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Budismo

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Por:   •  25/11/2013  •  Seminário  •  2.687 Palavras (11 Páginas)  •  383 Visualizações

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Introdução e Objetivo

O Budismo, em primeiro lugar, é uma filosofia de vida criada por Sidarta Gautama (563? - 483 a.C.?), o Buda, que instrui para uma vida sem sofrimento, ou seja, feliz.

Partindo daí, conjuntamente escolhemos discorrer sobre tal filosofia, visto que ela se adéqua às nossas convicções, perspectivas e expectativas acadêmicas e disciplinares.

Não obstante, se adéqua também ao nosso objetivo, que é o de apresentar um trabalho acadêmico em conformidade com a disciplina Teologia.

Logo, se tratando do estudo de um objeto de uma disciplina, destacamos que nossa ideia central é a do aprendizado recíproco, ou seja, do leitor e de nós, os escritores.

Por conseguinte, a fim de alcançarmos nosso objetivo, utilizamos métodos de pesquisa tais como, livros, internet, revistas, filmes, vídeos, diálogo com simpatizantes do budismo, entre outras ferramentas necessárias para o cumprimento de nossa proposição.

O que é o budismo?

Praticar o budismo é travar uma luta entre as forças negativas e positivas na sua mente. O praticante busca enfraquecer o negativo, e desenvolver e aumentar o positivo.

Não existe marcadores físicos pelos quais se possa medir o progresso na luta entre as forças positivas e negativas na consciência. As mudanças começam quando você, pela primeira vez, identifica e reconhece suas ilusões, como a raiva e o ciúme. Então é necessário conhecer os antídotos para a ilusão, e esse conhecimento é alcançado ao se ouvir os ensinamentos. Não há um modo fácil para eliminar as ilusões. Elas não podem ser extraídas cirurgicamente; precisam ser reconhecidas e, então, através da prática dos ensinamentos, são gradualmente reduzidas até serem eliminadas por completo.

Estes ensinamentos oferecem os meios para libertar uma pessoa da ilusão – um caminho que leva à libertação de todo o sofrimento e ao êxtase da iluminação espiritual. Quanto mais alguém consegue entender os ensinamentos budistas, conhecido como Darma, mais fraco se tornará o domínio do orgulho, do ódio, da cobiça e de outras emoções negativas que causam grande sofrimento. Aplicar este entendimento na vida diária por um período de meses e anos fará com que a mente passe por uma transformação gradual porque, embora pareça o contrário, a mente é capaz de mudar. Se você comparar seu estado mental agora com o estado mental após ter lido este livro, poderá perceber algum progresso. Se isso acontecer, os ensinamentos terão cumprido o seu propósito.

A palavra Darma em sânscrito significa “aquilo que contém”. Todas as coisas que existem são darmas, são fenômenos, ou seja, elas contêm, ou carregam, sua própria existência e personalidade. Uma religião também é um darma porque ajudam as pessoas a controlarem seus impulsos ou as protege de desastres. Aqui, o termo darma se refere a essa última definição. Em termos gerais, qualquer ação elevada do corpo, da palavra ou da mente é enxergada como um darma porque, através destas ações, a pessoa é protegida ou afastada de todo tipo de calamidade. A prática destas ações é a prática do Darma.

A Origem e o Surgimento do Budismo

Há cerca de 2.500 anos atrás tinham início na Índia dois movimentos que determinaram, pelos seus pressupostos de igualdade, total emancipação e dignidade da pessoa humana toda uma reavaliação do homem enquanto indivíduo e como elemento participante da ordenação do universo. O Budismo e o Jainismo traziam consigo uma revisão dos valores impostos pelo Bramanismo então reinante na Índia, que impunham ao ser humano uma condição de absoluta passividade ante seu destino que se decidia ao arbítrio dos inumeros deuses e dos temidos e todo-poderosos sacerdotes, indispensáveis intermediários entre o homem e a divindade.

Fundado por Vardhamana (Mahavira), o Jainismo, que nos tempos atuais teve em Mahatma Ghandi um exemplar seguidor com a “resistência e a “não-violência”, é aqui mencionado apenas de passagem, e devido a coincidência histórica do seu surgimento juntamente com o do Budismo, em cuja apresentação nos deteremos um pouco mais sem contanto qualquer pretensão de explicá-lo ou defini-lo, visto que a própria visão que o Budismo formula do conhecimento questiona já de início o valor do didatismo, o simples amontoamento de dados informativos e que não determinem de imediato algum resultado positivo e eminentemente prático. Ou mais do que isso: Todo conhecimento, para ter qualquer valor além do meramente decorativo, já deve ser um resultado em si.

Empírico por excelência, o pensador Budista vê o exercício gratuito do pensamento, a teorização sistemática e a abstração que a nada o leva com profunda suspeita e como um aviltamento da inteligência. O próprio Sidarta Gotama lembrava que ao receber uma flechada a primeira coisa que ocorre ao indivíduo é arrancar de si a flecha que o fere, e não cogitar sobre a madeira com que foi feita ou sobre quem a teria disparado, ou porque o teria feito. Viver é um processo doloroso: a frustração, o medo, a doença, a morte, a separação, a tristeza são coisas que todos, mais cedo ou mais tarde acabamos inexoravelmente por conhecer.

Qualquer aproximação didática do Budismo é pois uma contradição à sua essência, valendo apenas como mais uma informação que se recolhe, tão boa ou tão má quanto uma outra informação qualquer. O homem que leu todos os livros que já se escreveram sobre o Budismo, desde o Tripitaka, é apenas um homem que sabe tudo o que já se disse sobre o Budismo, mas a não ser que ele viva o Budismo, ele nada sabe verdadeiramente sobre o assunto. Porque Budismo não se diz se faz, se é. Caso contrário é história, ou folclore.

Por esta época (entre 2500 e 2600 anos atrás), nascia da casa de Suddhodana, um príncipe da casta guerreira dos Kshatryia um menino, Sidarta Gotama, que passou à história com o nome de Buda. Cumpre esclarecer que a palavra “buda” não é um nome próprio, mas um título, o reconhecimento de um estado. “Buda” significa “o Iluminado”, ou “Desperto”, e Sidarta que nunca se disse o único Buda nem sequer que fosse o “O Buda” (como os Budas, ensinam os mestres, não proclamam a sua condição) acabou sendo transformado no Deus de uma religião que não fundou, e, a sua revelia, em senhor de homens que amou como a irmãos, não como a criaturas suas. Curiosamente suas últimas palavras, em que se referia a si próprio, e que resumiam toda a sua filosofia – “Tudo que aparece, desaparece.

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