Quem é Deus

Introdução

O trabalho à seguir aborda o tema: “Quem é Deus, e quais os seus atributos”. A Bíblia não busca comprovar a existência de Deus; pelo contrário, ela declara a existência de Deus. No decorrer da leitura deste trabalho iremos compreender quem é Deus e quais os seus atributos à luz da bíblia.

Deus é um espírito e sua palavra é bem clara com relação à esta questão, em Jo 4:24 diz que “Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”. Sendo espírito Deus não pode ser comparado ao ser humano; pois o espírito não se degenera, não acaba e não tem nenhum tipo de mistura. Deus é puro, santo, poderoso, justo, imutável, infinito, bondoso, verdadeiro. O Senhor é vivo (Jo 10:10); Ele se comunica com homem (Ex 20:18-20); tem vida em si mesmo (Jo 5: 26).

Deus é onipresente:

Ele é o único que está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. O salmista afirma que, não importa para onde formos Deus está ali (Sl 139.7-12; cf. Jr 23.23,24; At 17.27,28). O Senhor observa todas ações do ser humano.

Deus é onisciente:

Deus sabe de todas as coisas (Sl 139.1-6; 147.5), conhece nosso procedimento inclusive nossos pensamentos (1Sm 16.7; 1 Rs 8.39; Sl 44.21; Jr 17.9,10). O Senhor conhece a condição de todas as coisas (Is 42.9; At 2.23; 1Pe 1.2), e todos acontecimentos passado, presente e futuro (1Sm 23.10-13; Jr 38.17-20). A presciência de Deus não subentende determinismo filosófico. Deus é soberano para tomar decisões e alterar seus propósitos no tempo e na história, conforme a sua vontade e sabedoria. Deus não é limitado à sua própria presciência (ver Nm 14.11-20; 2Rs 20.1-7).

Deus é onipotente:

Ele detém todo poder e autoridade sobre todas as coisas e criaturas da Terra o Senhor é todo poderoso (Sl 147.13-18; Jr 32.17; Mt 19.26; Lc 1.37). Isso não quer dizer que Deus use todo o seu poder e autoridade em todos os momentos. Por exemplo, Deus tem poder para exterminar totalmente o pecado. Mas decidiu não o fazer até o final da história humana (ver 1Jo 5.19). Em muitos casos, Deus limita o seu poder, quando o emprega através do seu povo (2Co 12.7-10); neste caso, o seu poder depende do nosso grau de entrega e de submissão a Ele (ver Ef 3.20)

Deus é transcendente:

O Senhor é diferente e independente da sua criação (ver Êx 24.9-18; Is 6.1-3; 40.12-26; 55.8,9). Seu ser e sua existência são infinitamente maiores e mais elevados do que a ordem por Ele criada (1Rs 8.27; Is 66.1,2; At 17.24,25). Ele subsiste de modo absolutamente perfeito e puro, muito além daquilo que Ele criou. Ele mesmo é incriado e existe à parte da criação (ver 1Tm 6.16 nota). A transcendência de Deus não significa, porém, que Ele não possa estar entre o seu povo como seu Deus (Lv 26.11,12; Ez 37.27; 43.7; 2Co 6.16).

Deus é eterno:

Ele é de eternidade a eternidade (Sl 90.1,2; 102.12; Is 57.12). Nunca houve nem haverá um tempo, nem no passado nem no futuro, em que Deus não existisse ou que não existirá; Ele não está limitado pelo tempo humano (cf. Sl 90.4; 2Pe 3.8), e é, portanto, melhor descrito como “EU SOU” ( Êx 3.14; Jo 8.58).

Deus é imutável:

Deus nunca muda sua natureza nem seus atributos Ele é o mesmo sempre (Nm 23.19; Sl 102.26-28; Is 41.4; Ml 3.6; Hb 1.11,12; Tg 1.17). Isso não significa, porém, que Deus nunca altere seus propósitos temporários diante das atitudes tomadas pelo homem. Ele pode, por exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero dos pecadores (cf. Jn 3.6-10). Além disso, Ele é livre para atender as necessidades do ser humano e às orações do seu povo. Em vários casos a Bíblia fala de Deus mudando uma decisão como resultado das orações perseverantes dos justos (e.g., Nm 14.1-20; 2Rs 20.2-6; Is 38.2-6; Lc 18.1-8)

Deus é perfeito e santo:

Ele é absolutamente isento de pecado e perfeitamente justo (Lv 11.44,45; Sl 85.13; 145.17; Mt 5.48). Adão e Eva foram criados sem pecado (cf. Gn 1.31), mas com a possibilidade de pecarem. Deus, no entanto, não pode pecar (Nm 23.19; 2Tm 2.13; Tt 1.2; Hb 6.18). Sua santidade inclui, também, sua dedicação à realização dos seus propósitos e planos.

Deus é trino e uno:

O Senhor é apenas um (Dt 6.4; Is 45.21; 1Co 8.5,6; Ef 4.6; 1Tm 2.5), manifesto em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (e.g., Mt 28.19; 2Co 13.14; 1Pe 1.2). Cada pessoa é plenamente divina, igual às duas outras; mas não são três deuses, e sim um só Deus (ver Mt 3.17 nota; Mc 1.11 nota).

ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS

Muitas características do Deus único e verdadeiro, especialmente seus atributos morais, têm certa similitude com as qualidades humanas; sendo, porém, evidente que todos os seus atributos existem em grau infinitamente superior aos humanos. Por exemplo, embora Deus e o ser humano possuam a capacidade de amar, nenhum ser humano é capaz de amar com o mesmo grau de intensidade como Deus ama. Além disso, devemos ressaltar que a capacidade humana de ter essas características vem do fato de sermos criados à imagem de Deus (Gn 1.26,27); noutras palavras, temos a sua semelhança, mas Ele não tem a nossa; o Senhor não é como nós pois, Ele é puro, santo e verdadeiro em todo tempo.

Deus é bom:

(Sl 25.8; 106.1; Mc 10.18). Tudo quanto Deus criou originalmente era bom, era uma extensão da sua própria natureza (Gn 1.4,10,12,18,21,25,31). Ele continua sendo bom para sua criação, ao sustentá-la, para o bem de todas as suas criaturas (Sl 104.10-28; 145.9); Ele cuida até dos ímpios (Mt 5.45; At 14.17). Deus é bom, principalmente para os seus, que o invocam em verdade (Sl 145.18-20).

Deus é amor:

(1Jo 4.8). Seu amor é altruísta, pois abraça o mundo inteiro, composto de humanidade pecadora (Jo 3.16; Rm 5.8). A manifestação principal desse seu amor foi a de enviar seu único Filho, Jesus, para morrer em lugar dos pecadores (1Jo 4.9,10). Deus ama como um pai àqueles que estão reconciliados com Ele por meio de Jesus (Jo 16.27 ).

Deus é misericordioso e clemente:

(Êx 34.6; Dt 4.31; 2Cr 30.9; 'Sl 103.8; 145.8; Jl 2.13)