Pecado original: análise, teológico
Trabalho acadêmico: Pecado original: análise, teológico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: PatricOliveira • 18/1/2015 • Trabalho acadêmico • 10.075 Palavras (41 Páginas) • 490 Visualizações
FACULDADE DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA FAMA
CURSO LIVRE DE TEOLOGIA
HAMARTIOLOGIA
Sumário
Introdução
Capítulo 1
O Começo do Pecado
Capítulo 2
O Pecado Original: uma Análise Bíblica
2.1. Solidariedade
2.2. Corrupção
2.3. A pecaminosidade de todos
2.4. Ser merecedor de castigo
2.5. A salvação das crianças
2.6. O paralelo entre Adão e Cristo
2.7. Nem todos são iguais a Adão
2.8. O pecado de um só homem
2.9. A terra amaldiçoada
2.10. A impecabilidade de Cristo
2.11. A justiça de Deus
Capítulo 3
Pecado Original: uma Análise, Teológica
3.1. Conceitos judaicos
3.2. O agnosticismo
3.3. O pelagianismo
3.4. O semipelagianismo
3.5. A transmissão natural ou genética
3.6. A imputação mediada
3.7. O realismo
3.8. O federalismo
3.9. Uma teoria integrada
Capítulo 4
Existência e Definições do Pecado
Capítulo 5
Características do Pecado
Capítulo 6
Força Extensão do Pecado
Capítulo 7
Consequências do Pecado
Introdução
O ensino bíblico a respeito do pecado apresenta nitidamente dupla face: a depravação abissal da humanidade e a sobrepujante glória de Deus. A sombra do pecado está sobre cada aspecto da existência humana.
Fora de nós, o pecado é um inimigo que seduz; por dentro, compele-nos ao mal, como parte de nossa natureza caída. Nesta vida, o pecado é intimamente conhecido, ainda que permaneça estranho e misterioso. Promete a liberdade, mas escraviza, produzindo desejos que não podem ser satisfeitos.
Quanto mais nos debatemos para escapar ao seu domínio, tanto mais inextricavelmente nos enlaça. Compreender o pecado nos ajuda no conhecimento de Deus, porém o pecado distorce até mesmo nosso conhecimento do próprio-eu. Mas se a luz da iluminação divina consegue penetrar essas trevas, e não somente as trevas mas também a própria luz, então poderão ser melhor analisadas.
Percebe-se a importância prática do estudo do pecado na sua gravidade. O pecado é contra Deus. Afeta a totalidade da criação, inclusive a humanidade. Até mesmo o menor dos pecados pode provocar o juízo eterno. E o remédio para o pecado é nada menos que a morte de Cristo na cruz. Os resultados do pecado abrangem todo o terror do sofrimento e da morte. Finalmente, as trevas do pecado demonstram (num contraste nítido e terrível) a glória de Deus.
A importância prática do estudo da natureza do pecado também pode ser percebida no seu relacionamento com outras doutrinas. O pecado distorce todos os conhecimentos e lança dúvidas sobre eles. Ao defendermos a fé cristã, defrontamos com um dilema ético: como pode existir o mal no mundo governado por um Deus onipotente e inteiramente bom?
O estudo da natureza divina deve considerar o controle providencial de Deus sobre um mundo amaldiçoado pelo pecado. O estudo do Universo deve descrevê-lo como tendo sido criado bom, mas que agora geme, ansiando pela redenção. O estudo da humanidade deve considerar a natureza humana, que se tornou grotescamente desumana e desnaturada.
A doutrina de Cristo depara-se com a pergunta de como a natureza plenamente humana do Filho de Deus, nascido de uma virgem, pode ser totalmente impecável. O estudo da salvação deve declarar não somente para qual destino a humanidade é salva, mas também de qual destino foi resgatada. A doutrina do Espírito Santo deve considerar a convicção e a santificação, levando em conta a carne pecaminosa. A doutrina eclesiástica deve adaptar seu ministério a essa humanidade distorcida pelo pecado, dentro e fora da Igreja. O estudo dos tempos do fim precisa descrever, e também defender, o juízo divino contra os pecadores ao mesmo tempo em que aponta o fim do pecado. Finalmente, cabe à teologia praticar, evangelizar, aconselhar, educar, governar a Igreja, influir na sociedade e encorajar a santidade a despeito do pecado.
O estudo do pecado, entretanto, apresenta muitas dificuldades. É revoltante, pois focaliza a fealdade grosseira do pecado generalizado e flagrante e o logro sutil do secreto e pessoal. A sociedade pós-cristã de hoje reduz o pecado a sentimentos ou atos, desconhecendo ou rejeitando totalmente o mal. Mais insidiosamente, o estudo do pecado é frustrado pelo próprio mal, uma vez que este é irracional por natureza. O número de conceitos extrabíblicos é imenso. A despeito de não serem bíblicos, estudá-los é importante porque nos permite:
1. pensar mais clara e biblicamente a respeito do Cristianismo;
2. defender melhor a fé e elaborar uma crítica mais correta dos outros sistemas;
3. avaliar mais criticamente as novidades em psicoterapias, programas políticos, abordagens educacionais, e assim por diante;
4. ministrar de modo mais eficaz aos crentes e não-crentes que mantêm essas e outras idéias antibíblicas.
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