Judaísmo messiânico
Pesquisas Acadêmicas: Judaísmo messiânico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: raicka_rb • 21/7/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.601 Palavras (7 Páginas) • 253 Visualizações
Judaísmo messiânico (Judaísmo meshichista - Meshichismo) é uma autodenominada ramificação religiosa judaica, que acredita na figura de Yeshua (Nome original para Jesus) como sendo o Messias esperado pela tradição profética judaica.1
Pode-se distinguir dois tipos de messianismo deste tipo:
Sinagoga messiânica Baruch Hashem, Dallas, Texas
Nos primeiros séculos as seitas dos nazarenos e os ebionitas eram na maioria de judeus que aceitavam a crença em Yeshua como Messias, e não compartilhavam da crença na divindade de Yeshua. Criam que os gentios (não-judeus) que se convertessem deveriam aceitar as tradições religiosas judaicas. Porém, a entrada cada vez maior de prosélitos de origem não-judaica acabou por desencadear o processo que separaria de vez a seita dos nazarenos do Judaísmo, separação esta concretizada definitivamente com o Primeiro Concílio de Niceia (325).
O Moderno Judaísmo Messiânico é um movimento surgido no século XX nos EUA, originado do Hebreu-Cristianismo nascido na Inglaterra no século XIX. A grande maioria dos modernos judeus messiânicos aceita as diversas tradições do Judaísmo, julgando-as, no entanto, incompletas em seu significado, de certa maneira. O significado completo, segundo eles, só pode ser obtido a partir do entendimento e aceitação de Yeshua como sendo o Messias.
O Judaísmo em geral rejeita o Judaísmo Messiânico/Nazareno como sendo um ramo do Judaísmo, embora, em sua origem no século I EC, tenha sido considerado como tal. Ao mesmo tempo, a despeito de ser considerado apenas como uma ramificação cristã com o propósito de converter judeus aos cristianismo, como por exemplo a organização Judeus para Jesus, em 2009 Israel reconhece o Judaísmo Messiânico como uma ramificação judaica 2
Índice
1 História do Judaísmo messiânico
1.1 Origens do messianismo judaico
1.2 Os antigos nazarenos e o surgimento do Cristianismo
2 Concílio de Niceia
2.1 Judaísmo Messiânico Moderno
3 Teologia
3.1 Cânon
3.2 Talmude e comentários bíblicos
3.3 Doutrinas principais
4 Ver também
5 Referências
6 Ligações externas
História do Judaísmo messiânico[editar | editar código-fonte]
Origens do messianismo judaico[editar | editar código-fonte]
No Tanakh (Antiga Aliança) que ficou conhecido como "Antigo Testamento, a palavra Messias (do hebraico משיח Māšîªħ, Mashiach ou Moshiach, Ungido, através do aramaico e transliterado, no grego do "Novo Testamento" como Μεσσιας) se referia ao ungido por D'us, o rei ou governante de Israel.3
Nos tempos após o exílio, o termo passou a ser usado como ha-Kohen ha-Mashiaḥ, ou o sacerdote ungido, se referindo ao Sumo Sacerdote de Israel.3 Ciro, o Grande também foi chamado de messias (ungido por Deus) porque Deus fez ele ser vitorioso para que libertasse os judeus exilados.3
Um conceito do Judaísmo, refere-se, principalmente, à crença do Judaísmo posterior da futura vinda de um descendente do Rei David que iria reconstruir a nação de Israel e restaurar o reino de David, trazendo, desta forma, a paz ao mundo.
Ainda que a tradição religiosa judaico-cristã diga que o Messias já era uma profecia predita desde os tempos dos Patriarcas, este ensino veio a tomar mais forma após a destruição do Templo de Jerusalém. O retorno do Cativeiro, aliado a eventos históricos serviu para o aumento de um nacionalismo judaico, despertando uma esperança judaica pela reconstrução de sua nação e pelo governo de um rei levantado por Deus, que submeteria todos os povos à legislação da Torá.
Esta esperança messiânica aumentou ainda mais com o Domínio Romano sobre a Judéia no primeiro século. As diversas ramificações judaicas, pacíficas ou revolucionárias (como os zelotes), pretendiam obter sua independência do domínio romano, e inspirados pelo ideal da independência, acabaram por desenvolver ainda mais a crença no Messias libertador.
Os antigos nazarenos e o surgimento do Cristianismo[editar | editar código-fonte]
Ver artigos principais: Concílio de Jerusalém e Controvérsia da circuncisão
De acordo com a "tradição cristã" geralmente aceita, Jesus de Nazaré seria o Messias esperado pela tradição profética judaica (Mateus 2:1-6, Lucas 2:1-32, os dois trechos baseando-se, entre outros, no texto de Miqueias 5:2). Teria sido crucificado, ressuscitou e foi elevado aos céus (Mateus 28 7:, Atos 2:22-34, Atos 4:10, Atos 5:30). Inicialmente, seus seguidores foram de fato judeus que não abandonaram suas tradições religiosas judaicas, mas as praticavam acrescentando-lhes a crença em Jesus como Messias (Atos 20:7-8; Atos 21:20). Estes eram chamados de "notzrim" (nazarenos) devido à cidade de origem de Jesus, ou de "cristãos", pelo público gentio.
No entanto, com a difusão dos ensinamentos de Jesus, muitos gentios passaram a aceitar e acreditar nestas doutrinas. Daí surgiu a primeira crise entre os seguidores de Jesus: os gentios que acreditavam em Jesus deveriam ou não ser submetidos às leis de Moisés? Os judeus acreditavam que Jesus não teria vindo abolir a Torá. Desta forma, pregavam que tanto judeus como gentios convertidos deveriam seguir os mandamentos da Torá. No entanto se acreditarmos no sucesso inicial do movimento de Jesus dentro da religião judaica, deve-se crer que o ensino original não tenha sido muito diferente disto.
Já Paulo de Tarso (um fariseu, circunciso e que respeitava os preceitos da Torá), defendia que Jesus viera trazer salvação de Deus à humanidade e que a Torá não poderia ser imposta aos gentios por que a salvação se daria por intermédio da fé. O choque entre os dois grupos, "circuncisos" e "incircuncisos", já é aparente no livro de Atos, onde a discussão entre eles obriga à convocação da assembléia dos apóstolos (Atos 15). Tiago (judeu e circunciso), guiado pelo Espírito Santo deu seu ponto de vista, apoiado pelo apóstolo Pedro: aqueles que eram gentios não precisavam submeter-se de forma obrigatória às leis de Moisés e aqueles
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