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BÊNÇOS E CURSOS: O que as Escrituras dizem?

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Por:   •  23/9/2014  •  Relatório de pesquisa  •  7.586 Palavras (31 Páginas)  •  265 Visualizações

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Apostila 25

BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES:

Que Dizem as Escrituras?

Parte I

Não creio haver motivos escusos que levem os teólogos das maldições a pregar, escrever e divulgar suas idéias acerca do que chamam "maldições hereditárias".Não creio que seja este o caso dos autores dos livros e livretos Bênção e Maldição ; Quebre a Cadeia das Maldições Hereditárias e Quebrando as Maldições Hereditárias . Pelo contrário, entendo serem homens e mulheres de Deus comprometidos com o Seu reino, mas desviados do que deve ser uma boa hermenêutica, e um apego à boa doutrina e tradição dos apóstolos, conforme Paulo exorta em 2Tessalonicenses 2.15: "Conservai as tradições que vos foram ensinadas".

O Pr. Ricardo Gondim, da Assembléia de Deus Betesda, tem sobre assunto uma posição ortodoxa, bíblica e, por isso, tradicional, e lembra no seu O Evangelho da Nova Era que toda essa celeuma, esse desencontro doutrinário provém do que ele chama "anarquia teológica", quando se concedem poderes independentes tanto à bênção quanto à maldição com a capacidade de se concretizarem nas vidas das pessoas. As inquietantes perguntas são: "existe a maldição hereditária?" É a primeira pergunta. "Estou eu preso a um pacto feito pelos meus antepassados com os espíritos, com o espiritismo, com o candomblé?" Creio que melhor será fazermos um estudo, mesmo que breve, a respeito dessas palavras bênção e maldição examinando o que diz a Bíblia sobre esse tema.

A BÊNÇÃO

A Sagrada Escritura revela que a bênção divina é uma manifestação específica e perfeitamente reconhecível do favor dos céus, incluindo coisas como a chuva (Ez 34.26), a paz (Sl 29.11), riqueza (Pv 10.22), e outras tantas benesses que os céus nos tem concedido. Aliás, há todo um vocabulário da bênção.

Em hebraico a raiz é B-R-K, ou seja, a bênção que se concede a alguém. A mesma raiz aparece na palavra berek que quer dizer joelho. Há uma proximidade, portanto, entre o ajoelhar-se como sentimento de fraqueza diante de Deus (Na 2.10), de submissão diante do Pai (Is 45.23), para que a b'rachah (a bênção) venha sobre o suplicante, o cultuante, o expectante de bênçãos. Significa também berek o cuidado materno, colocar no joelho, no colo (Rs 4.20).

Outra importante palavra é baruk, usada, inclusive, como nome próprio (Baruque) com o significado de abençoado, bendito (Benedito do latim benedictus). Deus é o abençoador e o abençoado, o "bendito" por excelência. Por isso, concede favores como a força (Sl 68.35), a vitória (Gn 14.20; 2Sm 18.28), uma boa esposa (Pv 19.14), promessas cumpridas (1Rs 8.15), proteção ao justo (1Sm 25.39), e, até, boas idéias, conforme Esdras 7.27. Por essa razão, "Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a força" (Dn 2.20).

No Antigo Testamento, de acordo com o ponto de vista cristão, a bênção constitui a mais importante categoria teológica. A Aliança e toda a promessa decorrente feita por Deus se expressam como uma bênção messiânica (cf. Gn 12.1-3). Essa bênção tão cantada, proclamada, esperada, anunciada é o Messias, razão porque a palavra de Deus vai dizer:

"Vós sois os filhos dos profetas, desde Samuel e do pacto que Deus fez com vossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra. Deus suscitou a seu Servo, e a vós primeiramente vo-lo enviou para que vos abençoasse, desviando-vos, a cada um, das vossas maldades" (At 3.25,26).

Está falando de Jesus, o Cristo, e isso quer dizer que a bênção do Antigo Testamento é a preparação da graça no Novo Testamento, é o seu prelúdio.

Assim, só Deus dá a bênção (Gn 27.28,29); toda bênção vem de Deus (Gn 49.25s), e a bênção divina domina toda a criação, e dela depende, inclusive, a fertilidade do homem, dos animais e do campo. No Novo Testamento, os conceitos da Antiga Aliança são mantidos, muito mais coloridos e floridos, até, enfatizando seu caráter cristológico, espiritual e escatológico. Jesus abençoou as criancinhas (Mc 10.16; Mt 19.13-15), os discípulos (Lc 24.50), os sinais que Ele mesmo efetuou (Mc 6.41; 8.7), e ensinou a responder com uma bênção às maldições que jogarem sobre nós , e que a bênção definitiva é a eterna felicidade dos Seus, a ressurreição e a vida eterna (Mt 25.34-41; 1Pe 3.9).

Pedro sumariza a missão de Jesus Cristo (cf. At 3.26). As bênçãos que vêm de Jesus não são os bens terrenos como no Antigo Testamento, mas a Sua graça, os favores e bens espirituais, de acordo com Efésios 1.3:

"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo".

E, com isso, vemos que o Novo Testamento dá um tiro de misericórdia na chamada "teologia da prosperidade", pois Jesus Cristo mesmo disse, "Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?", razão porque devemos repetir o que no final dos tempos ouviremos: "Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mt 25.34). A autêntica Teologia da Prosperidade, o reino reservado pelo Criador!

A MALDIÇÃO

O livro Diario de un Exorcista, escrito pelo Pr. Win Worley e publicado pela Hegewisch Baptist Church, dá a seguinte definição de maldição:

"Pronunciar um desejo maligno contra alguém; imprecar o mal sobre alguém; clamar para que caia prejuízo ou dano sobre alguém; aborrecer, trazer o mal sobre alguém; infamar, amaldiçoar, acossar com grandes calamidades".

A maldição, então, é causada por alguém que trabalha em harmonia com uma atividade específica de espíritos malignos, segundo a teologia do Pr. Worley. Conceitos outros são, por exemplo:

"Quando usamos os lábios para amaldiçoar, estamos chamando a nós o que existe no inferno"

"Com nossa própria boca podemos autorizar o diabo a atuar nas circunstâncias e nas vidas das pessoas"

"Quando uma mulher se submete ao marido, recebe proteção especial contra o mundo dos espíritos malignos"

Tenho sérias dúvidas acerca das definições apresentadas

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