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Primavera Árabe - Resenha

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Por:   •  7/12/2014  •  622 Palavras (3 Páginas)  •  412 Visualizações

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GAE 254 - Modelos de Democrácia

Resenha feita com base no artigo: A Primavera Árabe no Norte de África origens e perspectivas de futuro. - George Joffé.

http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/ri/n30/n30a06.pdf

Aluno: Lucian Lorran F. Souza

Resenha do Artigo.

A recente crise que se iniciou Norte de África em 2011 muitas vezes é explicada pela crise global do preço dos alimentos e o desemprego que atinge a população jovem dos países norte africanos, porém, as evidências mostram que a verdadeira causa das insurreições na Tunísia, Egito e Líbia foi o desprezo e a repressão com que os regimes de Mubarak, Bem Ali e Kadhafi trataram os povos que governavam.

As consequências dessa combinação de fatores do seu insucesso é a insatisfação econômica, que se podem traduzir em rejeição política.

No caso dos países do norte do continente africano a democracia continha em si o potencial para a tirana. Os autores citados no artigo em questão nomearam os modelos políticos do norte da África de “Democracia Ilberal”. Foi através dessa democracia iliberal que os regimes autocráticos protegiam o seu poder. No mundo árabe existe uma combinação fatores que estão interligados (institucionais, econômicos, ideológicos, sociais e geoestratégicos) que forneceram a base para a repressão e ao mesmo tempo a base para a abertura parcial.

Sendo assim aqueles que eram as a oposição a esse modelo iliberal podia ser manipuladas para afastar alternativas verdadeiramente democráticas de modo a preservar a ilusão formal da democracia.

Enquanto os países do Golfo possuíam os lucros do petróleo para comprar a insatisfação política da sua população os demais países árabes não possuíam e encontraram nesse modelo de uma falsa democracia uma escolha consciente para assegurar a vida do regime e usavam esse modelo também para compensar a falta de recursos alternativos, que só uma autocracia plenamente assumida poderia manter.

Dentro do modelo político desses países que fizeram parte da “Primavera Arabe” podia se encontrar alguns pequenos espaços de liberdade, tais como a existência de diversos partidos políticos, desde que não contestem os regimes existentes, assim como as instituições que se desenvolvem atividades para tentar atingir objetivos da sociedade civil, e os indivíduos possuem liberdades individuais restritas.

Há um elo em comum entre os países analisados no artigo, em todos os países em questão surgiram organizações autônomas, não controladas formalmente pelo Estado, e que podiam dedicar-se essencialmente às preocupações sociais e políticas. Assim sendo, embora o Estado pudesse deter o controlo sobre este espaço social parcialmente liberalizado, também permitia que houvesse ações autônomas.

Esse aspecto é muito importante pois ele criou a possibilidade para que essas organizações se tornassem agentes de contestação social, podendo desafiar diretamente os regimes autocráticos que tentavam reprimi-los.

Os movimentos sociais são, portanto, desafios coletivos à autoridade. Estes são o produto de sociedades em transformação e são facilitados pelos fenômenos

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