Religioso

Universidade Metodista de São Paulo

Polo Mauá

NOME DO ALUNO:.EDINALDO MANOEL DA FONSECA

N° de Matricula: 229191

Curso:Teologia-Período 2

Faculdade de Teologia – Avaliação Modular Complementar (I):

História do Cristianismo Moderno e contemporâneo

Tremendum e Numinoso

Tremendum e Numinoso

Mediante os conteúdos expositivos sobre a ideologia de Rudolf Otto, vemos o entrelaçamento da racionalidade e não-racionalidade. Para Otto, ambas são essenciais para o homem religioso. Assim, o homem encontra o equilíbrio. O numinoso se refere a força divina, ao poder divino e antecede à experiência religiosa. Enquanto o mysterium tremendum, significa o medo inferior, o Deus que protege é também o Deus que castiga. O não-racional abrange a estrutura emocional, estética, a moral e a experiência religiosa. Foge da razão, da ciência. O numinoso é inexplicável, antecede à experiência religiosa, simplificando, Deus não se explica, ele é tremendo, todo-poderoso, divino. Logicamente, o cristianismo ganha força quando entendemos que o não-racional faz parte da natureza humana. Biblicamente, não entendemos tudo, somos limitamos. Há sempre algo que não conhecemos.

O Numinoso reflete a força da natureza, o amor... ao se contemplar um furacão, acreditamos que há algo que o controla, o provoca, e isto para a ciência, é apenas um fenômeno da natureza, mas para o homem religioso há sempre um Deus regendo o universo. O amor demonstrado ao próximo, o bem que fazemos...existe um ser que derrama divinamente esse amor em nossos corações. Faz-me lembrar do amor de cristo socorrendo a mulher adúltera quando os acusadores dela a levaram a Jesus. O Senhor falou àquelas pessoas que se alguém não tivesse pecado fosse o primeiro a atirar pedra. Essa atitude de Cristo transcende a lei judaica da época, o amor de Cristo ultrapassa os limites do entendimento humano.

Em Lucas 8, v. 26-40 vemos o que segundo Otto é a perfeição no entrelaçamento dos elementos morais, racionais e estéticos com o numinoso. Um homem endemoninhado, que vivia solitariamente, quando acorrentado quebrava as correntes... Jesus viu esse homem e efetuou o milagre do Reino de Deus. O mistério de Deus revelado, o amor incompreendido, o amor que ultrapassa a psicologia, a ciência. O povo quando viu o homem curado, sentiu medo, acredito que esse medo, é a reverência, o temor a Deus.

Na passagem bíblica de Èxodo 3 vemos o Deus terrível, todo poderoso, santo, temível. O Deus numinoso revelado no antigo testamento que causa terror, ou seja, o medo de grau inferior, chamado de o “terror de Jacó” dentro da alma do homem diante de um Deus protetor e justo. No versículo dois deste capítulo, lemos que Deus apareceu a Moisés no meio de uma sarça. A sarça simboliza o próprio Deus. Em seguida, Deus falou a Moisés para que tirasse a sandália dos pés, pois o lugar em que estava era santo, aquele lugar se tornou santo pela santidade de Deus A ordem para tirar a sandália, significa a humildade do homem, o reconhecimento de estar diante de uma grandeza. Mais adiante, no versículo vinte, presenciamos um Deus que castiga, o Deus que vê a maldade do homem. Rudolf Otto, explica que no Antigo Testamento há o “entrelaçamento entre o numinoso com o racional e moral”, sem um enfraquecer o outro. Estes são manifestados nos salmistas e profetas do Antigo Testamento. Na minha concepção em ambos está claro o medo, o respeito a Deus, a soberania de Deus.