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Ai Meu Deus

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Por:   •  26/4/2013  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  693 Visualizações

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A ausência de um Painel entapetado no centro do piso mosaico torna incompleta uma L.'. M.`.. A sua presença é indispensável durante a realização da Reunião. Não é para menos, porquanto o Painel representa um estandarte, ou insígnia, no qual os símbolos apropriados ao respectivo Grau estão gravados para serem estimados, compreendidos e respeitados. É, pois, ritual inevitável estendê-lo no início da sessão e enrolá-lo no final dos trabalhos.

Esta preocupação provém dos idos tempos da Mac.`.. A bem da verdade, quiça nesta época, a representatividade do Painel fosse ainda mais significativa, pois os primitivos maçons desenhavam os símbolos do Painel no chão, vivificando-os a cada início do encontro e ocultando-os, para sua preservação, ao final. Isto porque, nesta ocasião, inexistiam os Templos M.`., assim 1º Experto era obrigado a riscar no centro dos Varandões dos canteiros de obras, a giz ou a carvão, o desenho das ferramentas dos MM.'. Operativos e das Colunas e Pórtico encontrados nas ruínas do Templo do Rei Salomão. Paulatinamente, estes Símbolos foram sendo desenhados, pintados ou bordados permanentemente em um pedaço de pano, lona e tapetes que receberam o nome de Painel.

Há 262 anos, de acordo com fontes históricas confiáveis, pôde-se, pela primeira vez, ver impresso nos livros do ABADE GABRIEL LUIZ CALABRE PERAU (1700-1767) o mais antigo Painel Maçônico. Este guardava características peculiares, porquanto reunia símbolos e ferramentas tanto de Aprendiz, como de Companheiro. Por este motivo, era identificado como Painel Misto (Aprendiz-Companheiro) ou conjugado, tal como publicado no Livro de Revelações (Exposures): primeiro, com o título de “Les Secretes des Francs-Maçons” (Os Segredos dos Franco Maçons, 1742 - 1a. Edição, Amsterdã) e, em 1745, numa 2a Edição do mesmo livro, com o título de “L’Ordre des Francs-Maçons Trahi” (A Ordem dos Franco Maçons Traída). Este Painel já contava com a presença de: Est.'. Flam.'., Letra “G”, Trolha, Globo, Pedra de Afiar, Luminárias (Sol e Lua) e as Letras J e B.

É certo que o Grau de Comp.`. conta com o maior número de Painéis, comparado com os demais Graus. Apenas a título de exemplo, além do Simbólico do 2o Grau que é objeto deste trabalho, podemos mencionar ainda outros dois: Painel de Harris (Alegórico), no qual observa-se a Fonte de Água Corrente e a Espiga, as Duas CCol.'. Vestibulares, a Escada em Caracol e a Câmara do Meio; e Painel da Loja de Com.'., no qual estão representadas as Sete Artes, as Ciências Liberais e as Cinco Nobres Ordens de Arquitetura.

No entanto, optamos por elaborar um estudo comparativo entre o Painel Conjugado e o Simbólico do Grau de Comp.`. atualmente praticado em nossa Ordem. Objetivamos com isto confrontar o passado com o presente, na tentativa de produzir efeitos instrutivos relevantes com elevado conteúdo explicativo.

III. ANÁLISE COMPARATIVA

Assim, comparando os Painéis Misto e Simbólico do 2º. Grau, é possível traçar o seguinte quadro:

1. No Painel Simbólico, consta uma orla denteada que contorna todo o retângulo que o constitui, presente também no Painel Conjugado. Esta orla simboliza a união fraterna que deve existir entre os homens. No ponto médio de cada uma de suas faces, encontramos as marcas dos quatro pontos cardeais. Em suas junções, também observamos uma Trolha – vista no interior tanto do Painel Misto, como do Painel Simbólico; porém, neste na Col.'. do N.'. e naquele na Col.'. do S.'., simbolizando a indulgência e o perdão;

2. Na parte superior do retângulo que compõe ambos os Paineis, há representação de uma corda com três (ao invés de cinco) nós, terminada por uma borla. Somente na Maç.'. Especulativa é que apresenta significado, como, por exemplo, os “três laços de amor” ou a imagem da união fraterna entre IIr.'.;

3. As Sete estrelas, que representam as sete Ciências Liberais, são representadas apenas no Painel Simbólico;

4. Ainda na parte superior e à direita do Painel Simbólico, há o desenho da Prancheta de traçar ou Prancheta da L.'., que constitui uma das três jóias fixas da L.'. de M.`.. Diferentemente, no Painel Conjugado, não a observamos representada da mesma maneira que a anterior, isto é, pelas cruzes quadruplas e de Santo André;

5. As duas luminárias (Sol e Lua) estão representadas de forma semelhante nos dois Painéis. Ou seja, o Sol à esquerda e Lua à direta (como no R.'. E.'. A.'. A.'.). Entretanto, pode haver Painel que os representem posicionados de forma diferente. Isto quer dizer que há Painéis diferentes para Ritos distintos;

6. No Painel Misto, o Esquadro está presente na parte inferior do retângulo e o Compasso na parte superior; portanto, não sobrepostos. No Painel atual do grau de companheiro e no nosso rito os vemos entrelaçados com a haste esquerda livre direcionada à Col.'. do S.'.. Outra diferença é a presença, no Conjugado, da letra “G” em destaque, no centro do retângulo e distanciada da Est.'. Flam.'.; ao passo que, hoje, em nosso Ritual, estão representadas formando um único conjunto;

7. Do lado direito, na parte superior, média e inferior do retângulo que compõe o Painel Misto observamos três janelas: uma entre o Comp.'. e a Est.'., outra abaixo do Pórtico e acima do Esq.'. Ambas alinhadas medial e longitudinalmente. A terceira

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