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CAP 8 LIVRO BOA NOVA - BOM ANIMO

Por:   •  12/5/2021  •  Artigo  •  1.883 Palavras (8 Páginas)  •  1.051 Visualizações

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LIVRO BOA NOVA        CAP. 8 – BOM ÂNIMO

Como ser feliz com tanta coisa errada no mundo?

O capítulo 8 do livro “Boa Nova”, de Humberto de Campos (Espírito), narra a transformação da atitude mental de Bartolomeu, discípulo de Jesus que vivia triste, mas compreendeu a verdadeira essência dos ensinamentos do Mestre e aderiu, para sempre, à alegria suave e constante que traz o Evangelho.

  1. Tentando explicar o motivo de suas contínuas tristezas a Jesus e demonstrando ao Mestre seu pessimismo com as situações da vida, diz Bartolomeu: “Por toda parte é a vitória do crime, o jogo das ambições, a colheita dos desenganos…”

a) “A nossa doutrina, entretanto, é a do Evangelho ou Boa Nova e já viste, Bartolomeu, uma boa notícia não produzir alegria?”, pergunta Jesus; b) Que notícia melhor podemos receber que a da existência de um Deus Consolador, totalmente diferente daquele Deus humano com que estávamos acostumados?  c) Que alegria maior existe do que ter a certeza de que Nosso Pai e todos os Espíritos superiores que nos acompanham trabalham intensamente por nossa felicidade? d) Quando abandonamos a visão mitológica de Deus trazida pelas igrejas, é impossível não deixar a tristeza e o desânimo para trás;  e) Se Deus trabalha sem descanso por nossa felicidade, tudo o que nos acontece na vida é para nos conduzir à felicidade eterna do Espírito; f) Assim, compreendemos que não existe o “mal”, mas a correção dos erros de nosso passado, que a porta da reencarnação nos impede de enxergar para nosso próprio bem; g) Não precisamos perder tempo com medos, ciúmes ou aversões —aqueles que nos fazem o “mal” nos ajudam a conquistar essa cura espiritual, e devemos a eles nossa gratidão e auxílio; h) O Evangelho sem distorções vem abrir o campo infinito de nossa evolução espiritual e o futuro da eterna e plena felicidade;  i) Quer algo melhor que isso? 

  1. Em resposta às colocações amargurosas de Bartolomeu sobre a vida na Terra, diz Jesus: “…mas não quero senão acender o bom ânimo no Espírito dos meus discípulos…”

a) Nossa perfeição é trabalho nosso; b) E só a conquistaremos ajudando nosso próximo também a conquistá-la;

c) Portanto, diante dos problemas e das dificuldades, temos que ter sempre o bom ânimo que nos traz a alegria de trabalharmos por resolvê-los, ajudando sempre nosso próximo, pelo exemplo e pelo esclarecimento, a também fazê-lo.  

  1. Jesus explica que, se o seu reino ainda não é deste mundo, ele não desprezou a oportunidade de começar a criá-lo, na certeza de que um dia ele o será. E diz: “Achas, então, que eu teria vindo a este mundo sem essa certeza confortadora? O Evangelho terá primeiro que florescer na alma das criaturas, antes de frutificar para o espírito dos povos”.

a) Eis algo que é profundamente atual em nossos dias; b) O tempo para que o Evangelho floresça na alma das criaturas já está bem próximo do fim; c) Temos apenas esse tempo de transição, de mais algumas décadas, que nos levarão à completa instalação do Mundo de Regeneração; d) Mas como na casa de nosso Pai há muitas moradas, não é preciso esperar que o Reino de Deus esteja no coração de todos para alcançar melhores moradas; e) Pois ou aqui na Terra, nos planos espirituais superiores, ou em outros mundos, isto já acontece há muito tempo;  f) Trabalhar para nos evangelizarmos, portanto, vale sempre a pena. 

