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Histórico da angelologia ao longo dos tempos

Relatório de pesquisa: Histórico da angelologia ao longo dos tempos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/8/2013  •  Relatório de pesquisa  •  10.124 Palavras (41 Páginas)  •  1.126 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Vivemos atualmente em um mundo globalizado, onde o pensamento se torna também global, onde é consenso da maioria da civilização humana que nós convivemos com um mundo espiritual numeroso e muito poderoso, possuidor de recursos superiores aos contidos em nosso mundo visível. Estes seres, também intitulados anjos, podem agir de forma boa ou má.

O termo anjo na língua portuguesa tem origem na palavra latina “angelu”, que por sua vez se deriva do termo “aggelov“ (aggelos) do grego. Em hebreu, o termo usado é “malak”.

A palavra “malak” aparece mais de duzentas vezes no Antigo Testamento, e a palavra “aggelos” ocorre mais de cento e cinqüenta vezes no Novo Testamento, sendo que ambas tem o significado de mensageiro, representante, enviado ou embaixador.

Por meio das Escrituras Sagradas atestamos a existência destes seres espirituais e também por meio da literatura antiga, escrita e oral, comprovamos que é uma crença mundial em vários continentes que, tais mensageiros interferem na vida humana desde tempos remotos.

Hoje, notamos que existe uma busca intensa por anjos salvadores e isto prolifera em nosso meio uma infinidade de idéias equivocadas que constam de diversas literaturas distorcidas e que não encontram respaldo bíblico. Há pessoas que procuram Deus nos anjos e outras ainda, que interpretam os anjos como seres extraterrestres que chegaram a Terra em seus OVNIs – Objetos Voadores Não Identificados. Assim, distorcem a angelologia, preenchendo lacunas com abusos que desrespeitam o que a Bíblia afirma sobre esta disciplina.

Aliado a este contexto, as religiões da “Nova Era” pregam a manifestação de energias e seres vindos de outras esferas que muitas vezes não têm bases sólidas para esta comprovação.

Este escapismo teológico é um fenômeno preocupante, pois se utiliza de uma capa “mística” ou “esotérica” misturada parcialmente com a Palavra bíblica com objetivo de parecer lógica e real, levando muitas pessoas a se desviarem do verdadeiro caminho.

O presente trabalho não tem como objetivo provar a existência dos anjos, pois a Bíblia corrobora os anjos, entretanto mostraremos o que acreditamos com base nas Escrituras Sagradas acerca desta doutrina denominada Angelologia. O conhecimento abordado objetiva fazer com que os cristãos tenham discernimento sobre este tema, que infelizmente é pouco abordado nas igrejas da atualidade. Não podemos desprezar esta doutrina, pois estaríamos desprezando a veracidade da própria Palavra de Deus.

A Palavra de Deus é a única fonte de informação confiável e que possui respostas para muitas perguntas que a Angelologia nos proporciona.

2 HISTÓRICO DA ANGELOLOGIA AO LONGO DOS TEMPOS

A história dos anjos ocorre concomitantemente à história humana e para alguns arqueólogos, antropólogos e historiadores, a presença dos anjos entre os humanos pode ser ainda mais antiga que a presença deles registrada nas mais remotas culturas conhecidas.

Vejamos a seguir como os povos cultuavam estes seres alados – que serviam de mediadores entre Deus e a raça humana.

2.1 Período Pré-cristão

É consenso que em todas as religiões do mundo se reconhece a existência de um mundo espiritual e atesta-se que existe a crença na realidade de seres espirituais que servem de intermediários entre a(s) divindade(s) e os povos.

Estes seres invisíveis, denominados de anjos, deuses, semideuses, espíritos, demônios, gênios, heróis, etc. estão presentes em momentos cruciais da história de nossa civilização.

Vejamos no livro Teologia Sistemática, o comentário do Dr. William Cook:

Realmente, em quase todos os sistemas de religião, antigos ou modernos, encontramos estes seres; nos aeons dos gnósticos, nos demônios, nos semideuses, nos gênios e nos lares, que aparecem tão extensamente nas teogonias, nos poemas e na literatura geral dos antigos pagãos, encontramos evidências abundantes da crença quase universal da existência de seres espirituais inteligentes, que ocupam diferentes ordens entre o homem e o seu Criador. Aqui, entretanto, geralmente encontramos a verdade envolta na ficção

e os fatos distorcidos pela louca fantasia da mitologia. A doutrina dos pagãos, em relação aos seres espirituais, poderia ser assim resumida: Eles crêem que as almas dos heróis falecidos e dos homens bons foram exaltadas a uma posição de dignidade e felicidade, eram chamados demônios e supostamente serviam de mediadores entre a divindade suprema e o homem. Havia, entretanto, outra categoria de demônios, que supostamente nunca habitaram um corpo mortal, e estes se dividiam em duas categorias: Os bons que eram os guardiões dos homens bons e os maus, que se dizia invejarem a felicidade dos humanos, tentando impedir suas virtudes e provocar sua ruína. Nestas noções vemos um substrato da verdade, mas, nas escrituras, temos a verdade em sua pureza original, livre das corrupções da superstição e das imagens licenciosas dos poetas, e a sua verdade fica mais majestosa em sua simplicidade.

Para os povos pré-cristãos havia um entendimento de que todas as manifestações da natureza correspondiam a um espírito, deus, anjo ou entidade que pelas suas características de atuação poderiam ser benéficos ou maléficos.

Tanto na Mesopotâmia como no Egito Antigo, que foram berços da nossa civilização, se cultuavam estes espíritos, independente de serem bons ou maus, pois se acreditava que independente de terem atitudes maléficas, estaria numa hierarquia acima dos seres humanos.

Vejamos a seguir a concepção particular de angelologia dos principais povos:

2.1.1 Sumerianos: Historiadores e cientistas acreditam que o primeiro trabalho de arte mostrando seres alados provém da Suméria. O povo sumério, de origem desconhecida e que habitou também as terras na Ásia Ocidental, possuíam um sistema elaborado de escrita chamado “cuneiforme”. Este legado deixado comprova que eles eram politeístas e não acreditavam em recompensas após a morte. Acreditavam no deus chamado “Marduk” que, segundo a lenda, depois de lutar contra os deuses invejosos, criou o mundo e o homem do barro com o sangue do dragão. Conheciam um mito sobre o dilúvio, que teria sido mandado pelos deuses para castigar a humanidade. “Gilgamesh”, orientado por “Marduk”, salvou-se, recolhendo-se numa arca com a sua família. Como os mesopotâmicos, os sumerianos cultuavam os gênios, que eram os mensageiros dos deuses e os ajudavam a defenderem-se dos demônios, divindades perversas, contra as enfermidades

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