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Nao Tera Outros Deuses

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Por:   •  16/2/2015  •  2.529 Palavras (11 Páginas)  •  288 Visualizações

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1Trim2015_Lição 3: Não Terás Outros deuses

1º Trimestre de 2015

Lição 3

18 de janeiro de 2015

LIÇÃO 3: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES

TEXTO ÁUREO

“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4).

[Shemá Israel (שמע ישראל; "Ouça Israel") são as duas primeiras palavras da seção da Torá que constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaico no qual se diz שמע ישראל י-ה-ו-ה אלוהינו י-ה-ו-ה אחד (Shemá Yisrael Ado-nai Elohêinu Ado-nai Echad - Escuta ó Israel, Ado-nai nosso Deus é Um).

VERDADE PRÁTICA

O primeiro mandamento do Decálogo é muito mais que uma apologia ao monoteísmo; trata-se da soberania de um Deus que libertou Israel da escravidão do Egito.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2Rs 19.15

O rei Ezequias introduz a sua oração com uma expressão monoteísta S

Terça - Ne 9.6

Neemias ressalta o monoteísmo na sua oração retrospectiva T

Quarta - Mc 12.28-30

O Senhor Jesus ensina que Deus é único, o Criador dos céus e da terra Q

Quinta - Jo 17.3

A unidade de Deus não contradiz a divindade de Jesus Q

Sexta - Ef 4.4-6

O monoteísmo judaico-cristão não contradiz a doutrina da Trindade S

Sábado - 1Co 8.6

O cristianismo é uma religião monoteísta S

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Deuteronômio 5.6,7; 6.1-6.

5.6 - Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.

7 - Não terás outros deuses diante de mim.

6.1 - Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, vosso Deus, para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra a que passais a possuir;

2 - para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados.

3 - Ouve, pois, ó Israel, e atenta que os guardes, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o SENHOR, Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.

4 - Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.

5 - Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder.

6 - E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração.

OBJETIVO GERAL

Amar a Deus, temê-lo e adorá-lo de todo o coração e sinceridade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

• I. Explicar a autoridade da Lei.

• II. Informar que o primeiro mandamento explicitava o anúncio de que havia um único Deus.

• III. Mostrar a exegese do primeiro mandamento.

• IV. Apresentar a relação entre monoteísmo e Trindade.

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COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O primeiro mandamento vai além da proibição à idolatria; é contra o politeísmo, seja em pensamento, seja em palavras. O propósito é levar Israel a amar e a temer a Deus, e a adorar somente a Ele com sinceridade. Deus libertou os israelitas da escravidão do Egito e por essa razão tem o direito ao senhorio sobre eles, da mesma maneira que Cristo nos redimiu e se tornou Senhor absoluto da nossa vida. [Comentário: “Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”. (Êx 20:1-2) O prefácio dos dez mandamentos expressa muito bem a relação pactual entre Deus e o seu povo. Tendo tirado o seu povo da escravidão, ele exerce o seu duplo direito sobre ele: como o Criador: “Eu sou o Senhor teu Deus”, e como o Redentor: “Que te tirei da terra do Egito”. Notemos que os mandamentos foram dados após a redenção deles, isso por uma razão muito simples: Os mandamentos, ou a lei de Deus, não foram dados como forma de se obter a salvação, mas sim, a fim de que o seu povo vivesse em santidade, assim como ocorreu conosco: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade”, (Ef 1:4-5). Hoje, estudaremos o primeiro mandamento e veremos Quais são os deveres exigidos no primeiro mandamento. De início, saibamos que este mandamento exige “o reconhecimento da exclusividade e veracidade de Deus”: “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR”. (Dt 6.4). Devemos reconhecer que o Deus da bíblia é o único verdadeiro e exclusivo Deus, e que a fé cristã é o caminho exclusivo para a salvação (Rm 1:17). “A adoração e glorificação dEle em todos os aspectos da nossa vida”: “Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças”. (Dt 6.5). Isso não significa uma mera atitude emocional para com Deus, mas uma prática devocional que nos leva a honrá-lo e obedecê-lo em todos os aspectos da nossa vida pessoal, familiar, profissional e social. Este mandamento proíbe o politeísmo que caracterizava todas as religiões do antigo Oriente Próximo. Israel não devia adorar, nem invocar nenhum dos deuses doutras nações. Deus lhe ordenou a temer e a servir somente a Ele (Dt 32.29; Js 24.14,15). Esse mandamento aplicado aos crentes do NT, importa pelo menos três coisas. (1) A adoração do crente deve ser dirigida exclusivamente a Deus. Não deve haver jamais adoração ou oração a quaisquer outros deuses, espíritos ou pessoas falecidas, nem se permite buscar orientação e ajuda da parte deles (Lv 17.7; Dt 6.4; 34.17; Sl 106.37; 1 Co 10.19,20). O primeiro mandamento trata, principalmente, da proibição da adoração aos espíritos (i.e., demônios) através do espiritismo, adivinhação, ocultismo e outras formas de idolatria (Dt 18.9-22). (2) O crente deve totalmente consagrar-se a Deus. Somente Deus, mediante sua vontade revelada e sua Palavra inspirada, pode guiar a vida do crente (Mt 4.4). (3) O crente deve ter como seu propósito na vida, buscar e amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todas as suas forças, confiando nEle para conceder-lhe aquilo que é bom para a sua vida (Dt 6.5; Sl 119.2; Mt 6.33; Fp 3.8; ver Mt 22.37; Cl 3.5).] Convido você para mergulharmos mais fundo nas Escrituras!

