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FALSOS MESTREIS

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Por:   •  3/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.274 Palavras (14 Páginas)  •  365 Visualizações

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OS FALSOS MESTRES

Pedro escreveu sua segunda epístola preocupado com os inimigos internos da Igreja, ou seja, os falsos mestres, que, com seus falsos ensinamentos, são verdadeiros agentes do adversário no meio do povo de Deus.

I - A SEGUNDA CARTA

- Tema: a verdade de Deus e o falso ensino dos homens

- Motivo: o ataque do gnosticismo libertino à igreja

OBS: O gnosticismo libertino era uma variação do gnosticismo ou "sabedoria grega", doutrina que procurava fundir as revelações de Cristo e Seus apóstolos aos padrões do pensamento já existentes, tornando a doutrina cristã como mais um dos cultos misteriosos e místicos que existiam no mundo de então, onde se desprezava o valor do corpo e se incentivava a prática de condutas imorais, como forma de desonrar o corpo (é a versão antiga do pensamento atual de que "Deus só quer o coração", que não há qualquer necessidade de se preocupar com uma vida de santidade, "já que o corpo não herdará o céu").

- Propósito: ensinar que o evangelho deve produzir um fruto santo, devendo o crente ter um comportamento ético e moral que o diferencie do mundo, pois devemos ter um porte que demonstre que o que esperamos é a vinda do Senhor

II - CARACTERÍSTICAS DOS FALSOS MESTRES

- Os falsos mestres ou doutores não são uma peculiaridade da Igreja. Já existiam falsos profetas no meio do povo de Israel, como fizera questão de deixar advertido Moisés - Dt.13:1-5; 18:20-22 (é interessante notar que a advertência sobre os falsos profetas vem logo em seguida à promessa messiânica, ou seja, o propósito do adversário ao implantar este tipo de gente no meio do povo escolhido é, exatamente, o de desviar a atenção do Messias, do Cristo).

OBS: "...Os profetas representaram papel memorável no drama da vida nacional judaica de sua época. Para o leitor moderno, só pode existir uma avaliação dos profetas: eram professores e pregadores inspirados(...) Verberavam os agravos e os sofrimentos do povo numa sociedade semelhante às que prevaleciam por todo o mundo antigo(...) na qual uma pequena classe dominante, corrompida pelo luxo e pelo poder, explorava os pobres e os fracos e tudo fazia para negar as tradições democráticas e as práticas éticas que Moisés havia instituído. Como reformadores religiosos, os profetas desprezavam o formalismo oco do culto religioso que predominava naquela época. Investiam contra a classe sacerdotal e contra o submisso círculo 'oficial' de profetas sicofantas. Ambos esses grupos, acusavam eles, tinham interesse pessoal na preservação do despotismo monárquico e, portanto, decidiam ignorar ou ficar indiferentes à fome espiritual do povo e às circunstâncias desesperadas de suas vidas..." (Enciclopédia Judaica, v.5, p.95).

- A distinção entre o falso e o verdadeiro mestre não é algo fácil e que se perceba de imediato, porquanto o falso mestre é alguém engendrado pelo adversário e que, como ele, é dissimulador. Sempre que a Bíblia se refere aos falsos mestres, fala de ardil, de engano, de fraude, de dissimulação - Ef.4:14; At. 20:28-30; I Tm.4:1,2; II Tm.3:1-5; Cl.2:18; Gl.6:12; Mt.7:15; 24:24.

OBS: " ... no Antigo Testamento (...)a resposta ao problema do discernimento com que se deve distinguir o profeta falso: esse teste é teológico, a revelação de Deus por ocasião do Êxodo. A essência do profeta falso é que ele convida o povo 'a ir após outros deuses, que não conheceste' (Dt.13:2), dessa maneira pregando 'rebeldia contra o Senhor vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito' (Dt.13:5,10). Aqui encontramos a característica final, evidente em Moisés, do profeta normativo; Moisés também fixou a norma teológica mediante a qual todo ensino subseqüente poderia ser julgado. Um profeta poderia alegar estar falando em nome de Yahweh; porém, se não reconhecesse a autoridade de Moisés nem subscrevesse as doutrinas do Êxodo, era um profeta falso..." (Novo Dicionário da Bíblica, edição em um volume, p.1324).

- Entretanto, como o próprio Jesus nos mostrou que "pelos seus frutos os conheceremos" (cf. Mt.7:16-18), é possível identificar o falso mestre pela sua conduta, pois, todos eles têm as seguintes características:

OBS: "...Os sinais dos falsos mestres. 1) um temporário e aparente conhecimento do Senhor ( II Pe.2:1,20,21). 2) uma interpretação particular e deturpada da Bíblia ( II Pe.1:20; 3:16); 3) uma atitude e conduta antinomianas sem escrúpulos ( II Pe.2:2,10,13,14); 4) orgulho e avareza ( II Pe.2:3-10); 5) um abandono do caminho ( II Pe.2:15,21,22)." (Bíblia Vida Nova, 11.ed., nota a II Pe. 1:20-2:22, p.282).

a) fraudulentos - como já dissemos supra, a principal característica do falso mestre é o engano, como não poderia ser diferente para quem é agente do diabo, o pai da mentira (cf. Jo.8:44). Há, sempre, um hiato entre as palavras e a conduta do falso mestre, entre sua aparência pública e sua vida privada. - Mt.23:3-4; Ap.2:2

OBS: "... Os métodos de ensino dos gnósticos eram subversivos. Nunca entravam em uma comunidade declarando em que criam. Mostravam-se astutos, procurando firmar o pé, antes de dizerem suas posição. O termo grego 'pareisago' indica 'trazer secretamente', ' trazer maliciosamente'. A metáfora tencionada é a de um 'espião' ou 'traidor', cujo propósito é o de prejudicar ou destruir, que oculta o seu verdadeiro intento. Comparar com Jd.4...." (R.N. CHAMPLIN, NTI, v.6, p.191)

b) dissolutos - a palavra grega original ("asalgeia") significa "deboche total, indecência desavergonhada, desejo desenfreado, depravação irrestrita. A pessoa com essa característica tem uma oposição insolente à opinião pública, pecando à luz do dia com arrogância e desdém" (cf. Bíblia de Estudo Plenitude, palavra-chave, p.1312). Os falsos mestres são pessoas que, normalmente, se deixam levar pela lascívia, pelo desregramento moral e sexual, buscando os prazeres deste mundo, ainda que ostentem uma aparência de piedade, servindo, apenas, de escândalo que prejudica a imagem do Evangelho ante os gentios - II Tm.3:4-7; Jd.4,18,19; Mt.18:7; Ap.2:20-22.

OBS: "...Os crentes são constantemente assediados pelos valores distorcidos deste mundo. Assim como as pessoas da época de Isaías, a nossa sociedade também chama o mal de bem e o bem de mal. Mas não podemos permitir que essas 'virtudes' ímpias influenciem nossa maneira de viver...." (O Mestre, Professor,

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