Eu Filosófico
Casos: Eu Filosófico. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: thiagoamorim • 18/7/2013 • 222 Palavras (1 Páginas) • 281 Visualizações
O EU enquanto interioridade e exterioridade
A noção de EU, tradicionalmente, forma-se baseada numa interioridade e mentalismo, como no "EU penso" de Descartes, sendo levado a pontos extremos, tornando-se possível apenas de ser concebido fora da experiência.
O EU como algo intrínseco apenas à noção de si-mesmo, acaba por não situar o sujeito desse ensimesmamento no mundo relacional, o que contraria a idéia de linguagem como algo necessariamente coletiva, já que é pressuposto fundamental para as relações.
Tal atitude provoca sérias limitações para um conhecimento coerente do individuo, no sentido de não ser algo apenas intencional, mas ser dotado de realidade estando inserido na exterioridade e interioridade ao mesmo tempo.
O individuo, simultaneamente, exterior e interior é sujeito criador e manipulador da linguagem, enquanto é também forjado e criado por ela. Dessa maneira, toda realidade apreendida individualmente está relacionada com o mundo externo e a todo tipo de alteridade existente.
Nesse sentido, a noção de EU ultrapassa a questão da identidade, enquanto conceito puramente subjetivo, ou a idéia que o sujeito faz de si mesmo, e dos EU’s exteriores a ele na alteridade, partindo de seu Eu interior. Nesse caso pode-se levantar a questão da possibilidade de o EU ser algo criado pelo próprio individuo dentro do contexto lingüístico coletivo.
O EU deixa de ser uma realidade singular e abre-se para a multiplicidade de possibilidades diversas de ser.
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