I. A AUTORIDADE DA LEI

1. A fórmula introdutória do Decálogo. Os Dez Mandamentos estão registrados em dois lugares na Bíblia (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21). A fórmula introdutória: “Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo [...]” (Êx 20.1), é característica única, como disse o rabino e erudito bíblico Benno Jacob: “Nós não temos um segundo exemplo de tal sentença introdutória”. Nem mesmo na passagem paralela em Deuteronômio é repetida, mas aparece de maneira reduzida ao mínimo absoluto. [Comentário: A fórmula introdutória "Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo..." (êx 20.1) é característica única do Decálogo, como explicou o rabino e erudito bíblico Benno Jacob: "Nós não temos um segundo exemplo de tal sentença introdutória" (JACOB, 1992, p. 543). Nem mesmo na passagem paralela, a fórmula é repetida, mas aparece de maneira reduzida ao "mínimo absoluto" (CHILDS, 1976, p. 593) para se ajustar à estrutura da narrativa (Dt 5.5). No entanto, os outros códigos do sistema mosaico são introduzidos com um discurso de Deus a Moisés como no Código da Aliança: "Então, disse o SENHOR a Moisés"(Êx 20.22; 34.32; Levítico 17.1; Deuteronômio 6.1). Fraseologia similar é usada para designar os Dez Mandamentos: "Estas palavras falou o SENHOR a toda a vossa congregação no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridade, com grande voz, e nada acrescentou; e as escreveu em duas tábuas de pedra e a mim mas deu"(Dt 5.22), mas ela não introduz o Decálogo. Tudo isso revela a origem e a autoridade divina da lei. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 31-32.]

2. As partes do concerto. O prólogo dos Dez Mandamentos identifica as partes do concerto do Sinai: “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Dt 5.6; Êx 20.2). Estas palavras são a fonte da autoridade divina da lei e o prefácio de todo o Decálogo. É o termo legal de um pacto. De um lado, o próprio Deus, o autor do concerto, e de outro, Israel, o povo a quem Deus escolheu dentre todas as nações (Dt 4.37; 10.15). O nome de Israel não aparece aqui, pois não é necessário. Deus se dirige ao seu povo na segunda pessoa do singular porque a responsabilidade de servi-lo é pessoal, é para cada israelita, mas está claro que o texto se refere a Israel-nação. [Comentário: Após a fórmula introdutória, vem o que é considerado o prefácio de toda a lei: "Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êx 20.2). O relato da criação em Gênesis e o relato do dilúvio, por exemplo, falam por si sós sobre a soberania de Javé em todo o universo como Senhor do céu e da terra. Desde os tempos antigos, discute-se se esta declaração faz parte do primeiro mandamento. A autorrevelação de Deus aqui é significativa. Javé já se havia revelado a Moisés antes (Êx 3.14,15; 6.2, 3), mas aqui se trata de um relacionamento entre o humano e o divino, Deus e Israel. Na declaração "Eu sou o SENHOR, teu Deus", apesar do uso na segunda pessoa, ele se dirige à nação inteira de Israel. O nome divino está vinculado ao resgate dos israelitas da terra do Egito, a grande libertação das garras de Faraó. Esta redenção é o tema do livro de Êxodo. A "casa da servidão" é o símbolo da opressão social. O Egito era uma terra boa e abençoada, como o jardim do Éden (Gn 13.10; Dt 10.11); no entanto, passou para a história como uma caserna ou quartel de escravos. Por isso, é lembrado nas páginas da Bíblia como a "casa da servidão" (Dt 5.6; 6.12; 7.8; 8.14; 13.5, 10; Js 24.17; Jz 6.8; Mq 6.4). Os judeus consideram Êxodo 20.2 ou Deuteronômio 5.6 como parte do primeiro mandamento. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 32-33.]

