Reforma Protestante
Trabalho Escolar: Reforma Protestante. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ludasilva • 25/3/2014 • 1.430 Palavras (6 Páginas) • 826 Visualizações
A Reforma Protestante e a Contrarreforma Católica
A REFORMA PROTESTANTE
A Reforma Protestante foi um movimento religioso de contestação à Igreja Católica, que resultou na fragmentação da unidade cristã e na origem do protestantismo.
Durante o século XVI, no processo de difusão da Reforma Protestante, houve uma grande diversidade entre os movimentos religiosos reformadores. Ao mesmo tempo em que compartilhavam pontos em comum como a crítica e ruptura com a Igreja Católica, os grupos protestantes se diversificaram, espalhando-se por diferentes regiões da Europa e defendendo doutrinas distintas.
O contexto histórico que justifica o surgimento de críticas à Igreja Católica está em ações que a afastavam da atitude religiosa, apontando para um interesse maior deste setor na economia e na política. A Igreja cobrava impostos da sociedade, muitos padres e religiosos descumpriam os celibatos e ganhavam cargos por nomeação, as indulgências justificavam a compra do perdão e uma vaga no céu, e o papa colecionava relíquias religiosas. Além disso, a Bíblia escrita em latim dificultava a compreensão e leitura da população comum, ficando restrita entre os religiosos. Mesmo que a grande maioria da população fosse analfabeta, a frequência na Igreja era um ato obrigatório, no entanto as missas realizadas em latim dificultavam a compreensão dos sermões pela maioria da população.
As ideias que surgiram com o Renascimento, que criticavam o teocentrismo, repercutiram em um olhar diferente sobre as ações da Igreja Católica. Os humanistas contestavam o domínio cultural do clero, o que contribuiu para o surgimento de ideias revolucionárias.
No início do século XVI, na Alemanha, Martin Lutero (1483-1546), então padre da Igreja de Wittenberg, acreditava na importância da tradução da Bíblia como forma de difundir a palavra de Deus. Com isso, Lutero desqualificava a Igreja como instituição que poderia explicar e esclarecer a bíblia. Esta ideia abriu as portas para que Lutero passasse a refletir sobre os demais comportamentos da Igreja Católica formulando críticas que questionavam a compra do perdão pelas indulgências, a hierarquia eclesiástica e falta de estudo da maioria dos clérigos.
Imagem de Martinho Lutero
Criticando a teoria da predestinação da alma e defendendo a salvação pela fé, Lutero m 1517 fixou na porta da Igreja de Wittenberg as “95 teses”, esperando ao tornar suas ideias públicas e receber o apoio do papa. Seu objetivo era que com as criticas a Igreja se reformasse, porém a atitude do papa foi de censura as ideias de Lutero. Em 1520 o papa Leão X excomungou Lutero sob acusação de heresia, Em 1521, o Imperador católico Carlos V solicitou a presença de Lutero na Dieta de Worms, onde foi absolvido e refugiado no Castelo de Wathburg. Neste período Lutero inicia o processo de tradução da bíblia do latim para o alemão. Lutero manteve suas crenças e suas ideias chegaram aos camponeses onde tiveram inicio uma série de conflitos.
Lutero na Dieta de Worms.
Camponeses liderados por Thomas Muntzer, conhecidos como anabatistas, criticavam a obrigatoriedade do batismo aos o nascimento. Para eles o batismo deveria ser uma decisão mais madura, o que para Igreja era heresia. Os homens não batizados, segundo a religião católica não obtinham a salvação. O movimento radical de Muntzer foi criticado por Lutero, e contido. Os exércitos Sacro Império germânico acabaram com a rebelião.
Lutero contava com o apoio de parte da nobreza, o que evitou que Lutero fosse levado pela Inquisição e condenado à morte. O apoio da nobreza em parte se deu pelo fato da ideologia protestante considerar que qualquer um pudesse difundir a palavra de Deus e criar a sua própria Igreja. Esta ideia foi utilizada por muitos monarcas como forma de reforçar o poder absolutista e dominar ao mesmo tempo a Igreja e o Estado.
Em 1555 foi decretado a Paz de Augsburgo, onde cada príncipe pode ter o direito de escolher sua religião, bem como seus súditos.
Abaixo seguem os fundamentos doutrinários da Igreja Protestante:
• Escrituras sagradas como único dogma e religião;
• Fé como única fonte de salvação;
• Supressão do clero regular, do celibato e das imagens;
• Livre interpretação da bíblia;
• Cultos feitos em idioma nacional e não mais em Latim;
• Submissão da Igreja ao Estado;
• Dois Sacramentos: Batismo e Eucaristia.
O CALVINISMO:
Ocorrido com o desdobramento da Reforma Luterana, o movimento Calvinista foi uma das principais religiões surgidas durante a Reforma Protestante. O teólogo francês João Calvino (1509 – 1564) foi um dos responsáveis pela expansão do pensamento reformado na Suíça que logo se desenvolveu na Europa.
João Calvino (criador da teoria da Predestinação Absoluta)
Segundo Calvino, o principio da predestinação absoluta seria o responsável por explicar o destino dos homens na terra. Tal princípio defendia que de acordo com a vontade de Deus, alguns escolhidos teriam direito à salvação eterna a partir do trabalho que conduziria a uma vida materialmente próspera. Este ideal atraiu muitos burgueses, que durante a hegemonia católica eram considerados pecadores por crime de usura e pela ambição econômica. Alguns dos fundamentos doutrinários do calvinismo são: os dogmas estavam baseados no cristianismo, possuem apenas dois sacramentos o batismo e a eucaristia, e Condenavam a adoração a imagens. Esta doutrina encontra-se alicerçada espiritualmente no capitalismo, estimulando o lucro e o trabalho.
ANGLICANISMO
Esse movimento reformista se iniciou na Inglaterra, quando o rei Henrique VIII (1491 – 1547) rompeu com a Igreja Católica e declarou a autonomia da igreja Inglesa.
O monarca e a Igreja já tinham uma relação pouco harmoniosa quando, no ano de 1527, o rei inglês exigiu que o papa anulasse
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