O QUE É CIÊNCIA E MÉTODO CIENTÍFICO?

O QUE É CIÊNCIA E MÉTODO CIENTÍFICO?

Francisco Canindé

INTRODUÇÃO

O conhecimento científico é o meio de aquisição do conhecimento que sistematiza, experiencia e racionaliza o conhecimento, retirando-o da intuição (achismo), da superstição e do empirismo (“experiência diária simples”), passando a aceitar apenas como verdadeiro o conhecimento quando é racional (capaz de ser descrito, testado e explicado), lógico, necessário, recorrente e universalmente aceito.

Assim, temos a ciência classificada em APLICADA (Factual) que consiste nas ciências naturais e sociais cujo objeto são os ideais usando o método, por excelência da dedução e da consistência gerando produtos analíticos e; em PURA (Aplicada) que são a Filosofia e a Matemática cujo objeto são materiais acostados na observação e na experimentação (OLIVEIRA, 1997).

Tem-se que ressaltar de forma introdutória que a “verdade” em ciência nunca é absoluta ou final, pode ser sempre modificada ou substituída e que descrever a natureza através de “modelos” tem-se obrigatoriamente que considerar a forma Quantitativa ou Qualitativa do objeto em estudo. Tornando assim um conhecimento válido até que novas observações ou experimentações o substituam.

A IDEIA DE ALGO SER CIENTÍFICO

Testar ideias e desenvolver as que passam no teste e, rejeitar as que não passam. Isso significa que a ciência se baseia unicamente em experimentos. Olhe para um pequeno ser humano, como ele cresce: era assim que evoluíamos no passado.

Ao longo dos milênios, nós continuamente resumimos todas as nossas observações e, gradualmente, as transformamos em ciência. No entanto, todas elas se baseiam unicamente em experimentos, e nada mais. Estes experimentos constituem o alicerce de todas as ciências. Deve-se seguir as evidências até aonde quer que elas nos levem e, mais importante que tudo: devemos  questionar tudo!

Se algo não é testado experimentalmente, não é uma ciência. Ele pode ser um produto da sua imaginação, e outra pessoa pode vir com algo parecido. Apenas dados estritamente recorrentes, resultados de experimentos, podem ser transformados em ciência.

Suponha que hoje eu estou no meu laboratório e estudo certa propriedade ou fenômeno. Consequentemente, eu escrevo um artigo para uma revista científica sobre o comportamento do fenômeno em questão. Posteriormente, os resultados apresentados no artigo são testados em outros laboratórios e lugares, e os cientistas escrevem seus comentários. A ciência é feita de todos estes elementos. Todos os testes em qualquer lugar do mundo, sob as mesmas condições do artigo devem dar o mesmo resultado. Por isso que é importante ao questionar tudo, se abandonar a autoridade e o temor da autoridade e se restringir a observação dos resultados.

Ao estudarmos um assunto ou considerarmos uma filosofia, pergunte a si mesmo (a), somente: Quais são os fatos? Qual é a verdade/resultado que os fatos revelam? Nunca se deixe divergir pelo que você gostaria de acreditar ou pelo que você acha que traria benefícios às crenças sociais se fosse acreditado. Olhe apenas e estritamente os fatos.

O resultado para ser científico deve ter as evidências examinadas de maneira crítica (argumentação/ experimentação) e checada várias vezes dentro de métodos rigorosos e rígidos. Ao examinar as evidências tenha cuidado com a influência de suas ideias e crenças particulares. Questione e suspeite sempre das suas ideias, pois o pesquisador é parte significativa da pesquisa e as suas ideias são capazes de interferir no resultado. Sabe-se que somos humanos, portanto a neutralidade científica ao examinar uma evidência é contaminada pela nossa “humanidade”, mas deve ser filtrada ao máximo.

Por fim, promova à troca aberta e imparcial de ideias á luz da livre expressão. Além disso, nós só podemos escrever sobre o que observamos e vemos, de modo a ajudar outras pessoas que avançam conosco ou nos seguirão. Ou seja, nós não desenvolvemos a ciência, mas a adaptamos para aqueles que desejam chegar até a luz do conhecimento.

Neste ponto, cabe ressaltar que “ver não é aceitar”, nossos sentidos podem nos enganar. E, sempre evite adentrar questões no campo divino, pois Deus é certeza absoluta, por tanto, em si, fecha as questões, não levando a outras perguntas. O campo místico-religioso deixa de ser científico, pois sai da observação/experimentação e entra no campo da fé (certeza absoluta no que acreditamos). Por outro lado, não há verdade absoluta para a ciência.

O MÉTODO CIENTÍFICO

Tem-se de início a imperativa necessidade de se ter em mente um conceito de “Método Científico”, assim afirma Paulo Meksenas:

O termo méthodos é composto por duas outras palavras gregas: metá, que significa buscar, perseguir, procura, e odós, caminho, passagem, rota. No sentido figurado, a justaposição dessas duas palavras significa a maneira de fazer ou o meio para fazer. Méthodos pode, então, compreender uma pesquisa que é realizar a partir de um plano inicial [projeto] e segue um conjunto de regras racionais [metodologia], aceitas pela comunidade dos cientistas. (grifado no original) (MEKESENA, 2011 p. 73).

Infere-se, portanto, que o “método” pode ser caracterizado como uma “das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança, e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros – trançando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista” (MARCONI; LAKATOS, 2005, p. 83).

Desta forma, o procedimento de coleta de dados é o método prático utilizado para juntar as informações, necessárias à construção dos raciocínios em torno de um fato/fenômeno/problema. Cabendo destacar três (3) principais fontes de informação científica ou também chamada de “Tipo de Pesquisa”: