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Reforma Protestante

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Por:   •  18/5/2014  •  7.208 Palavras (29 Páginas)  •  726 Visualizações

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A Reforma Protestante e a necessidade de uma nova educação – o laicismo

A influência da Reforma Protestante e a contribuição de Martinho Lutero na consolidação da escola laica

Resumo: Este trabalho trata dos valores humanos e da formação de futuros bons cidadãos. Mostra o quanto é necessário trabalhar os valores em sala de aula, estimular a prática da cidadania e cultivar a cooperação entre as crianças no ambiente escolar, considerando seu desenvolvimento. Para isso, propõe os jogos cooperativos como um caminho, a fim de auxiliar a promoção da convivência e do bem-estar comum, contribuindo principalmente para a melhoria do meio em que vivemos.

Este artigo analisa a relação entre Estado e Educação durante o movimento da Reforma Protestante do século XVI, enfatizando as ações de Martinho Lutero. Em um contexto em que a educação era organizada e mantida somente pela Igreja, Lutero propõe alterações tanto no que se refere à organização de um sistema educacional, quanto aos princípios e fundamentos da educação, defendendo que esta seja para todos, de frequência obrigatória e mantida pelo Estado. É sobretudo o caráter estatal atribuido à educação escolar que se pretende destacar, analisando, para isso, a formação do conceito de Estado para Lutero, bem como para sua época, e sua posição estabelecida diante das e com as autoridades seculares, ressaltando as contribuições que apresentou para que a educação constituísse um dever do Estado e um direito de todos os cidadãos.

Palavras chave: Martinho Lutero. Reforma Protestante. Educação.

Introdução

Nos dias atuais, ao se falar sobre o direito à educação, logo surgem à mente algumas características intrínsecas a esse debate, como o fato de que ela deve ser para todos e oferecida gratuitamente, obrigatória sua frequência em determinado nível de ensino e de que cabe ao Estado se responsabilizar pela sua oferta e manutenção. Nesse sentido, é ampla a produção científica sobre o direito à educação mediante a vertente de análise da educação como um direito social, que teria surgido como fruto da Revolução Francesa, no século XVIII. Entretanto, apesar dos princípios de universalidade, gratuidade, laicidade e obrigatoriedade que compõem este direito como o que se concebe hoje serem muitas vezes apresentados como conquista da Revolução Francesa (Lopes, 1981), é possível encontrar em um período anterior muitas das suas características.

Sendo assim, o objetivo desta análise é contribuir para a ampliação do debate sobre as origens do direito à educação, discutindo a emergência da educação como uma responsabilidade do Estado, a partir de seus interesses (raison d'Etat1).

Para produzir tal debate, ainda incipiente no Brasil, buscou-se analisar o movimento da Reforma Protestante do século XVI e, especificamente, as ações de Martinho Lutero como o grande propulsor da defesa do Estado, como o responsável pela educação escolar. A bibliografia pesquisada tem como base os próprios escritos de Lutero. Podem-se encontrar muitas obras produzidas no Brasil, ou traduzidas para a língua portuguesa, sobre esse movimento e personagem, mas em geral são trabalhos de cunho confessional-apologético, sendo raros os de caráter acadêmico.

A fonte principal para estas análises são os trabalhos do próprio Lutero, bem como os dos historiadores da educação e demais autores, muitos dos quais alemães, norte-americanos e ingleses; o estudo das demais produções sobre o assunto procurou atentar para que as publicações de caráter confessional e proselitista não interferissem no sentido acadêmico do trabalho.

Ao discutir a origem do papel do Estado no que diz respeito ao direito à educação, é necessário resgatar a atuação da Igreja Católica quanto à oferta da educação escolar, visto ter sido esta, desde o século V, a responsável por oferecer instrução com o objetivo de formar crianças e jovens com aspirações à vida religiosa. A relação de interdependência entre Igreja e Educação, que se intensifica ainda mais durante a Idade Média, acaba, no transcorrer do século XVI, passando por um processo de intensas transformações, tendo o movimento protestante contribuído amplamente para essas mudanças.

O trabalho busca analisar as propostas de Lutero para a educação escolar da época; proposta estas que acabaram envolvendo a relação estabelecida entre Igreja, Estado e Educação.

Para isso, buscou-se inicialmente contextualizar a Reforma Protestante, bem como analisar alguns fatores que contribuíram para o seu desencandeamento, quer sejam de ordem religiosa ou secular; Após um panorama sobre a Reforma, optou-se por apresentar esse homem chamado Lutero, sua formação e trajetória eclesiástica e acadêmica; Ainda nessa parte, inicia-se uma reflexão sobre a atuação de Lutero como educador. Para situar as propostas educacionais de Lutero, bem como sua pessoa enquanto reformador, buscou-se compreender o que foi o movimento da Reforma Protestante mediante pesquisa bibliográfica.

No capitulo 3, aborda-se de maneira mais aprofundada a relação de Lutero com a Educaçõa

Para entendermos a ligação entre educação e protestantismo precisamos compreender como se deu o surgimento do último. Neste sentido, buscamos O primeiro capítulo aborda o surgimento de uma Igreja Reformada e a introdução do seu pensamento nas terras brasileiras.

Quando estudamos educação religiosa precisamos entender os dogmas que envolvem a religião em questão para que possamos ter uma verdadeira compreensão da mesma. Logo, no segundo capítulo, tratamos de explicitar os dogmas da Igreja Protestante, buscando aí, as bases nos dando base para que possamos entender a sua ética e o seu comportamento.

O capítulo de número três relata exatamente a ligação entre protestantismo e educação, no Brasil e no mundo, tentando trazer ao leitor um panorama geral do histórico da criação dessa escola renovada. Essa parte do estudo tenta demonstrar como essas escolas não eram apenas meras instituições educacionais, mas sim o meio que os missionários encontraram para evangelizar e pregar suas doutrinas.

O último capítulo da pesquisa tem por finalidade apresentar as primeiras escolas protestantes brasileiras que surgiram e contar um pouco da sua implantação. Ele traz também algumas das principais características e inovações implantadas nessas instituições educacionais, apresentando o impacto que isso causou na sociedade da

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