O espírito de arrependimento

Antigamente na Igreja Romana, alguns enfermos encontravam alívio no sofrimento com rigorosas penitências. Esse espírito de penitência era no sentido de reparação à algo que supostamente teria desagradado a Deus. Jejuavam todos os dias, comiam somente pão duro uma vez por dia, sofriam nas mãos dos cilícios, cadeias de ferro e outros tipos de mortificações, outros apertavam-se de tal maneira com cordões de nós que os marcavam profundamente.

Muito se falava que Jesus fazia apologia ao cilício durante a sua passagem na Terra. E a Igreja não poderia ir contra uma das apologias em que o filho de Deus propagava. Com o passar dos anos estes objetos usados para tortura e penitência foram se tornando menos agressivos e hoje apesar de ainda serem vendidos são objetos que apenas trazem incômodo, raramente machucam ou espetam quem os usa.

Diante desta situação se pensa o porquê diante de tantas outras maneiras de redimir seus erros, a sociedade optou por se martirizar, se punir de tal forma. Supostamente se pressupõe que seja exatamente ao fato de que Jesus teria feito apologia ao uso deste mecanismo, embora se seguissem seus ensinamentos não haveriam punições. O fato de que vários santos, papas, padres usaram este recurso para se punir de seus pecados, também pode ter servido como um exemplo de como as pessoas também deveriam agir na sociedade caso cometessem algum pecado.

Com o passar dos anos essa prática foi deixada de lado pela sociedade e pela Igreja, salvos casos isolados. Se conclui que, de certa forma, o ser humano pode fazer muito mais fazendo algo em pró de quem precisa(caso queira pagar isso como penitência) do que se auto-torturar. A sociedade já aceitou isso e recriminou o uso da mortificação.

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