  1. Continuando suas considerações afetuosas, diz Jesus a Bartolomeu: “A vida terrestre é uma estrada pedregosa, que nos conduz aos braços amorosos de nosso Pai”.

a) Se as dificuldades e problemas da vida (estrada pedregosa) nos conduzem aos braços de Deus, e ele sempre quer o melhor para nós, então: b) Tais situações são os ensinamentos que Deus nos manda, para nos lapidarmos de nossas imperfeições, e evoluirmos para ele; c) Portanto devemos sempre ter o bom ânimo ao enfrentá-las para resolvê-las, e nunca nos revoltarmos contra elas;  d) Se me revolto contra o remédio que vai me curar, perco a dose —e só atraso minha cura. 

  1. Sobre os diversos momentos em que Deus nos dá a oportunidade para que semeemos suas bênçãos, diz Jesus: “Em geral, os homens abusam desse ensejo precioso para anteporem a sua vontade imperfeita aos desígnios superiores, perturbando a própria marcha. Daí resultam as mais ásperas jornadas obrigatórias para retificação das faltas cometidas e muitas vezes infrutíferos labores”.

a) Importante ensino de Jesus sobre as causas de nossa infelicidade; b) Se não somos obrigados a respeitar a vontade de Deus, já que ele nos dá o livre-arbítrio, não podemos nunca fugir às responsabilidades de nossos atos; c) Tudo o que fizermos que venha a causar infelicidade a alguém, teremos que consertar, desfazendo o mal; d) Daí Jesus dizer “infrutíferos labores” —pois só consertamos nossos males fazendo o bem; e) Sofrer as consequências de nossos males só serve de alerta; f) Porém, é preciso consertar, fazendo o bem; g) E sempre que nos recusamos a fazê-lo, continuaremos a sofrer. 

  1. O Mestre explica que, na nossa teimosia em usar mal o nosso livre arbítrio, podemos nos ferir com as pedras que nós mesmos colocamos em nosso caminho —e que poderíamos remover com bom ânimo. E só nos ferimos porque, com tal atitude, deixamos de ver todas as benesses que Deus coloca como bálsamo em nosso caminho.

a) Para entender isso, é preciso entender bem o que é a verdadeira liberdade; b) Em nossos dias, virou moda confundirmos liberdade com anarquia; c) Se Deus criou a Lei do Livre-Arbítrio, para que possamos livremente desenvolver nossa vontade, ele também criou a Lei de Causa e Efeito, para entendermos os efeitos de nossos atos; d) A Lei de Causa e Efeito não existe para nos castigar, mas para nos corrigir; e) Pois existe uma coisa que nós sempre esquecemos chamada Justiça Divina, que nos iguala a todos perante ele; f) É preciso deixar de pensar que Deus deseja apenas a nossa felicidade; g) Ele deseja a felicidade de todos os seus filhos; h) E não nos corrigir seria deixar imperar a anarquia —e isso geraria o caos, com o consequente sofrimento de todos; i) Com a anarquia nunca seríamos felizes, como é a vontade de Deus; j) Portanto, a anarquia é o oposto da liberdade, por só gerar a infelicidade; k) E não existe maior prova disso do que o caos em que vivemos. 

  1. Poderiam perguntar então: qual é o conceito de liberdade?

a) Só há liberdade quando, para cada direito que nos concedemos, exigirmos de nós mesmos o respectivo dever; b) E sempre exigirmos de nós mesmos o respeito por todos os direitos de nosso próximo, como queremos os nossos respeitados; c) E jamais usarmos nossa condição de destaque ou poder como motivo para termos mais direitos que qualquer outra pessoa, seja qual for a sua situação; d) Ainda mais, entendermos que nossa condição de destaque ou poder apenas nos traz mais responsabilidades para com a sociedade; e) E que qualquer situação que nos leve a negar isso seria um privilégio —se somos todos filhos de um mesmo Pai, não existem privilégios no Universo. 

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