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Budismo

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Por:   •  9/11/2013  •  Resenha  •  1.704 Palavras (7 Páginas)  •  377 Visualizações

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Segundo a tradição budista, Siddhartha Gautama, o buda histórico, nasceu no clã Shakya, no início do período Magadha (546-424 a.C.), nas planícies de Lumbini, no sul do Nepal.

Sidartha Gautama vivia isolado em seu palácio ao meio do luxo e da ostentação. Insatisfeito com a futilidade de sua condição, resolveu abandoná-la e, ao se deparar com o sofrimento, a velhice, a doença e a morte, que não conhecia, juntou-se aos monges brâmanes tornando-se um asceta errante. Por meio do jejum e da penitência queria encontrar respostas para o sofrimento universal.

A vida contemplativa, no entanto,não foi suficiente para responder a seus questionamentos sobre o sofrimento universal. Inquieto, Siddhartha abandonou os monges e passou a seguir seus próprios caminhos, de solidão e meditação, rejeitando o ascetismo e buscando um caminho intermediário entre o luxo e a automortificação, capaz de conduzi-lo à verdade.

Após sete semanas sentado ao pé de uma figueira, imperturbável diante das tentações do demônio Mara, encontrou finalmente as respostas que procurava, chegando assim à iluminação. Siddhartha alcançou assim o nirvana ("extinção da chama da paixão e dos desejos"). A partir desse momento, tornou-se Buda, o Iluminado, passando a questionar as verdades dos Vedas e seus ensinamentos.

Nos quarenta e cinco anos seguintes percorreu a planície do Ganges, na região central da Índia, ensinando as suas doutrinas a um grupo heterodoxo de pessoas.

Morreu aos 80 anos, na cidade de Kushinagar. Os Budistas chamam sua morte de paranirvana,o que significa que seu trabalho como buda foi concluído.

A sua relutância em nomear um sucessor ou em formalizar a sua doutrina levaria à formação de vários movimentos nos séculos seguintes. Em primeiro lugar surgiriam as escolas do budismo Nikaya (das quais só sobreviveu o Theravada) e mais tarde o Mahayana.

O budismo primitivo[editar]

Ver artigo principal: Budismo inicial

O budismo parece ter sido um fenômeno marginal, pouco se conhecendo dos seus primeiros tempos. Dois importantes concílios tiveram lugar, embora o que sabe deles baseia-se em fontes posteriores.

O Primeiro Concílio Budista ocorreu em Rajagriha pouco tempo depois da morte de Buda, sob o patrocínio de Ajatashatru, imperador de Magadha, tendo sido presidido por um monge chamado Mahakasyapa. O concílio tinha como objetivo registrar os ensinamentos orais do Buda (sutra) e codificar as regras monásticas (vinaya). A Ananda, primo de Buda e seu discípulo, foi pedido que recitasse os discursos do Buda e outro discípulo, Upali, recitou as regras da vida monástica. A recitação do vinaya por Upali foi aceita como o Vinaya Pitaka e a recitação do dhamma por Ananda ficou estabelecida como o Sutta Pitaka. Estes dois elementos, constituem a base do Cânone Pali, referência de ortodoxia em toda a história do budismo.

O Segundo Concílio Budista foi convocado pelo rei Kalasoka, tendo decorrido em Vaisali, na sequência de conflitos entre escolas tradicionais do budismo e um movimento de interpretação mais liberal conhecido como os Mahasamghikas. Para as escolas tradicionais, o Buda tinha sido um ser humano que alcançou o estado de iluminação, e este poderia ser facilmente alcançado pelos monges seguindo as regras monásticas. Para os Mahasamghikas esta perspectiva era demasiado individualista e egoísta, propondo como verdadeiro objetivo o atingir do estado de budeidade. Tornaram-se proponentes de regras monásticas menos rígidas, que pudessem apelar a um maior grupo de pessoas.

O proselitismo de Asoka[editar]

O rei Máuria Asoka converteu-se ao budismo após a conquista brutal que empreendeu do território de Kalinga (hoje Orissa), no leste da Índia. Arrependido pelos horrores provocados pelo conflito, o rei decidiu renunciar à violência e propagar a religião budista construindo estupas e pilares nos quais se apela à renúncia de toda violência contra as pessoas e os animais.

Este período corresponde à primeira expansão do budismo para fora da Índia. De acordo com os pilares e as placas deixadas por Asoka ("Éditos de Ashoka"), foram enviados missionários a vários territórios situado a oeste, como ao Reino Greco-Bactriano. É também possível que estas missões tenham alcançado o Mediterrâneo, segundo inscrições em pedras deixadas por Asoka.

O Terceiro Concílio Budista (c. 250 a.C.)[editar]

O Terceiro Concílio Budista foi convocado por Asoka em Pataliputra (Patna) por volta de 250 a.C., tendo sido presidido pelo monge Moggaliputta. O objectivo do concílio era tentar reconciliar as diferentes escolas budistas, purificar o movimento budista de facções oportunistas atraídas pelo patrocínio real e estabelecer as viagens de missionários budistas para todo o mundo.

O Cânone Pali (Tipitaka; em sânscrito Tripitaka, "os três cestos"), que compreende textos de referência do budismo tradicional e que se considera ter sido transmitido pelo Buda, foi formalizado nesta ocasião. É composto pela doutrina (Sutra Pitaka), pela disciplina monástica (Vinaya Pitaka) e por um novo corpo de textos de carácter filosófico (Abhidharma Pitaka).

As tentativas de Asoka para purificar o budismo, acabaram por produzir uma rejeição de movimentos budistas emergentes. Após 250 a.C. a escola Sarvastivada (rejeitada pelo Terceiro Concílio, segundo a tradição Theravada) e a escola Dharmaguptaka tornaram-se influentes no noroeste da Índia e na Ásia Central até à época do Império Kushana nos primeiros séculos da era comum. A escola Dharmaguptaka caracterizava-se por acreditar que o Buda era um ser que estava separado e acima da comunidade budista, enquanto que a escola Sarvastivadin acreditava que o passado, o presente e o futuro coexistiam ao mesmo tempo.

O mundo helenístico[editar]

Alguns do Éditos de Ashoka revelam o seu esforço em difundir o budismo pelo mundo helenístico, que na época formava um espaço coeso que ia da fronteira da Índia à Grécia. Os Éditos mostram um claro entendimento da organização política do mundo helenístico: os nomes e a localização dos principais monarcas da época são indicados. Os monarcas helenísticos Antíoco II do Império Selêucida, Ptolemeu II Filadelfo do Egipto, Antígono Gónatas da Macedónia, Magas de Cirene e Alexandre II de Épiro são apresentados como alvos da mensagem budista.

Para além disso, de acordo com as fontes em pali, alguns dos emissários de Asoka era monges budistas de origem grega, o que revela intercâmbios culturais entre as duas culturas.

Não se sabe até

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