RELIGIÃO PRIMÁRIA
Relatório de pesquisa: RELIGIÃO PRIMÁRIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: catileia • 6/10/2014 • Relatório de pesquisa • 1.307 Palavras (6 Páginas) • 174 Visualizações
A RELIGIÃO primitiva teve uma origem biológica, um desenvolvimento evolucionário natural, independentemente das conjunções morais e de todas as influências espirituais. Os animais, mesmo os superiores, têm medos, mas não têm ilusões e, conseqüentemente, nenhuma religião. O homem cria as suas religiões primitivas dos próprios temores e por meio das suas ilusões.
(944.2) 85:0.2 Na evolução da espécie humana, a adoração, nas suas manifestações primitivas, apareceu muito antes que a mente do homem fosse capaz de formular os conceitos mais complexos de vida os quais agora, e futuramente, merecem ser chamados de religião. A religião primitiva tinha uma natureza totalmente intelectual e era baseada inteiramente em circunstâncias de relacionamento. Os objetos da adoração eram sempre sugestivos; consistiam de coisas da natureza que estavam à mão, ou ocupavam lugar bem comum na experiência dos urantianos primitivos de mentes simples.
(944.3) 85:0.3 Quando evoluiu além da adoração da natureza, a religião adquiriu raízes de origem espiritual; entretanto, foi ainda sempre condicionada pelo ambiente social. À medida que se desenvolveu a adoração da natureza, o homem imaginou conceitos de uma divisão do trabalho para o mundo supramortal; havia espíritos da natureza para os lagos, árvores, cachoeiras, chuva e centenas de outros fenômenos terrestres comuns.
(944.4) 85:0.4 Em uma época ou em outra, o homem mortal adorou tudo sobre a face da Terra, incluindo a si próprio. E adorou também tudo o que fosse imaginável, no céu e sob a superfície da Terra. O homem primitivo temia todas as manifestações de poder; e adorou a todos os fenômenos naturais que não podia compreender. As forças naturais poderosas, tais como as tempestades, enchentes, terremotos, deslizamentos de terra, vulcões, fogo, calor e frio, como observadas pelo homem, impressionaram em muito a sua mente em expansão. As coisas inexplicáveis da vida ainda são chamadas de “atos de Deus” e de “dispensações misteriosas da Providência”.
1. A Adoração de Pedras e Montanhas
(944.5) 85:1.1 O primeiro objeto a ser adorado pelo homem em evolução foi uma pedra. Hoje, o povo Kateri, do sul da Índia, ainda adora uma pedra, como o fazem numerosas tribos no norte da Índia. Jacó dormiu sobre uma pedra porque ele a venerava; e até mesmo a ungiu. Raquel escondia um bom número de pedras sagradas na sua tenda.
(944.6) 85:1.2 As pedras impressionaram o homem primitivo, primeiro, por serem extraordinárias, em vista do modo pelo qual tão subitamente apareciam na superfície de um campo cultivado ou um pasto. Os homens não levavam em conta a erosão, nem os resultados dos arados sobre o solo. As pedras também impressionaram muito aos povos primitivos, pela sua freqüente semelhança com animais. A atenção do homem civilizado detém-se em numerosas formações de pedras, nas montanhas que tanto se assemelham às faces de animais e mesmo de homens. Contudo, a influência mais profunda foi exercida pelos meteoros, os quais os humanos primitivos viam entrar na atmosfera, em uma grandiosidade flamejante. A estrela cadente era atemorizante para o homem primitivo, que acreditava com facilidade que aqueles riscos flamejantes marcavam a passagem de um espírito a caminho da Terra. Não é de causar surpresa que os homens fossem levados a adorar tais fenômenos, especialmente quando descobriram subseqüentemente os meteoros. E isso levou a uma reverência ainda maior a todas as outras pedras. Em Bengala muitos adoram um meteoro que caiu na Terra em 1 880 d.C.
(945.1) 85:1.3 Todos os clãs e tribos antigas tiveram as suas pedras sagradas; e a maior parte dos povos modernos manifesta uma certa veneração por alguns tipos de pedras — as suas jóias. Um grupo de cinco pedras foi reverenciado na Índia; na Grécia, um agrupamento de trinta delas; em meio aos homens vermelhos, era comum um círculo de pedras. Os romanos sempre atiravam uma pedra para o ar, quando invocavam Júpiter. Na Índia, até hoje, uma pedra pode ser usada como testemunha. Em algumas regiões, uma pedra pode ser empregada como um talismã da lei, e um transgressor pode ser levado ao tribunal pelo seu prestígio. Todavia, os simples mortais nem sempre identificam a Deidade com um objeto reverenciado com cerimônia. Tais fetiches são, muitas vezes, meros símbolos do objeto real da adoração.
(945.2) 85:1.4 Os antigos tinham uma consideração peculiar pelos orifícios nas pedras. Supunha-se que as rochas porosas fossem inusitadamente eficazes para curar doenças. As orelhas não eram perfuradas para o porte de pedras, mas as pedras eram colocadas ali para manter os furos das orelhas abertos. Mesmo nos tempos modernos, as pessoas supersticiosas fazem furos nas moedas. Na África, os nativos fazem grande alarde dos seus fetiches pelas pedras. De fato, em meio a todas as tribos e povos atrasados, as pedras são ainda mantidas sob uma veneração supersticiosa. A adoração das pedras ainda agora se encontra muito disseminada por todo o mundo. A pedra tumular é um símbolo sobrevivente de imagens e ídolos esculpidos, em vista das crenças nos fantasmas e espíritos
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