3. O Senhor do universo. Alguns críticos liberais, com base numa premissa falsa sobre a composição dos diversos códigos do sistema mosaico, querem sustentar a ideia de um Deus tribal ou nacional na presente declaração. São teorias subjetivas que eles procuram submeter a métodos sistemáticos para dar forma acadêmica ao seu pressuposto. Mas o relato da criação em Gênesis e do dilúvio, por exemplo, fala por si só da soberania de Jeová em todo o universo como Senhor do céu e da terra, reduzindo as ideias liberais a cinzas. [Comentário: O termo soberania, denota uma situação em que uma pessoa, com base em sua dignidade e autoridade, exerce o poder supremo, sobre qualquer área, em sua província, que esteja sob a sua jurisdição. Um "soberano" pois, exerce plena autonomia e desconhece imunidades rivais. Quando é aplicado a Deus, o termo indica o total domínio do Senhor sobre toda a sua vasta criação. Como Soberano que é, Deus exerce de modo absoluto a sua vontade, sem ter de prestar contas a qualquer vontade finita. Conforme se dá com outras ideias teológicas, o termo não figura nas páginas da Bíblia, embora o conceito seja reiterado por inúmeras vezes. Para tanto, as Escrituras apelam para a metáfora de "governante e súditos". Embora expresse essa ideia de outras maneiras, é principalmente nas doxologias ou atribuições de louvor que aparece o conceito. Poderíamos citar aqui uma passagem do Antigo e uma do Novo Testamentos, como prova disso. " ... até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer" (Dn 4.25). "Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém" (1Tm 1.25). A soberania de Deus consiste em sua onipotência, expressa em relação ao mundo criado, mormente no tocante à responsabilidade moral das criaturas diante dele. Visando a um fim benfazejo, e executando o seu plano eterno para a criação inteira e para os homens Deus exerce autoridade absoluta, amoldando todas as coisas e todos os acontecimentos à semelhança do que o oleiro faz com o mesmo monte de barro amassado. Ver Rm 9.19 ss. Embora, erroneamente, quanto aos seus motivos, o suposto objetar, postulado por Paulo, expressou uma verdade inconteste: Pois quem jamais resistiu à sua (de Deus) vontade?" (vs. 19). Além de mandar na sua criação sem que alguém possa intervir nas decisões divinas, a Bíblia nos ensina que essa soberania é exercida tendo em vista galardoar a piedade e castigar a rebeldia. E o que se vê em trechos como o de Romanos 2.22, que diz: "Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus; para com os que caíram, severidade; mas para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte também tu serás cortado". Isso nos permite chegar à conclusão de que Deus não age arbitrariamente, movido pelo capricho, quando determina todas as coisas segundo os ditames de sua soberana vontade. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 242.]

4. A libertação do Egito. A segunda cláusula — “que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” — é uma explicação de como se estabeleceu o concerto. Estava cumprida a promessa de redenção feita a Abraão (Gn 15.13,14). A libertação de Israel do Egito prefigura a nossa redenção, pois éramos prisioneiros do pecado e Cristo nos libertou (Jo 8.32,36; Cl 1.13,14). É legítimo o senhorio de Deus sobre Israel da mesma maneira que o Senhor Jesus Cristo tem o direito de reinar em nossa vida (Gl 2.20). [Comentário: Êx 20.2 YAHWEH foi o autor do livramento de Israel da servidão ao Egito. O autor sacro alude à informação dada antes, nos capítulos primeiro a décimo sétimo, ou seja, os destrutivos prodígios das dez pragas, além do livramento no mar de Juncos (Êx 13.22). O Deus libertador também era o legislador. O povo de Israel, agora livre, entrava em um novo pacto, o pacto mosaico. O pacto mosaico foi o quinto dos pactos. Esse pacto deu início à quinta dispensação, a era durante a qual Israel tornou-se uma nação distintiva por causa de seu código legal superior e divinamente inspirado. Quanto à idéia que a lei mosaica exprime o caráter moral de Deus (cf. Lv 11.44,45; 19.2). Israel era o filho primogênito de Deus (Êx 4.22), e um filho precisa ter a mesma natureza moral de seu pai. Cf. a declaração de Jesus em Mateus 5.48: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”. A Gratidão Requer Obediência. O povo libertado de Israel deveria reconhecer o ato libertador de YAHWEH, correspondendo a isso mediante a obediência à lei mosaica. Vemos o mesmo conceito em Romanos 2.4, onde lemos que a bond

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