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Os Casos Cli­nicos Farmacologia

Por:   •  11/8/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.539 Palavras (11 Páginas)  •  937 Visualizações

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  1. Srª 82 anos relata ao médico episódios de insônia, falta de apetite, solidez e tristeza intensa, sendo diagnosticada como depressiva. Após 6 meses de tratamento insatisfatório a paciente retornou ao clínico com quadro de extrema ansiedade evidenciando distúrbio bipolar (fase de mania).
  1. Descreva os tipos de depressão clinicamente conhecidos e a etiologia.
  1. Depressão reativa. Está relacionada a fatores externos. Fácil de tratar. Ex: perda de emprego.
  2. Depressão endógina: difícil tratamento, mais grave, não tem causa definida por ser genética.
  3. Depressão do tipo DAB: fase depressiva no DAB. Causas: baixo nível de serotonina (principal) e noradrenalina.

Fisiopatologia: Ocorre diminuição da concentração de serotonina (5-HT) e NA na fenda sináptica.

  1. Descreva o tratamento farmacológico ideal para a paciente no primeiro momento. Justifique.

O paciente encontra-se com depressão e insônia psicológica de 2ª geração. A droga a ser administrada é ISRS (Inibidor Seletivo da Recaptação da Serotonina) que inibirá a 5-HT na fenda impedindo que seja recaptada para vesícula. Droga de primeira escolha. O ISRS tem menos reações adversas. Causa sonolência. Mais seguro. Menos toxicidade. É seletivo.

  1. Quais as reações adversas mais comuns da droga de escolha.

Disfunção sexual, diminuição da libido, boca seca e amarga, falta de apetite.

  1. Determine o tratamento farmacológico ideal a paciente no segundo momento. Justifique.

Ansiedade e DAB. Droga de escolha é o Lítio (Li) para DAB e BDZ para ansiedade. O BDZ deve ser retirado entre 7 e 14 dias para não causar dependência, momento este em que o Li começa a agir no SNC.

  1. Considerando que a paciente é idosa descreva os critérios e os cuidados em sua farmacoterapia. Explique.

A paciente deve utilizar os medicamentos em menores doses, fracionadas, com intervalos de tempo maior e em concentrações menores. Pode causar relaxamento muscular, amnésia, riscos cardiovasculares, dependência.

  1. Descreva o mecanismo de ação de todas as drogas escolhidas.

ISRS: inibe seletivamente a recaptação da serotonina (5-HT) nos neurônios pré-sinápticos, aumentando sua disponibilidade na fenda sináptica. Sua ação seletiva faz com que apresente pouco efeito sobre outros receptores, havendo poucos efeitos colaterais. São medicamentos relativamente seguros no que diz respeito à possibilidade de intoxicação.

Li: Disputa com o NA+ pelo neurônio e vence, mas não causa potencial de ação na célula mantendo ela em repouso.

BDZ: se liga ao receptor GABA nas subunidades BZ1 E BZ2, ocorre mudança conformacional, abre canal Cl-, entra Cl- na célula, inibe a célula. BZ1 sedativo. BZ2 ansiolítico, alterações cognitivas, ativação da via mezolímbica (via do prazer e da dependência).

  1. Jovem de 22 anos em tratamento para epilepsia a anos decidiu engravidar.
  1. Descreva a fisiopatologia e os tipos de epilepsia.

É uma descarga elétrica cerebral desorganizada que se propaga para todas as regiões do cérebro, levando a uma alteração de toda atividade cerebral.

Crises Parciais. CP Simples sem o envolvimento da consciência. CP Complexas psicomotora – com alteração da consciência. CP parcial seguida de crise generalizada começa com a parcial e evolui até o estágio da generalizada.

Crises Generalizadas. CG de Ausência ocorre um pequeno mal. CG Mioclônicas ocorrem com contrações. CG Tônico-Clônicas grande mal, perda da consciência. CG Atônicas sem contrações.

  1. Quais os critérios farmacoterapêuticos que devem ser considerados para a paciente poder engravidar. Explique.

Pelo menos 2 anos sem crise. Terapêutica em monoterapia. Diminui a dose observando se há ocorrência de crise. Utilizar droga menos teratogênica (causa deformação fetal).

  1. Considerando que a paciente realizava esquema politerapêutico descreva os seus critérios.

As drogas não devem possuir o mesmo MA e não devem apresentar as mesmas RAMs. Uma droga não pode interferir no metabolismo da outra.

  1. De acordo com os princípios envolvendo o SNA descreva.
  1. O SNA Simpático e suas inter-relações fisiológicas (características). Ex: origem, características dos gânglios, neurotransmissores, receptores, respostas.

O SNP autônomo simpático estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Por exemplo, o sistema simpático é responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento da pressão arterial, da concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo. No sistema simpático, logo depois que o nervo espinhal deixa o canal espinal, as fibras pré-ganglionares abandonam o nervo, e passam para um dos gânglios da cadeia simpática onde fará sinapse com um neurônio pós ganglionar.

Neurônios pré-gânglionares na medula torácica e lombar (T1 a L2)-tóraco-lombar

Gânglios longe das vísceras

Fibra pré-gânglionar curta e pós longa

Os neurotransmissores são noradrenalina e adrenalina.

Sistema de alerta e fuga.

Receptores α e β . Via adrenérgica

  1. O SNA Parassimpático e suas inter-relações fisiológicas.

O SNP autônomo parassimpático estimula principalmente atividades relaxantes, como as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras. No sistema parassimpático, na maioria das vezes, as fibras pré-ganglionares normalmente seguem, sem interrupção, até o órgão que será controlado fazendo então sinapse com os neurônios pós-ganglionares.

Localizam-se no Tronco encefálico e na medula sacral (S2, S3 e S4)- crânio-sacral.

Neurônios próximos ou dentro das vísceras.

Fibra pré-gânglionar longa e pós curta.

O neurotransmissor é acetilcolina - ACh.

Receptores nicotínicos e muscarínicos. Via colinérgica.

  1. A liberação vesicular dos neurotransmissores.

Entra CA++ na vesícula do neurônio.

O CA++ estimula a ativação de sinaptotagmina.

A sinaptotagnina estimula a ativação de sinaptobrevina.

A sinaptobrevina decai com a vesícula sináptica.

Estimula a ativação de sintaxina.

Ocorre a formação da zona ativa.

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