O Sagrado e a Intolerância

Acredito que nascemos com uma peculiaridade independente de raça, cultura ou status social, peculiaridade essa que fundamenta a busca do nosso próprio ''eu'', tal procura se relaciona a satisfação de encontrar num bem maior um sentido para a vida. Dada tal necessidade, natural do ser humano, de se conectar a um elo de ligação do seu interior ao que denominamos de Sagrado, ou seja, aquilo que lhe trás paz, equilíbrio e direcionamento existencial, agregando valores no âmbito metafísico e refletindo em contrapartida no que é físico. Podemos então afirmar que há uma grande disparidade entre o Sagrado e a Religião, O SAGRADO É DIVINO, A RELIGIÃO É DOS HOMENS e partindo desses conceito temos a intolerância enraizada na cultura social, gerando ondas intermináveis de preconceito, excluindo aquilo que é rotulado como diferente. Em nome da Religião temos vivenciado guerras, terrorismos, genocídios e as formas mais egoístas de controle social. Não há registro em qualquer estudo por parte da História, Antropologia, Sociologia ou qualquer outra "ciência" social, de um grupamento humano em qualquer época que não tenha professado algum tipo de crença religiosa. As religiões são então um fenômeno inerente a cultura humana, assim como as artes e técnicas. Grande parte de todos os movimentos humanos significativos tiveram a religião como impulsor, diversas guerras, geralmente as mais terríveis, tiveram legitimação religiosa, estruturas sociais foram definidas com base em religiões e grande parte do conhecimento científico, "filosófico" e artístico tiveram como vetores os grupos religiosos, que durante a maior parte da história da humanidade estiveram vinculados ao poder político e social. Hoje em dia, apesar de todo o avanço científico, o fenômeno religioso sobrevive e cresce, desafiando previsões que anteviram seu fim. A grande maioria da humanidade professa alguma crença religiosa direta ou indiretamente e a Religião continua a promover diversos movimentos humanos, e mantendo estatutos políticos e sociais. Ao contrário, o Sagrado por meio da Fé, permeia o caminho do Livre Arbítrio, não quer dizer que há um liberalismo ou libertinagem, mas sim uma devoção espontânea, fidelizada por preceitos como o amor á Deus e o amor ao próximo. Mas então oque é o Sagrado? Para muitos é a etimologia de um Deus em que se crê, para outros é a família, enfim cada um tem sua necessidade de busca pelo que se considera divinizado. A partir do momento que temos uma homogeneização, da religião com o divino (sagrado), passamos a dogmatizar a liberdade de crença, fincando assim a intolerância, alimentando o ódio a crença e hábitos diferentes. A intolerância religiosa é um mal que atinge não só o Brasil mas como todo o mundo. A FÈ está permeada ao sagrado enquanto a religião sedimenta a incompreensão e o fanatismo, imutando o conceito ecumênico de união, de forma pejorativa a religião é por tempos o " câncer " dos povos, julgando, segregando e matando os que têm posição contrária aos seus dogmas.

Em toda essa turbulência que vivemos, oriundos da intolerância, temos á título de exemplo,o posicionamento de uma das, mais perseguida instituição religiosa da atualidade, mostrando que independente da sua crença, o respeito e a união dos povos se firme como preceito majoritário.

Cinco

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