Resenha Livro EM BUSCA DE SENTIDO

Em Busca de Sentido

Se o homem não conseguir descobrir o sentido de sua vida, sustenta Frankl, desencadeia-se uma crise em sua dimensão espiritual, que se manifesta com o vazio, angústia, frustração e abandono. É graças à liberdade é que o homem tem a possibilidade e a capacidade de se auto-transcender, e encontrar uma meta para sobreviver. Em Busca de Sentido é um estimulo que ajuda o homem a recuperar o equilíbrio interior e redirecionar sua visão com relação as suas realizações com um ser mais humano e espiritual.

Psiquiatra austríaco, Frankl relata no livro a sua experiência nos campos de concentração que fez com que ele descobrisse um novo ramo da psicoterapia, a logoterapia, uma abordagem terapêutica que pretende ajudar a pessoa acerca de dúvidas existenciais e na recuperação ou procura de um sentido para a vida.

Ele destaca alguns pontos como os sonhos, a seleção daqueles que vão direto para o crematório, câmaras de gás e os que continuarão presos. Mostra como se dá a desinfecção e olhar após esse momento, que nada mais possuem, “a não ser, literalmente, a nossa existência nua e crua’’”.

Praticamente toda a família de Frankl foi trucidada nos campos de concentração, onde buscou intensamente uma razão para viver, em meio à brutalidade humana experimentada e presenciada todos os dias, em todas as situações.

Mesmo estando em momentos difíceis ele lembra da sua esposa, lembra de poder conversar com ela, mesmo não sabendo se ela esta viva ou não porque também está presa em outro campo de concentração, ou se ele também permanecerá vivo ou não.

Neste momento em que lembra de sua esposa, ele fala que sentiu pela primeira vez a quintessência da sabedoria - o amor, ou como ele diz: - "por tantos poetas cantada: a verdade de que o amor é, de certa forma, o bem último e supremo que pode ser alcançado pela existência humana."

No livro ele trata do estado psicológico do prisioneiro que já fora do campo de concentração. A parte ruim seria o constrangimento no reencontro com amigos e familiares, o desejo de vingança, o querer se isolar das pessoas, a falta de adaptação com a nova visão dos homens de si mesmo, a descrença em tudo entre outros. A parte boa é ver novamente a liberdade mesmo não acreditando de imediato, o alívio do sofrimento, da opressão, da dominação, da fome, o desejo do reencontrar com os familiares e amigos.

A o Otimismo Trágico. Parte de três importantíssimos aspectos que a logoterapia considera Tríade trágica: dor, culpa e morte. O autor fala sobre cada um desses pontos, destacando a capacidade da pessoa em superar os seus próprios limites. Afirma que o ser humano é incansavelmente buscante de uma razão profunda para dá sentido à própria existência a partir das tragédias vivenciadas. Outro ponto referendado são os caminhos que a logoterapia indica para se encontrar o sentido da vida, da própria existência.

Deixo aqui uma frase do livro, que me deixou maravilhada:

"Compreendo agora o sentido das coisas últimas e extremas que podem ser expressas em pensamento, poesia – e em fé humana: a redenção pelo amor e no amor! Passo a compreender que a pessoa, mesmo que nada mais lhe reste neste mundo, pode tornar-se bem aventurada – ainda que somente por alguns