua força de trabalho para sobreviver. Essa filosofia estende-se a relação entre as pessoas, a empresas e Deus, ou seja, quando existe uma zona de conforto e tudo vai bem o ser humano tende a se acomodar e buscar menos a Deus. Jesus nos deu uma ordem: "ide e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15). Cumprir esta ordem nunca foi fácil, pois o Cristo (o puro e verdadeiro) nunca esteve em moda, ou seja, nunca foi aceito pela massa, pela maioria da população. Isto porque sua vinda era uma promessa para o povo de Israel, para os judeus, e estes esperavam que ele fosse alguém rico e de destaque social, como um filho de rei, mas ele veio como alguém extremamente simples e sem nenhum tipo de destaque. 

Os fatores políticos estão diretamente relacionados aos fatores econômicos. Como diria o importante teórico econômico e cientista político Karl Marx, o Estado é o comitê de negócios da burguesia. Ou seja, em um sistema capitalista o Estado existe para defender os interesses dos empresários e manter a população trabalhadora controlada através de pequenas concessões e benesses. Logo, com essa junção, os legisladores eleitos pelo povo podem diretamente influenciar em debates como igualdade racial, e de gênero, direito ao aborto, eutanásia e casamento do mesmo sexo, entre outros, dificultando ou não a aplicabilidade dos conceitos bíblicos na sociedade.

Manter o ensinamento da palavra de Deus através das escolas poderia ser o caminho melhor a ser seguido, pois teríamos plantado desde cedo nos corações das crianças o entendimento sobre as escrituras sagradas, porém pela Constituição Federal não podemos obrigar a presença dos alunos em sala de aula e assegurar o respeito à diversidade de credos e coíba o proselitismo, ou seja, a tentativa de impor um dogma ou converter alguém.

Vivemos num mundo em mudanças drásticas. Dez anos atrás, insinuar a homossexualidade de alguém era uma ofensa inominável. Hoje, quem é heterossexual quase tem que pedir desculpas por isso. Os heróis das entrevistas nos órgãos escritos e nos programas de tevê são homossexuais. Uma revista de circulação nacional dedicou dois números seguidos ao homossexualismo. Um, diretamente. Outro, no bojo de uma reportagem sobre um cantor falecido por complicações decorrentes da AIDS. O tom era de desafio e de virtude. Fala-se do perigo de drogas, mas cantores que morrem por overdose de drogas são mostrados como heróis.

Isto não sucede apenas na área de conceitos, mas também na área de habilidades e do domínio de tecnologia. Muitos adolescentes, hoje, têm mais domínio de informática que a maior parte de seus pais e pastores. Têm acesso a um volume de informações muito maior que estes. Estão à sua frente. Este acesso a fontes de informação via Internet, da qual muitos adultos não dispõem e muitos jovens dispõem, nos coloca em desvantagem. Não é incomum um jovem ter mais dados e saber mais coisas (nem sempre essenciais à vida) que os adultos. Está, realmente, acontecendo uma revolução no mundo. Nosso mundo cultural está passando por uma revolução extraordinária. Um pequeno exemplo: no universo cultural da minha Igreja, é cada vez mais comum encontrarmos pessoas que estão juntas há dez, doze anos. Elas não querem casar, mas vivem como casadas e vivem melhor que muita gente casada. Não estou endossando esta atitude. Estou dizendo que ela é comum. Muitos ainda não se deram conta disso, desta mudança de hábitos e de visão. Estas coisas estão acontecendo.