Introdução Eclesiastica
Artigos Científicos: Introdução Eclesiastica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ronaldopereira • 18/10/2013 • 2.353 Palavras (10 Páginas) • 379 Visualizações
INTRODUÇÃO
A Teologia que trata a respeito da doutrina da Igreja é a Eclesiologia. Quando falamos em doutrina, muitos confundem com costumes culturais da Igreja. Isso que a Eclesiologia faz nos mostrar o verdadeiro sentindo de doutrina, e ensinar a entender mais sobre a diferença entre a Igreja Organização e a Igreja Organismo. A palavra Igreja aparece 73 vezes no novo testamento. Vem da palavra grega “ekklesia” (igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convocação. O conjunto de povo de Deus reunido com o propósito de adorar ao todo criador, como cidadãos dos céus. Porém vamos tratar desta natureza de duas perspectivas diferentes: A Igreja como organização e a Igreja como organismo.
A NATUREZA DA IGREJA
Organização significa um conjunto de pessoas, ou um processo onde várias pessoas buscam um relacionamento, a fim de atingirem um objetivo comum. Como organização, a Igreja aparece em vários trechos da Bíblia, porém, os capítulos 2 e três do livro de Apocalipse nos trazem um entendimento melhor sobre o tema. A mensagem de Cristo as sete Igrejas locais existentes no Oeste da Ásia Menor, com o propósito de instruir, advertir e edificar, é uma revelação do que Jesus ama e quer ver nas Igrejas locais, cada uma com suas particularidades.
A igreja como organização é provavelmente o primeiro contato dos crentes com a Eclesiologia. É uma prática normal para os crentes, ou pelo menos para a maioria, quando encontra outro que não o conhece, porém percebe que o tal também é crente, logo pergunta: de que Igreja você faz parte? Em outras palavras, querem saber de que organização eclesiástica aquela pessoa pertence. Se o interrogado responde que faz parte de uma organização eclesiástica semelhante a nossa, logo estabelecemos amizade, caso contrário, dificilmente estabelecemos vínculo de comunhão. Meditar (Mc 9.38-41).
A Igreja como organismo, tem várias ilustrações na Bíblia, porém, o Apóstolo Paulo quando escreveu aos Efésios, nos deixou várias possibilidades de entendimento e melhor compreensão a respeito do assunto. Segue nove referências que evidenciam a Igreja como organismo:
1. “E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre toda as coisas, o deu a Igreja” (Ef 1.22).
2. “Para que, pela Igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais” (Ef 3.10).
3. “A Ele seja a glória, na Igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre, amém” (Ef 3.21).
4. “Porque o marido é o cabeça da mulher, como Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o Salvador do Corpo” (Ef 5.23).
5. “Como, porém, a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido” (Ef 5.24).
6. “Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25).
7. “Para apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.27).
8. “Porém ninguém jamais odiou a própria carne, antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a Igreja” (Ef 5.29).
9. “Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à Igreja” (Ef 5.32).
Notamos aqui duas grandes diferenças: de um lado a Igreja é visível, do outro é invisível. Podemos dizer que o lado visível da Igreja é o mais prático e fácil de entender. Dizemos que é o lugar físico, onde as pessoas reúnem-se para cultuar. Onde fica tua Igreja? Alguém pergunta. Você logo responde, fica na rua tal, nº tal, bairro tal. Agora imaginemos o susto que a pessoa iria levar se disséssemos que não sabíamos, pois nossa Igreja era invisível.
Outros aspectos da Igreja visível incluem: Seu patrimônio físico: Construções, móveis, instrumentos, veículos, telefones, etc.
Os símbolos: Sua bandeira, brasão, papel timbrado, cartões de membros e credenciais de lideranças. Também incluem as saudações convencionais como, por exemplo, na Assembleia de Deus no Brasil: “A paz do Senhor para os irmãos”.
Seu patrimônio não físico: Herança doutrinária e cultural e suas obras marcantes que contribuem para sua história. Seus estatutos e regimentos internos que expressam seus padrões de doutrinas e cultura. Seus membros e congregados, e suas lideranças.
Ainda existem outros itens, porém, estes já nos bastam para entendermos o assunto. Veremos agora sobre o aspecto invisível da Igreja como organismo.
Esta parte da Igreja como organismo é um pouco mais difícil de entender, ou melhor, de aceitarmos alguns pontos que são polêmicos. A Igreja como organismo refere-se à união mística de todos aqueles que são salvos em Jesus Cristo.
Quando pensamos a cerca do povo de Deus reunidos lá no céu, será que conseguimos pensar que haverá lá pessoas de outras organizações eclesiásticas? Tomara que sim! Agora vamos imaginar onde se encontram esses irmãos hoje. Será naquela igrejinha, onde passamos por ela e a desprezamos por ser diferente. Ou naquela denominação que parece nos ofender?
Irei um pouco mais além. Será que conseguimos imaginar que na nossa Igreja existam pessoas membros, que de fato não fazem parte da Igreja invisível de Cristo? As coisas tornam-se um pouco complicadas se não entendermos a diferença entre Igreja como organização visível e Igreja como organismo invisível. Para um melhor entendimento: (Ap 3.14-21). Jesus se encontrava do lado de fora da Igreja visível, mas queria entrar na vida daquela que conseguisse ouvir sua voz.
Falar da natureza da Igreja como temporária assusta muitas pessoas. Os próprios Discípulos de Jesus ficaram assustados com as palavras de Jesus. Quando eles saíram do Templo, ficaram maravilhados com a beleza do mesmo, pois muitos deles eram do interior, não estava acostumados com construções tão magníficas como aquela. Quase delirando um deles exclamou: “Mestre, que pedras, que construção! Mas Jesus lhe disse: Vês estas grandes construções?
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