AVALIAÇÃO A INTRODUÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO
Por: Thais Daiane • 19/5/2016 • Dissertação • 1.941 Palavras (8 Páginas) • 718 Visualizações
Seminário Teológico Batista do Nordeste
Data: 16 de Setembro de 2015
Aluna: Thais Daiane Barros
Professor: Aroldo Mira Matéria: Introdução ao Antigo Testamento
Avaliação
Questão 1. Apresente os grandes grupos de classificação textual, descritos por Rendtorff, ressaltando as características e importância das sagas no Pentateuco.
Rolf Rendtorff, “A formação do Antigo Testamento”, p. 07-13.
Werner H. Shmidt, “Introdução ao Antigo Testamento”, p. 66-71.
São os grupos: Cânticos; Provérbios; Contos e Sagas; Historiografias; Leis casuísticas, Apoditicas e Cuticas.
Esses são os grupos dos estilos literários e formas literárias dos textos do Antigo Testamento e que juntos compões os chamados conjuntos literários antigo testamentário.
No Cântico: há quatro referencias cânticos ou ditos que facilmente se gravavam na memória e, por isso, se conservavam vivos por muito tempo, são eles: canção da vitória de Miriam, em Êx 15, 21, que canta a destruição dos egípcios no mar; outra é a canção de Lameque, em Gn 4, 23-24, que fala de cruel vingança de morte; ou a canção do poceiro em Nm 21, 17-18, que se deve imaginar cantada durante o trabalho de cavar um poço. Mas também canções mais extensas, como é a canção de Débora em Jz 5, pertencem a um tempo muito remoto.
Juntos com o conjunto de provérbios os cânticos são partes dos textos mais antigos pois através dos cânticos e através dos provérbios, chamados ditos populares, esses tinham um peso de sabedoria de alguma forma conduzida por YHVH.
O falar em breves ditos foi especialmente cultivado no Antigo Israel, talvez na hora do lazer quando se reuniram depois da faina diária no lugar junto ao portão. Foi evoluído até a altura de uma verdadeira arte, cultivada na corte real, conforme relatam notícias do tempo de Salomão (I Rs 5, 11-12).
Os cânticos e provérbios têm grandes significados, mostram que foram um dos primeiros registros a serem feitos, pois estas canções e esses ditos populares não são canções nem ditos populares folclóricos, são canções que narram a caminhada do povo com YHVH, são provérbios, conselhos de sabedorias que narram a vontade de YHVH para uma vida melhor.
Além do livro de provérbios há três referencias I Samuel 24:14; Ez 16:44, e ainda em muitas outras passagens podem ser descobertos, facilmente, durante a leitura 1 Reis 5: 11-12.
Segundo Rendtorff há ainda mais dois registros de livros citados, usados no Antigo Israel, mas não estão presentes, pois se perderam, ninguém tem expressão, ninguém tem conhecimento deles, que são: os livros das Guerras de Javé que está em Números 21:14 e o outro é o Livro do Valente que se encontram duas referencias Josué 10:13 e 2 Samuel 1:18
H Gunkel dividiu as sagas veterotestamentárias em três grupos: sagas da história dos primórdios (Gn 1-11), em que se misturam material mítico e lendário na reflexão sobre a humanidade exemplo, a construção da torre de Babel, as sagas patriarcais dos antepassados de Israel e do seu meio familiar, e as sagas de heróis tribais ou populares como Moisés, Josué, os juízes, mas também profetas. Da mesma maneira como se podem classificar as sagas segundo os diversos estágios da história de Israel, também podemos dividi-las segundo a alteração da estrutura social a que se referem: narrativas de clãs nômades, de uma sociedade pré-estatal agrícola ou do mundo da corte (H.J. Hermisson).
A saga tem uma função didática, é o mais importante é que cada leitor se perceba nela. As sagas são passadas de geração a geração oralmente e é de grande importância para a formação do Antigo Testamento.
Exemplos: A saga de Abraão a saga de Caim. A saga é o registro de informação de forma literária da caminhada de um personagem e na saga pouco importa se esse personagem tem uma referencia histórica, ou seja, se ele existiu ou existe o que importa é que eu construo uma caminhada pela qual eu faço esse personagem caminhar e trilhar e eu quero dizer alguma coisa com cada passo que esse personagem desses, isso é uma saga. A saga é a interpretação que eu faço, através de um ponto especifico, no caso referido é a fé de Israel, a interpretação que Israel faz a partir de sua fé em YHVH, daquela historia referida de tal personagem. Isso é uma saga e depois da saga montada qualquer um que a ler pode se reconhecer nela, pois a saga permite esse reconhecimento próprio, ou seja, quando eu leio a historia de Abraão é também a minha historia, porque eu também fui chamado para sair de casa, porque eu sou filho de Abraão, porque eu sou filho da promessa.
As sagas protagonizam as ações dos homens, os contos que Rendtorff são chamados de sagas e de lendas, funcionam no texto bíblico de maneira especial, isso no Pentateuco, em especial no livro de Gêneses que se encontra mais presente. A saga ou os contos é uma forma de registrar a historia não priorizando os fatos históricos, boa parte dessas lendas ou contos contam ou registram períodos pré-históricos.
As sagas ou os contos do Antigo Israel começa a ser feito no período histórico em que se tem a tentativa de formalizar a monarquia e especialmente o monoteísmo em Israel.
As sagas quer contar as historias do povo em sua caminhada de fé com YHVH. Como não tem material para fazer essas referencias, se desenvolve as Sagas.
Pode ser definida como o conjunto de obras concernentes a um assunto histórico, como por exemplo, a produção histórica de uma época. Uma historiografia regular existiu em Israel desde o tempo de Davi, aproximadamente. Ocupa-se, principalmente, com acontecimentos políticos. Assim acham-se descritos, em Samuel, a origem do reinado e a ascendência de Davi; no II livro de Samuel trata-se da consolidação e da expansão de seu reino e dos enredos resultantes do problema de sucessão no trono. Os livros dos Reis apresentam, a seguir, o governo de Salomão como o último período glorioso do Reino Unido, bem como a divisão em um Reino do Norte e um Reino do Sul e a queda paulatina até o fim total da existência política independente do povo de Israel.
E por fim as leis: Casuísticas, Apoditicas, e Cuticas.
Lei casuística é uma lei comum, ou seja, o modo de fazer, para todos os povos antigos. Exemplo: Se você roubar algo de alguém, você terá que devolver um objeto seu e inclusive sua mão irá ser cortada, ou seja, causa e consequência.
Leis casuísticas tratam de casos litigiosos da vida diária e se destinam para o uso na comunidade judicial. Esta se reunia na praça junto ao portão sempre quando era preciso julgar um processo. Juízes profissionais não os havia, mas essa função era exercida pela totalidade dos cidadãos com direito a voto. Para este fim as sentenças de direito que eram transmitidas de geração a geração, formaram um meio importante. Um exemplo vivo na comunidade jurídica dá o cap. 4 de Rute.
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