Pentateuco I
Exames: Pentateuco I. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joao1969 • 1/3/2015 • 3.092 Palavras (13 Páginas) • 608 Visualizações
ANTIGO TESTEMENTO I – PENTATEUCO
Prof. MSc. Hamilton Jeremias
Livro de Genesis
O livro de Gênesis constitui a primeira seção da Tora ou livro da Lei. Em Hebreu este livro é chamado Bereshith, (no começo), vocábulo derivado das palavras iniciais do livro. O nome português originou-se da Septuaginta (grego=génesis), por intermédio da Vulgata Latina. Em conformidáde com o conteúdo do livro, o vocábulo «gênesis» significa «começo»
Há um número de problemas que se relacionam com o Livro de Gênesis que são tratados em artigos separados. Estes artigos, além de examinar os problemas, acrescentam muitas informações sobre os assuntos do livro. Talvez a maior dificuldade do livro seja a historicidade dos acontecimentos narrados, antes do tempo de Abraão. Ver Cosmogonia, Cosmologia, Criação, Antediluvianos, Dilúvio, Éden, Cronologia e Adão.
Esboço:
I. Importância do Livro
II. Composição
III. Conteúdo
IV. Teologia
V. Descobertas Arqueológicas
VI. Considerações Finais
I. Importância do Livro
A importância do livro de Gênesis tem sido acentuada do ponto de vista de três aspectos principais: teológico, literário e histórico.
1. Teológico. O livro de Gênesis contém grande teologia e deve ser considerado como o «começo de toda teologia». Os principais conceitos de Deus como um ser supremo, onipotente, e extremamente sábio, são introduzidos neste livro. Gênesis oferece também um tratamento teológico às questões da origem do mundo, origem do homem, origem do pecado, e aos problemas da queda do homem do estado de graça, do plano de redenção, do julgamento e da providência divina. O livro narra como um remanescente da raça humana foi providencialmente poupado e preparado de maneira tal a permitir o crescimento do plano de redenção, sob a direção do Pai, para toda a humanidade.
2. Literário. O livro de Gênesis é considerado uma das grandes obras literárias de todas as épocas. Seu autor descreve as atividades de Deus como guia da criação e da história de maneira vigorosa. Os contos individuais, verdadeiras obras-primas de narrativas interessantes e intensas, são entrelaçados inteligentemente, não prejudicando assim a unidade do tema. O livro segue um plano lógico e em geral evita detalhes desnecessários. Seus personagens são apresentados não como figuras mitológicas mas como seres humanos reais, passíveis de faltas e de virtudes. Quem escreveu Gênesis observou a vida de duas perspectivas: exterior e interior. Do lado exterior ele considerou as coisas materiais; do lado interior ele considerou os desejos, as ambições, as alegrias, as tristezas, o amor e o ódio. — Os assuntos tratados no livro incorporam uma rara combinação do simples com o complexo. Temas vitais para o homem envolvendo suas mais profundas necessidades e aspirações, são tratados de maneira extremamente simples, quase infantil. Este fato é importante no sentido de que a mensagem do livro pode ser captada até mesmo pelos menos instruídos.
A importância literária desse livro é ainda ressaltada pelas freqüentes referências feitas a ele nos outros livros das Escrituras. Segundo afirmam alguns, Gênesis é o alicerce mesmo dos outros livros do Pentateuco.
3. Histórico. Como história, os primeiros capítulos de Gênesis ilustram somente o status da cosmologia hebraica daquela época. Do capítulo 12 em diante, por outro lado, o caráter histórico do livro é fortalecido. A autenticidade da história patriarcal e do autor é evidente nesses capítulos. Nem as falhas na história de Abraão, nem os pecados crassos dos filhos de Jacó (dentre os quais os pecados de Levi, o progenitor da raça sacerdotal), foram ocultados.
O mesmo autor cujos princípios morais são tão censurados pelos antagonistas de Gênesis, com relação ao relato sobre a vida de Jacó, produz na história de Abraão, uma figura de grandeza moral que somente poderia ter-se originado em fatos reais.
A fidelidade do autor se manifesta principalmente:
1. na descrição da expedição dos reis da Alta Ásia para a Ásia Ocidental;
2. nos relatos a respeito da pessoa de Melquisedeque (Gên. 14);
3. na descrição dos detalhes circunstanciais envolvidos na compra de um cemitério hereditário (Gên. 23);
4.na genealogia das tribos árabes (Gên. 25);
5. na genealogia de Edom (Gên. 36);
6. e nos impressionantes detalhes que são entretecidos com as narrativas gerais.
Na história de José a história patriarcal entra em contato com o Egito; e quanto asnarrativas fornecidas pelos escritores clássicos antigos, bem como os monumen¬tos do Egito, acrescentam esplêndidas confirmações. Por exemplo, o relato apresentado em Gên. 47:13-26 descrevendo como os Faraós se tornaram proprietários de todas as terras, exceto aquelas pertencentes aos sacerdotes, é confirmado pelos escritos de Heródoto (11.109), e de Diodoro Sículus (1.73). O método de embalsamamento descrito em Gênesis 1 concorda inteiramente com a descrição de Heródoto (11.84).
Submetendo-se o livro de Gênesis a um exame minucioso, outros dados similares podem ser encon¬trados. Do ponto de vista crítico, Gênesis é considerado uma fonte primária da história antiga.
II. Composição
A unidade de composição não só do livro de Gênesis, mas de todos os livros do Pentateuco, tem sido um tema controvérsia entre os críticos. O caso de Gênesis tem sido particularmente investigado, e como a questão da unidade do livro está intimamente relacionada com o problema de autoria, apresenta¬remos a seguir, duas Unhas principais de pensamento sobre o assunto: 1. o ponto de vista conservativo, 2. o ponto de vista crítico.
1. Ponto de Vista Conservativo. A teoria conservativa reivindica que o livro de Gênesis foi recebido por Moisés como revelação direta de Deus, pois Moisés evidentemente tinha contatos imediatos com Deus. Defendendo a teoria da autoria mosaica os conservativos oferecem os seguintes argumentos:
a. Considerando as evidências internas que provam que Moisés escreveu pelo menos algumas porções dos livros do Pentateuco,
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