ESPIRITUALIDADE CRISTÃ NA RECUPERAÇÃO DE DEPENDENTES QUÍMICOS.
Por: fas1978 • 24/11/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 5.186 Palavras (21 Páginas) • 414 Visualizações
ESPIRITUALIDADE CRISTÃ NA RECUPERAÇÃO DE DEPENDENTES QUIMICOS.
Aluno: Flavio Andrade da Silva*.
Orientador: Prof. Dr. Antônio Maspoli de Araújo Gomes.
RESUMO
A busca pela felicidade ou pela anestesia diante da dor faz cada vez mais pessoas buscarem nas drogas, seja licitas ou ilícitas, uma resposta. Preocupadas em buscar soluções o ser humano se lançam no uso dessas substancias.
O homem, vazio de Deus busca incansavelmente preencher essa lacuna, e acredita mesmo que de forma ilusória, que poderá encontrar nas drogas uma satisfação.
Não é de hoje que os seres humanos têm problemas com dependência química. Desde a origem da primeira substância psicoativa os indivíduos costumam exagerar e cometer abuso no uso.
Diante de tal quadro acorre o vício, a dependência e a seguir um quadro devastador onde procurava-se uma resposta ou um conforto, encontra se um verdadeiro abismo.
PALAVRAS-CHAVE:
ABSTRAT:
INTRODUÇÃO
O homem inicia uma rotina que logo se torna hábito, esse considerado vício, entretanto, ao observar o que lemos e ouvimos, isso nos leva a pensar o problema de forma genética, social e fisiológica, porque o homem está no centro absoluto, em muitas das vezes essas buscas pelos seus próprios prazeres deixam sequelas, e essas são tratadas de forma quase que única e exclusiva no ambiente médico e utilizando remédios, fica em segundo plano a crença em Deus.
O presente artigo tem por objetivo demonstrar que existe a possibilidade de tratamento por uma perspectiva bíblica, mostrar que o homem pode ser inserido em uma nova concepção de relacionamento com Deus, desta forma o vício passa de dominação do homem, para o entendimento vertical, ou seja, do homem para com Deus, assim, poderá ser refletida e abordadas as questões sobre o vício não somente quimicamente e terá a condição de obter novas possibilidades no tratamento e cura.
Existe uma cultura secular no tratamento que a questão do vício tem sua causa final no corpo, essa corrente tem prevalecido, entretanto, o referido artigo vem jogar luz para o tratamento e cura a partir da compreensão bíblica “Pensar biblicamente sobre estes problemas difíceis exigirá muito mais do que redefinição de termos ou considerar Cristo a autoridade máxima. Na verdade, tudo precisa ser avaliado a partir das Escrituras.(Welch, Edward)”.
REFERENCIAL TEORICO:
METODO:
RESULTADOS E DISCUSSÃO
DROGAS E VÍCIOS NA PERSPECTIVA BIOLÓGICA
Definir dentro da perspectiva biológica o vício ou segundo alguns autores a dependência química, remete a um olhar mais específico, ou seja, desde do contexto histórico até a estrutura genética e psicológica. A utilização das drogas remete ao nascimento da civilização, até onde a história e a ciência conseguem chegar, e de acordo com Fiore (2004, p.2):
O consumo sistemático de substâncias psicoativas – aquelas que de alguma forma agem no sistema nervoso, na consciência ou na psique humana – esteve presente na história humana desde o momento em que podemos alcança-la. Uma bibliografia diversificada enumera as diversas maneiras como essas substâncias foram colhidas, produzidas, usadas e representadas por diferentes sociedades ao longo do tempo. No entanto, a instituição do uso de algumas substâncias, então chamadas genericamente de “drogas”, como uma questão social é historicamente recente, tendo seu início na passagem do século XIX para o século XX.
Definição de dependência química, segundo Oliveira:
A dependência de substâncias se caracteriza pela presença de um conjunto de sintomas nas áreas cognitivas, comportamentais e fisiológicas, onde apesar de o indivíduo apresentar prejuízo funcional nestas áreas, continua com a utilização da substância (DSM-IVTR, 2003). O indivíduo que recebe o diagnóstico de dependente químico deve apresentar prejuízo funcional no que diz respeito a uma tríade referente às drogas, que inclui:
1) a dependência psicológica ou fissura e o frequente comportamento compulsivo de buscar a droga,
2) a dependência fisiológica, onde se caracterizam os sintomas físicos característicos de cada substância e os sintomas de abstinência quando o indivíduo interromper o uso da droga,
3) a tolerância, que se define pela necessidade de ingerir cada vez mais a substância para a obtenção do mesmo efeito (JAEGER; SCHREINER, ano (?) apud OLIVEIRA, 2003, p.).
Outra forma de pensar na questão das drogas, segundo Fiore (2004, p.4); termo denominado ou empregado como droga é muito amplo, conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde), maior referência internacional nos estudos científicos com relação em medicina e saúde pública:
Define “droga” como qualquer "substância que, quando administrada ou consumida por um ser vivo, modifica uma ou mais de suas funções, com exceção daquelas substâncias necessárias para a manutenção da saúde normal" (OMS apud leite, 1999:26). Essa definição, em si, apresenta, numa leitura mais aprofundada, dificuldades para ser precisada, visto que a ideia de “substâncias necessárias para a manutenção da saúde normal” indicaria, a princípio, que se pretende excluir desse conjunto os alimentos.
De acordo com DSM-IV-TR (2003, p. 212), a dependência química constitui-se por:
Um padrão mal adaptativo de uso de substâncias, levando a comprometimento ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado por três (ou mais) dos seguintes critérios em qualquer momento no mesmo período de 12 anos;
(1) Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:
(a) necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância, para obter a intoxicação ou efeito desejado;
(b) acentuada redução do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de substância;
(2) Abstinência, manifestada por qualquer dos seguintes aspectos:
(a) síndrome de abstinência característica da substância;
(b) a mesma substância (ou uma substância estreitamente relacionada) é consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência;
(3) A substância é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido;
(4) Existe um desejo persistente ou esforço mal-sucedido no sentido de reduzir ou controlar o uso da substância;
(5) Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância, na utilização da substância ou recuperação de seus efeitos;
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