Antropologia Da Religião

Sistematização – Antropologia da Religião

Na primeira aula, me chamou muito a atenção quando se fala da religião como em-preendimento humano, pois, a religião não é algo “inventado”, é algo que faz parte do ser humano e deve ser tratada como qualquer outra manifestação humana. A religião como “preocupação última”, mostra que a religião pode ser explicada como uma busca do ser humano por respostas, doutrina-o, fazendo o agir sobre princípios que ajudam no seu relacionamento tanto com a natureza, quando com outras pes-soas.

A religião como fato antropológico universal, também se destaca na primeira aula, pois a religião é uma manifestação tipicamente humana, não se encontra presente em qualquer outro ser vivo. A presença da religião em todos os povos do mundo, só ressalta ainda mais a necessidade do estudo deste fato.

A antropologia como ciência social e o objeto de estudo da antropologia, foram os dois aspectos que mais me chamaram a atenção na segunda aula. Não é fácil a compreensão de um objeto ou situação quando não se pode produzi-lo espontane-amente para estudo. Como se nota, o estudo antropológico da religião se encaixa perfeitamente neste contexto, fazendo dele uma coisa complexa, onde para traçar uma definição, é necessário mais de um ponto de vista, e isto me fez entender muito não só sobre antropologia mas também como ciência social em geral.

Já o objeto de estudo da antropologia, por tratar a dimensão cultural e simbólica, me despertou um interesse ao pensar que através desse estudo podemos ajudar e compreender mudanças de comportamentos sociais, embora seja um processo mui-to difícil.

A religião estar ligada a evolução humana e a capacidade de simbolização do ho-mem, assuntos tratados na terceira aula, me chamaram muito a atenção. Ao falar de uma capacidade do homem em criar seu próprio mundo, logo se nota que isto está relacionado ao comportamento religioso. Isto é muito significativo, pois todos temos essa capacidade, e estamos absolutamente sujeitos a criação de ideais de vida e compreensão do mundo em que vivemos.

Não se pode negar a relevância que a religião tem na formação do ser humano, principalmente na sociedade atual onde nossa cultura, princípios e comportamentos estão embasados na maioria dos ensinamentos religiosos. O fato da religião ter ba-sicamente “moldado” nossa sociedade, e continuar com forte presença na mesma, nos desperta o interesse para muitos assuntos políticos e sociais também, como a questão do aborto.

Na quarta aula, o etnocentrismo e o relativismo cultural foram os assuntos que mais me fizeram refletir. Tratar suas crenças como única verdade, é retrogrado, e ao pen-sar sobre o assunto, vemos que o fato de julgar a crença do próximo por considera-la errada vai contra os ensinamentos da maioria das religiões.

O relativismo cultural chama muito a atenção, pela necessidade de se colocar no lugar do outro para compreende-lo. A religião, está ligada à cultura de qualquer po-vo, e relacionada à história e experiências deles, portanto, quando se fala de deter-minada religião, consequentemente se está falando de toda uma história e princí-pios que os definem. No final, ao se colocar no lugar do outro para compreender suas crenças, acabaria se aprendendo muito mais que crenças.

A quinta aula foi muito interessante, pois foi mostrada as teorias sobre o fenômeno religioso de estudiosos com grande nome no campo da ciência. Mas o que mais foi significativo para minha formação foi entender o aprofundamento por Clifford Gee-rtz da definição de religião como sistema cultural, e a expressão do sagrado pelo ser humano dentro da religião.

Quando Geertz sugeriu que a religião fosse encarada como um conjunto de símbo-los que viabilizam a definição da ordem da existência, pude refletir sobre o fato de estarmos ligados à valores e estilos de vida moldados por uma interiorização que fazemos da religião, pois muito de nossos comportamentos são moldados por nos-sas crenças.

O símbolo como linguagem elementar da experiência religiosa é um aspecto muito interessante da quinta aula, pois o ser humano é fundamentalmente simbólico. Elementarmente, é através destes símbolos que o ser humano se comunica pelo sagrado, e podemos observar tais símbolos todo o tempo, pois criamos eles a todo o tempo.

Na sexta aula, a diversidade religiosa brasileira, e a história das religiões no Brasil como processo de formação da sociedade foram os aspectos mais marcantes da aula. A história do